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Edição 437

Bombeiros precisam de ajuda

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Durante o fim de semana, várias pessoas passaram pela Corporação dos Bombeiros da Trofa, para contribuírem com, pelo menos, um euro, tendo sido angariado “1000,39 euros”. Bombeiros vão manter a lata, para quem queira ainda ajudar a corporação, que durante o mês de agosto perdeu três viaturas.

 

“Um euro pelos bombeiros”. Esta foi a proposta lançada pelas redes sociais por Pedro Fonseca, que apelava à comunidade portuguesa a deslocar-se no dia 31 de agosto a uma corporação de bombeiros da sua área de residência e a deixar pelo menos um euro, para que os bombeiros voluntários possam comprar “carros-tanque, mangueiras, material de proteção ou de comunicação ou o que quer que faça falta”.

Na Trofa foram muitas as pessoas que acederam ao apelo e deslocaram-se ao quartel da Corporação de Bombeiros, contribuindo com um euro ou valores mais avultados. O pequeno António Silva foi um dos que contribuiu, por achar “nobre” o trabalho desenvolvido pelos bombeiros. Foi através do facebook que ficou a conhecer o evento, onde pediam para “contribuir e dar-lhes dinheiro para os ajudar no trabalho”. Também João Abreu e Francisco Ribeiro contribuíram, por considerarem que têm que ser “solidários com os bombeiros, pelo serviço que têm prestado,” e também por “merecerem”, uma vez que “têm tido muito prejuízo este ano”.

Para Pedro Ortiga, presidente da Associação Humanitária dos BVT, esta iniciativa é “salutar”, pois, além do donativo, foi demonstrado o “reconhecimento da população daquilo que é o trabalho e apoio que todos necessitamos”. “Sempre nos pautamos por servir todos independentemente de ser ou não associados e esta foi uma forma de a população de forma anónima poder demonstrar carinho e reconhecer com este ato independentemente do montante. Tornou-se agradável saber que a população sente essa preocupação e acarinha os bombeiros e sente as necessidades de que os bombeiros têm para fazer face à sua missão”, reconheceu.

Neste evento, os BVT angariaram “1000,39 euros”, que vão ser “integralmente” investidos no “corpo de bombeiros e o seu equipamento”. O mês de agosto não foi fácil para os BVT, que perdeu “três viaturas”: uma ambulância de socorro que teve um acidente que a “inutilizou” e duas viaturas de combate a fogos florestais que estão “completamente inutilizadas”. “Estamos a falar de apenas três episódios dentro daquilo que é o desgaste já de si muito forte que as nossas viaturas têm. Temos aqui três episódios que em termos financeiros pesam muito na associação, porque são recuperação de viaturas caras, viaturas com comparações muito elevadas e que vão ter aqui uma expressão muito forte”, explicou.

O presidente da associação apela à população para que continuem a contribuir em “ações similares a esta ou mesmo de forma isolada”, porque “todos os contributos são importantes”. Para quem ainda estiver interessado em fazer dádivas aos bombeiros, a direção decidiu manter a “lata para os donativos aberta”. Além disso, Pedro Ortiga convida a comunidade a tornar-se sócia da associação, pois isso “não é mais do que repicar este evento”. A quota é de 1.50 euro por mês. Pedro Ortiga acredita que se tiverem muitos sócios, isso traduz-se numa “colaboração muito importante para os gastos, quer sejam de rotina, gasóleo, de equipamentos, desgaste normal ou para eventualidades menos agradáveis, como a perda de viaturas ou material danificado”.

Prestes a comemorar mais uma aniversário, no dia 30 de setembro, a direção está a tentar manter a tradição de apresentar um novo equipamento. Este ano, Pedro Ortiga espera colocação à disposição do Corpo de Bombeiros uma ambulância de socorro, por ser uma “necessidade já identificada e que veio agora agudizar-se com a paragem de uma ambulância”. Para isso, a associação está neste momento à procura dos “devidos apoios”, deixando um “apelo” a todos os que possam colaborar, quer seja de “uma parte ou de forma faseada”. “Deixamos o apelo para que as empresas, os privados, os anónimos se assim quiserem ou aqueles que possam de alguma forma colaborar mais ou menos avultuosamente a estes valores, que são expressivos sempre em termos de investimento, para que nos façam chegar aquilo que são as pretensões, para que possamos junto dos fornecedores criar alguns planos de pagamento”, apelou.

O presidente da associação deixou um “reconhecimento a todos os voluntários”, que “continuam a dar as suas horas, a arriscar a sua vida na Trofa, porque não é só aos outros que acontecem, os riscos correm também aos nossos bombeiros voluntários, e que continuam a atuar em cenários muitas vezes de grande risco para precaver bens e pessoas que não conhecem”.

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Viatura de combate a incêndios que capotou provocou dois feridos

Dois bombeiros voluntários da Trofa, de 25 e 40 anos, sofreram, no dia 28 de agosto, ferimentos ligeiros, quando o carro de combate a incêndios em que seguiam em Covelas capotou. Os homens, com “dores musculares e escoriações na cabeça e braços”, foram transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar Médio Ave de Famalicão. Os soldados da paz já tiveram alta.

Segundo Daniel Azevedo, adjunto do comando, a viatura de combate de incêndios florestais foi acionada para a zona do Carvalhal, em Covelas, uma vez que o incêndio estava reativado. Numa zona com um declive “bastante acentuado” e com “pedra”, a viatura “perdeu aderência total”, e, ao “vir de marcha-atrás, embateu em dois pinheiros, o que provocou o capotamento com cerca de quatro rolamentos da viatura, até esta se imobilizar junto a um campo”.

O combate ao incêndio que deflagrou em Covelas foi “bastante difícil”, pois o seu “perímetro era muito grande” e, em 2algumas zonas” foi “bastante difícil consolidar o rescaldo”, devido às “várias reativações simultâneas”. A aliar foi a “falta de meios de apoio exterior derivado ao número de incêndios” existente no distrito do Porto e noutros distritos, o que “dificulta muito a resposta” do trabalho dos bombeiros da Trofa.

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