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Edição 529

Autarca considera que Metro “ou é anunciado antes das próximas eleições ou nunca mais virá”

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“Ouvi um zunzum de que o Metro poderá vir até ao Muro”. A afirmação foi de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, durante a Assembleia de Freguesia, realizada na segunda-feira. Incontornável, o tema foi um dos que marcou a sessão, uma vez que ainda é recente a última viagem da população à Assembleia da República, Lisboa, para reivindicar a construção da extensão da linha verde do ISMAI à Trofa.
Carlos Martins considera, porém, que “se não houver nenhum anúncio oficial da vinda do Metro antes das próximas eleições legislativas, o Metro nunca mais virá”. “Apesar de tudo, devemos continuar com a nossa luta. A freguesia do Muro é a que tem mantido a chama viva”, afirmou.
Pedro Amaro Santos, membro independente da Assembleia, afirmou que, sobre este assunto, “parece que as forças políticas estão a puxar cada uma para seu lado” e que “não se sabe em quem acreditar”. “Estão a aproveitar-se da boa vontade das pessoas do Muro que foram as únicas que trouxeram até este ponto a luta pelo Metro e, de repente, volta e meia, os senhores da Trofa lembram-se e vêm à freguesia tentar sacar uns votos para as legislativas que vêm aí”, afirmou.
Carlos Martins lembrou a última campanha às legislativas para se referir à visita de quatro deputados do CDS, eleitos pelo círculo do Porto, ao Muro, que “nem sequer sabiam que na freguesia passava uma linha de comboio”. “Como é que vamos eleger uma pessoa que não conhece o distrito?”, contestou. O autarca recordou ainda que, quando os questionou sobre se iriam construir a linha do Metro se fossem eleitos, “o Ribeiro e Castro disse que não prometia, mas que se houvesse um novo quadro comunitário, os primeiros fundos seriam canalizados no projeto”.
Recorde-se que, a 5 de junho, cerca de cinco dezenas de trofenses partiram do Muro em direção a Lisboa para ver o resultado da votação do Parlamento ao projeto de resolução do Partido Comunista Português (PCP) que visava dar continuidade àquele que foi entregue em abril de 2012 e que recomendava ao Governo que executasse a 2.ª fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto, com a ligação ISMAI-Trofa.
Segundo Jaime Toga, do Partido Comunista Português, era “recomendado ao Governo que o prolongamento da linha C do Metro do Porto se concretize até ao fim do 1.º semestre de 2016”.
O projeto de resolução acabou por ser chumbado com os votos contra da coligação que sustenta o Governo, PSD/CDS-PP, e abstenção do PS.

Requalificação da zona envolvente à Capela  de S. Pantaleão inaugurada em julho

Era para ser inaugurada a “28 de junho”, mas a Junta de Freguesia entendeu adiar a inauguração da requalificação da zona envolvente à Capela de S. Pantaleão. “Percebemos que o poço que temos lá não tem capacidade para a rega, o que atrasou o crescimento da relva. Entendemos inaugurar a obra aquando das festas de S. Pantaleão, no fim de julho”, afirmou Carlos Martins.
O autarca informou ainda que o executivo da Junta, em conjunto com o Conselho Económico da paróquia, entendeu fechar a zona à cir

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Edição 529

O medo em directo

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Ricardo Garcia
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Não tendo forma física, o medo aí anda e cada dia que passa parece que se torna mais palpável. Não há maneira de escapar. Velha arte política, nunca sai de moda. Tendo o seu apogeu na Guerra Fria, e depois de um certo apaziguamento na década de 90 do último século, ganhou novo alento com a eleição no ano 2000 de George W. Bush para presidente dos EUA. Depois do desmembramento da União Soviética, as forças mais conservadoras dos EUA tinham de ter um novo inimigo, um novo medo do outro, uma nova dicotomia entre o bom e o mau, nós e eles. Para isso socorreram-se do Médio Oriente.
A Europa, que sempre procurou evitar discursos redutores e simplistas em matérias complexas, nos últimos anos parece recorrer a velhas práticas da instalação do medo. Em Portugal, com o aproximar das próximas eleições, os políticos da coligação que nos governam tentam alimentar ao máximo essa entidade. Neste momento, a Grécia é o grande filão para PSD e CDS/PP. Não há dia ou debate que o primeiro-ministro de Portugal não use de forma explícita ou implícita o exemplo grego. A estratégia montada vai passar por demonstrar que qualquer proposta de alternativa vai dar ao exemplo grego. Qualquer esboço de um caminho diferente será visto como caminho para o abismo.
Com o lançamento do livro “O Outro Lado da Governação”, os estrategas da coligação começam a explorar novas formas de branqueamento. “Afinal os nossos governantes bateram o pé à troika!”. Depois do ir além da troika, agora parece que ficaram aquém da troika e até resmungaram. O próprio Pires de Lima já diz que não planeia ler os relatórios do FMI, depois de andar a rezar a oração troikiana como um monge (aposto que usa um cilício para se penitenciar quando pensa algo fora da austeridade).
Para além do “isto ou o fim do mundo”, o próximo acto eleitoral será também marcado pela forte intervenção de Cavaco Silva e assistirá a um PS no meio da ponte ideológica.

(Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

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Edição 529

Amnésia

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Joao mendes
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Para gáudio de alguns responsáveis políticos da direita trofense, que apesar de manterem o seu habitual e cobarde silêncio relativamente aos vários processos em curso envolvendo antigos dirigentes do PSD Trofa por crimes semelhantes aos que agora colocam Joana Lima no banco dos réus, com a diferença de serem mais graves, envolverem mais verbas e serem em maior número, a antiga presidente da Câmara Municipal da Trofa (CMT) começou este mês a ser julgada por dois crimes de abuso de poder e um de participação económica em negócio no tribunal de Matosinhos.
Facciosos à parte, que isto de políticos que colocam o partido e as suas estruturas acima do interesse nacional e local é do mais banal e corriqueiro que por aí anda e a Trofa está a anos-luz de ser uma excepção a esta regra de ouro do bloco central, foi com algum espanto que li a peça do jornal online Notícias ao Minuto, no passado dia 15 de Junho, cujo título é em si uma revelação surpreendente: “Ex-autarca não sabia de serviços cedidos a familiares”. Genial: Joana Lima tem uma irmã, que recebe sucessivas encomendas de flores para a Câmara Municipal da Trofa, mas ninguém a avisou. Ninguém lhe disse nada. A própria irmã de Joana Lima, contemplada com inúmeros serviços requeridos por uma entidade presidida pela irmã, nunca, em momento algum, trocou duas palavras que fossem sobre este fornecimento com a irmã Joana. Notável.
Chega a ser anedótico que se alegue uma desculpa tão esfarrapada. E mesmo que este argumento fosse verdadeiro, que não parece ser, tenho a sensação que não seria válido na medida em que o desconhecimento da lei não iliba ninguém de um hipotético crime cometido. Tal como pouca validade tem, neste contexto, alegar que se reduziu custos com esta e outras decisões que favoreceram familiares da arguida. Não é o valor do serviço que está a ser analisado e julgado pela justiça mas o acto de favorecer familiares com recursos públicos e sem um concurso que promova a igualdade de oportunidades. E um favorecimento não deixa de o ser porque se pouparam alguns euros. Até porque o executivo Bernardino Vasconcelos foi exímio no acto de triturar dinheiros públicos e mal de nós se esta irresponsabilidade sem precedentes se prolongava no tempo. Alguém tinha que por fim à festa social-democrata que atirou o nosso concelho para a insolvência. Na Trofa, despesismo rima com PSD, o PS ainda tem muito que aprender.
A amnésia política é já um clássico aqui pelo Rectângulo. Basta olhar para aquilo que têm sido as grandes comissões de inquérito na Assembleia da República, nomeadamente as que envolvem terroristas bancários como os casos BES ou BPN, para perceber que as elites dirigentes nunca se lembram de nada quando o caldo entorna. Não estavam na reunião, delegaram em alguém, ausentaram-se por motivos pessoais e não foram devidamente informados ou, tal como aconteceu com Joana Lima, não sabiam. Incrivelmente, nunca é nada com eles. A culpa será com toda a certeza minha, dos caros leitores e da “plebe” portuguesa em geral. A nossa passividade combinada é quase tão criminosa como a conduta daqueles que diariamente destroem Portugal.
(Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

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