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Ano 2009

ASAS juntou centenas de profissionais para debater maus-tratos

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Maus-tratos, parentalidade e intervenção psicossocial e jurídica foram os temas que estiveram em debate, nos dias 13 e 14 de Março, no III Encontro de Infância e Juventude, organizado pela ASAS – Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso.

O encontro, que teve como palco o Fórum da Maia, surge integrado nas comemorações do 15º aniversário da ASAS, no âmbito da sua intervenção junto de crianças e jovens em risco. Debater metodologias de intervenção nas áreas da família, infância e juventude, bem como reflectir sobre o papel dos técnicos sociais e instituições de apoio às crianças e jovens foram os principais objectivos que motivaram a presença de centenas de técnicos. “As conclusões foram óptimas, houve uma adesão a nível nacional, tivemos à volta de 450 técnicos”, salientou José Pinto, presidente da ASAS, afirmando que “a ASAS é uma instituição vocacionada a 100 por cento para a família”, trabalhando nos concelhos de Santo Tirso e Trofa e desde a juventude até à terceira idade.

Para além de outras valências, a ASAS possui em funcionamento dois Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), que têm como missão averiguar e notificar casos de maus-tratos entre as crianças e os jovens da comunidade. “Acho que estes dois projectos criados pelo Governo são de uma extrema importância, os meninos são acompanhados por equipas especializadas e muitas das vezes conseguimos recuperar miúdos que estavam na iminência de ir para centros de acolhimento”, sublinhou José Pinto.

A sessão de encerramento do III Encontro de Infância e Juventude foi presidida por Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, que salientou a importância da realização de encontros como este. “Estes fóruns são importantes para partilhar experiências, mas fundamentalmente para esclarecer dúvidas”, afirmou Idália Moniz, realçando ainda a importância de “dar cumprimento aquela que é a convenção dos direitos da criança que diz muito claramente que as crianças têm voz e que devem ser ouvidas”. “É importante por outro lado que digamos a nós próprios que temos de ouvir estas crianças e transmitir-lhes confiança para que elas sintam que a opinião delas conta”, rematou.

Durante dois dias foram centenas os profissionais dás áreas de direito, psicologia, medicina, serviço social, educação, entre outras, assim como voluntários que se reuniram no III Encontro de Infância e Juventude, organizado pela ASAS. No encontro marcou presença mais de uma dezena de oradores, de várias faculdades e universidades do país, bem como representantes da Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Perigo e do Centro de Estudos Judiciários.

Cristina Vieira, do Instituto de Segurança Social, salientou na sua intervenção a relação entre as necessidades de desenvolvimento da criança e as competências parentais. Por sua vez, Madalena Alarcão, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, abordou os desafios da intervenção no quadro da protecção de crianças e jovens, salientando o papel das Comissões de Protecção das Crianças e Jovens, a quem cabe planificar a intervenção do Estado em matéria de protecção de crianças e jovens em risco.

Em representação da Fundação do Gil, instituição que luta pela reinserção social de crianças internadas por tempo prolongado, esteve Margarida Pinto Correia. Na sua intervenção, a jornalista abordou, entre outros temas, o confronto entre a protecção das crianças e a comunicação social, referindo as problemáticas de como gerir fronteiras e limites e com que capacidade mostrar ou não as crianças.

Para além da discussão dos vários temas de debate, no programa do Encontro constou ainda a realização de quatro workshops: Vinculação, Afectividade e Projectos de Vida, Mediação Familiar, Crimes Familiares e Modelos de Acolhimento Institucional para sujeitos em risco.

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