quant
Fique ligado

Edição 707

As Crianças e Jovens em Perigo: A missão da ASAS

Publicado

em

Publicidade

As crianças e jovens em Perigo! Tanto se fala deste problema, do problema das crianças e jovens em Perigo, mas tantas vezes sem verdadeira consciência da profundidade da dimensão do que é “Ser” uma criança e jovem em Perigo.

Crianças e jovens sozinhas, perdidas, desorientadas, tantas e tantas vezes a afundarem-se e a estenderem os braços para os adultos à sua volta, apelando a um abraço, a uma orientação, a uma luz ao fundo do seu túnel, apelando tão só a uma vida em que é tratado no respeito pelos seus direitos e por quem saiba educá-las para a exigência dos seus deveres. Apelando para alguém a quem possa chamar “mãe”, “pai”, ou apenas “minha pessoa. Minha! Que cuida de mim. Que me quer. Que gosta de mim”.

Na ASAS, tudo fazemos para sermos essa “Pessoa”. Porque na ASAS todas as crianças e jovens contam e são defendidas, educadas, cuidadas e amadas, como nossas. Mas queremos sê-lo de forma temporária, porque elas merecem ser únicas e especiais para uma família que o seja de forma definitiva, cuidadora e “A deles”.

Em Portugal, são 7553 as crianças em acolhimento residencial. Na ASAS vivem 58. Já viveram 410.

Com todos eles aprendemos, crescemos. E é muito bom podermos dizer que fizemos parte da sua vida.

Nesta Época Natalícia reconhecemos a importância de todas as Pessoas que fazem da ASAS o que é hoje – uma casa, uma amiga, “aquela pessoa” para muitas crianças e jovens e adultos.

Assim, Obrigado!

Publicidade

Dizemos. E assim nos obrigamos a perpetuar o legado de quem deixa tais contributos, de quem produz tal bem comum, de quem tão inesquecível se torna que assim nos faz agradecer, homenageando os atos que ansiamos tornar maiores ainda ao longo do futuro que nos espera. Homenageamos, agradecemos.

Agradecemos a quem há 27 anos atrás acreditou, arrancou e nos deixou voar alto. Agradecemos o beijo ao deitar, o abraço de acolhimento, os gestos que se imortalizaram na recordação das nossas crianças, passando das dificuldades da vida às memórias que não se apagam; as palavras ditas com um amor maior, voz eterna das paredes de uma casa para um universo de emoções; as palavras de carinho, porque cabem mais de mil a cada segundo de vida que cá em casa se passa. Os gestos que cortam o silêncio trazido da maré compassada de vidas difíceis, saídos dos corações de quem à ASAS se dedicou, os gestos que conduziram à mudança, de famílias, pessoas sozinhas, de bairros, de comunidades.

Os gestos feitos atos, convertidos em horas de trabalho; feitas as diretas que aconchegavam, acompanhavam em hospitais ou afagavam o choro; muitas vezes noite dentro para preparar momentos únicos; feitos vozes enrouquecidas no final de um debate em Tribunal onde a crença de uma equipa se fez remate certeiro; feitos sorriso luminoso de novas famílias reconstruídas.

Gestos feitos por quem percorre quilómetros, de sorriso luminoso, porta em porta, oferecendo alento e presença. Os gestos suados, gritados, chorados, agradecemos todos. Agradecemos a quem os imaginou, a quem os ordenou, a quem os praticou e a quem deles beneficiou. Os gestos de doação e reflexão de todos os que a nossa ASAS ajudam.

E dizendo obrigado, a todos os que nos últimos 27 anos moldaram o curso das nossas vidas, obrigamo-nos, obrigamo-nos a perpetuar contributos, amplificar ações, fazer crescer sementes e futuros, atos que obrigam a homenagem, homenagem que obriga a futuros atos, atos nossos para continuar caminho, o caminho que até aqui outros abriram por nós. Obrigada a todos os parceiros, voluntários e outros amigos.

Obrigado à equipa que sabe perpetuar o trabalho da ASAS, identificando o que é realmente necessário. Que sabe que trabalhar as questões da autonomia, para e com os jovens é um ato de Amor. E a comunidade ASAS fá-lo. E continua a fazer.

Obrigado! Um Santo e Feliz Natal. E um ano cheio de gestos que possam ajudar a melhorar o mundo. Principalmente das crianças e jovens em perigo.

Publicidade
Continuar a ler...
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Edição 707

Carnaval no Coronado a 25 de fevereiro

Publicado

em

Publicidade

O desfile de Carnaval do Coronado já tem data marcada. A 25 de fevereiro, às 14 horas, o corso parte do Largo da Igreja de S. Mamede em direção ao Largo da Igreja de S. Romão.

Neste desfile participam, além dos foliões, as crianças que frequentam as escolas da freguesia do Coronado, apoiadas pelas respetivas associações de pais.

No final, realizam-se os leilões das comissões de festas de S. Bartolomeu e do Divino Espírito Santo.

Continuar a ler...

Edição 707

Compete-nos a nós, jovens, mudar esta sociedade

Publicado

em

Publicidade

Tenho 14 anos e ando no 9.º ano de escolaridade. Frequento a escola de S. Romão do Coronado. Tenho uma vida normal como todos os adolescentes. Escola, família, amigos e hobbies. Gosto de ficar em casa ver uma série ou jogar. Muitas vezes, ouço a minha mãe falar que, na geração dela, as brincadeiras eram na rua, os amigos eram os vizinhos, não existiam redes sociais, nem telemóvel. Como é possível?

Por vezes, questiono-me se a minha geração é que está errada ou seria a dos meus pais…

Sinto que também o universo digital é o aspecto mais característico da minha geração. Eu, apesar de não ser dependente do telemóvel, pergunto-me como foi possível os meus pais terem o seu 1.º telemóvel quando começaram a trabalhar. Eu tive o meu no 5.º ano.

Sinto que somos muito mais independentes com toda esta realidade. Quero ter acesso a informação, vou à internet… quero vender alguma coisa vou à internet… A minha mãe refere que comprou o 1.º gravador quando trabalhou em tempo de férias. Eu, com esta idade, tenho uma playstation.

Apesar de estar a viver numa geração em que sinto que tenho tudo mais facilitado, tenho as minhas preocupações de adolescente. As minhas aspirações escolares e até profissionais. Verifico que existe mais competitividade entre os alunos e acredito que esta competição vai ser cada vez maior, devido ao avanço das tecnologias.

Um aspecto que me preocupa são as mudanças climáticas. Daqui algum tempo como estará o nosso planeta? O aquecimento global e a crise climática de causas humanas preocupam-me. Devemos assumir todos este problema e tomarmos medidas de prevenção e mudarmos alguns comportamentos para estabelecermos uma nova relação com o meio ambiente. Se não mudarmos, acredito que o nosso futuro não vai ser muito agradável.

Julgo que não é necessário fazer muito esforço. Economizar a água, reciclar lixo, separar papel, plástico, do vidro , e do metal… As nossas florestas estão cada vez mais devastadas pela ganância do homem, a biodiversidade está a desaparecer. O primeiro passo para a mudança seria investir mais nos jovens, porque somos o futuro de todos os países do mundo. Deviam dar-nos novas oportunidades, uma boa formação específica, abrir horizontes. Participarmos em workshops e manifestações, fazerem grupos com os jovens no sentido de expressarmos os nossos pontos de vista e preocupações. Compete-nos a nós, jovens, mudar esta sociedade.

Publicidade

Achei interessante alguns trechos de uma carta que foi escrita em 1855, pelo cacique Seattle, da tribo Suquamish, do estado de Washington, quando o então presidente Francis Pierce, dos Estados Unidos, deu a entender que pretendia comprar o território ocupado pelos índios: “Para [o homem branco], um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga; depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar.

Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. Sequestra os filhos da terra e não se importa. […] Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos […] O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio”.

Sei que tenho que terminar o 9.ºano e que a partir daí vai ser a “doer” . Sinto um “friozinho na barriga” quando penso neste futuro desconhecido. Contudo, sei que vai ser a partir daí que me vou preparar, tanto ao nível académico, como psicologicamente para o meu futuro profissional.

Em relação ao futuro profissional, tenho que trabalhar naquilo que gosto, mas também tenho ambição de ganhar dinheiro.

Sinto que esta fase também é a preocupação dos meus amigos da escola. A entrada para o ensino médio cria-nos insegurança e preocupação, não só pelas escolhas que iremos fazer, mas também pelos novos amigos e nova escola com que nos vamos deparar.

Mas com todas estas adversidades, tudo vai correr bem, porque como se costuma dizer “os jovens de hoje são os adultos de amanhã”.

Publicidade
Continuar a ler...

Edição Papel

Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 09 de março de 2023

Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 09 de março de 2023

Vê-nos no Tik Tok

Comer sem sair de casa?

Facebook

Farmácia de serviço

arquivo

Neste dia foi notícia...

Ver mais...

Pode ler também...