Água da chuva invade habitação

Há 14 anos que Joaquim da Silva Carvalho vive na Rua da Corredoura, no lugar da Lagoa, em Santiago de Bougado, mas só há seis é que faz contas à vida sempre que a chuva é mais intensa.

Os problemas surgiram “desde que assentaram paralelo por cima do asfalto” na Rua da Corredoura, fazendo com que, face à inexistência de rede de drenagem, as águas pluviais que descem pela Rua do Barreiro, provenientes de terrenos ali perto, entrem na casa de Joaquim da Silva Carvalho, alagando o interior da habitação, principalmente da cozinha. “Cheguei a ter dias em que tive de levantar as tampas de saneamento que estão na rua para as águas escoarem por algum lado, porque eu já não aguentava com a inundação que tinha em casa”, recordou.
Na segunda-feira, 28 de dezembro, cerca de dez minutos de chuva forte foram suficientes para que o cenário se repetisse, mas em menor escala. “A minha mãe tem 83 anos e, às vezes, tenho que pôr uma tábua à entrada de casa para que ela possa entrar em minha casa. Se um dia chover muito à noite e eu não der conta, a minha casa enche-se de água. Uma vez, tive prejuízos porque a água entrou na minha cozinha e avariou-me o frigorífico. E já para não falar da sujidade que as águas trazem consigo”, afirmou.
Joaquim da Silva Carvalho afirmou que já por “duas vezes” reportou este problema “ao presidente (da Câmara) Sérgio Humberto e com o senhor Luís Paulo (presidente da Junta)”, que “ficaram de vir para resolver o problema, mas nunca mais apareceram”.
Contactado pelo NT, o presidente da Junta de Freguesia de Bougado, Luís Paulo, afirmou “desconhecer a situação” e que “ninguém se dirigiu à Junta a apresentar alguma queixa”. “Não vejo que seja um problema grave, uma vez que a rua tem declive suficiente para a água passar. Se há um pico de muita chuva, é normal que a água entre, se a soleira da casa for baixa”, acrescentou. O autarca fez saber ainda que vai “aguardar” que “uma queixa” seja remetida “na Junta” para “avaliar” o caso.

Publicidade