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Edição 495

“Acreditamos que teremos mais jovens com condições para defender o clube”

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Manuel Wilson e Jorge Maia são os responsáveis pelo departamento de formação do Clube Desportivo Trofense. Em entrevista ao NT, falaram do início da temporada.

O Notícias da Trofa (NT): Como decorreu o início da época no departamento?
Manuel Wilson (MW): Está a corresponder às expectativas. Naturalmente que são o reflexo das dificuldades do clube e do país. No entanto, com o esforço de todos os parceiros, temos trabalhado para dar as melhores condições aos jovens trofenses. Apesar da escassez dos apoios, a minha equipa tudo tem feito para angariar cada vez mais, de forma a podermos cumprir com o nosso projeto, com as nossas responsabilidades.

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NT: Quanto ao projeto para a requalificação do complexo desportivo em Paradela, como está a decorrer? Há data para a sua concretiza-ção? Qual é a expectativa do departamento?
MW: Neste momento esta-mos a tentar que este projeto seja uma realidade num menor espaço de tempo possível, pois seria uma grande frustração para o departamento e para as pessoas envolvidas a não concreti-zação do mesmo. É fundamental para o nosso projeto a sala de estudo e melhores condições para todo o departamento. Após a elaboração do projeto, esta-mos numa fase de licenciamento para podermos iniciar a obra. Mas, como todos sabem, as maiores dificuldades, para além de toda a burocracia, são de ordem económica, mas acreditamos que com a ajuda de todos será uma realidade para esta época. Aproveito esta oportunidade para solicitar o envolvi-mento de todos os trofenses na concretização deste projeto. Assim, apelo a todos os sócios, simpatizantes e amigos para da-rem o seu donativo e a deixarem a sua marca no Mural do CDT.

NT: Atualmente o Clube tem 8 jogadores profissionais, ex-juniores, no plantel sénior. A aposta é para continuar?
MW: É um dos desígnios do nosso projeto. Trabalhamos com cerca de 300 jovens e nem todos poderão naturalmente chegar a profissionais de futebol, mas serão todos calorosos trofenses e homens responsáveis. Para o futuro, acreditamos que teremos mais jovens promissores com condições para defender com empenho e dedicação este clube.
Jorge Maia (JM): Esse é um dos nossos grandes desafios, termos qualidade. Todos nos orgulhamos desses meninos, mas também dos outros que estão a competir noutros campeonatos ou os que deixaram de jogar e seguiram o seu caminho à procura de outros “sonhos”. É muito gratificante ver ex-jogadores da formação a apoiar as nossas equipas!

NT: Foram feitas algumas alterações no projeto para o departamento de formação esta temporada?
JM: O Departamento de Formação não está imune às dificuldades do Clube e do país. Foi necessário ajustar os nossos recursos, desde a Equipa Técnica do Departamento, a rede de transportes para o Complexo, entre outras. Contudo, procuramos minimizar os efeitos das dificuldades, reforçando o que consideramos fundamental para garantirmos um processo de formação de qualidade: um modelo de jogo assente no futebol positivo, uma estrutura técnica competente, o acompanhamento escolar, a valorização do esforço dos nossos formandos na escola e no futebol – com a distribuição da Caderneta do Jogador CDT pelos jovens do 1.º ao 6º anos.

NT: Em termos desportivos, quais as metas para as diferentes equipas/escalões?
JM: O nosso projeto do Departamento de Formação do Clube Desportivo Trofense é formar jogadores de excelência futebolística para jogar na equipa profissional, mas também, em educar para uma socialização sustentada em elevados valores morais. Esta finalidade pressupõe várias etapas formativas, capazes de potenciar, no devido tempo, as qualidades dos nossos formandos, tornando-os mais capazes, mais competentes e preparados para a etapa seguinte. Obviamente que procuramos ser competitivos em todos os escalões, de forma a termos as melhores condições de evolução para os nossos jovens. Mas, a competitividade, para nós, começa no treino e continua no jogo. Não estamos a formar para o jogo, mas para o futuro. Temos objetivos de desempenho e de rendimento para todas as equipas, devidamente ajustados às etapas por nós definidas. Pretendemos a médio prazo voltar a ter os sub-15 e sub-17 nos Campeonatos Nacionais. Mas para isso, a qualidade das equipas dos escalões inferiores tem de garantir a sustentabilidade dos sub-15, sub-16, sub-17 e sub-19. Só assim, poderemos ambicionar competir regularmente nos Campeonatos Nacionais. Por vezes o futebol de formação é muito injusto para alguns jovens, pois a exigência torna-se elevadíssima para alguns, que não tiveram o tempo e o espaço necessário para evoluírem. De repente, são colocados perante jogos superexigentes sem estarem minimamente preparados para eles. Na transição para esta época desportiva tivemos o cuidado de acrescentar qualidade e de aumentar o número de equipas para dar o tempo e o espaço competitivo aos jogadores, de acordo com o desenvolvimento das suas competências futebolísticas.

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