CD Trofense apresentou plantel para época 2010/2011

 O Trofense apresentou o plantel (quase fechado) para a época 2010/2011. Porfírio Amorim acredita na “força do trabalho” para conseguir a subida de divisão. Já o presidente Rui Silva afirma que concretizar o objectivo é uma questão de sobrevivência do clube.

As expectativas estão elevadas, mas a vontade de trabalhar encoraja Porfírio Amorim para conseguir atingir os objectivos do Clube Desportivo Trofense. A subida de divisão é imperativo assumido esta temporada e caso não seja concretizada pode resultar no desaparecimento da estrutura profissional do emblema da Trofa. Esta foi a mensagem deixada pelo presidente Rui Silva, no dia em que o plantel se apresentou à comunicação social.

Com muitas caras novas (14), a equipa apenas passeou no relvado, enquanto cada atleta posava para a fotografia. A Marco, Varela, Filipe Gonçalves, Moustapha (ausente), Reguila, Igor, Pedro Ribeiro, Rafa, Tiago e Licá juntaram-se outros jogadores que quase completam o plantel. João Dias, ex- Santa Clara, é uma das apostas da direcção do Trofense, depois de uma temporada invicto, com 30 jogos realizados na Liga Vitalis. Ao defesa juntam-se Luís Eduardo (ex-Ypiranga), Gegé (ex-Estrla da Amadora), Serra (ex-júnior) e Ricardo Nunes (ex-Olympiakos Nicósia), colegas de sector.

Caicó, Nildo e Moreilândia, todos oriundos do brasileiro Salgueiro AC, vêm reforçar o meio-campo, assim como o ex-júnior Dani.

Para o sector mais avançado vieram Serginho (ex-júnior), Nikiema (ex-Qingdão Jonoon) e Chico (ex-Farul). O último é uma cara bem conhecida da massa associativa do Trofense, já que ajudou a equipa a conquistar o feito histórico de subir à Liga de Honra, na época 2007/2008.

Sempre bem-disposto na apresentação, Porfírio Amorim parece aguentar com o peso da responsabilidade de colocar a equipa na Primeira Liga. Depois de acumular algumas funções administrativas no clube, o técnico voltou ao banco para fazer jus ao slogan “um clube de primeira”. Ao NT/TrofaTv, Amorim reconheceu a tarefa “difícil” que tem pela frente, devido ao facto de muitas outras equipas terem assumido a intenção de subir de divisão. No entanto, o treinador não desarma e acredita na “força do trabalho” para “atingir o sonho”.

“Quem nos conhece sabe que nós estamos aqui para ganhar e vamos tentar ganhar muitas vezes, esperamos estar à altura daquilo que definimos”, afirmou.

A subida de divisão é um objectivo claro no seio do clube, mas o treinador alerta para o facto de não haver “adivinhos”. No entanto, a estrutura montada parece sustentada para a concretização do propósito. Aos dois ortopedistas que estavam no departamento médico do emblema da Trofa, juntam-se agora um enfermeiro, massagista, recuperador físico e um psicólogo do desporto. O clube desenvolveu ainda um gabinete de prospecção que vai continuar a trabalhar ao lado da equipa técnica.

Porfírio Amorim está ciente de que o “tempo joga contra o Trofense” e que os resultados “têm que aparecer”.

“É importante envolver as pessoas que estejam à altura do clube”

O treinador considera que um dos maiores desafios é “envolver cada vez mais os trofenses na luta pelo sonho”. E na opinião de Amorim, a direcção já começou a trabalhar nesse sentido ao fazer um critério de selecção das pessoas que podem ver os treinos. Esta temporada, só os sócios com as quotas em dia é que poderão assistir aos treinos abertos ao público. “Temos que envolver cada vez mais pessoas, mas pessoas que estejam à altura do clube. Assim, estes têm o privilégio de partilhar o nosso dia-a-dia”, referiu.

O movimento “estádio cheio” invocado pelo presidente Rui Silva, em entrevista recente ao site oficial do clube, é um “desafio partilhado” pelo técnico. “Eu tenho a certeza que se nós conseguirmos estar à altura de nós próprios vamos estar à altura dos trofenses. Se essa comunhão acontecer de certeza que vamos encher o estádio”, afirmou.

Depois de inviabilizada a aquisição de um jogador, Porfírio Amorim viu anulada a possibilidade de colmatar uma lacuna no lado esquerdo do meio-campo. Apesar de o plantel não estar completamente fechado, o treinador vai testar a adaptação de alguns jogadores na posição e avaliar a necessidade de recorrer ao mercado.

“Precisamos de sair rapidamente desta Liga de Honra”

Agora, com a pasta do futebol, o presidente do clube acompanhou de perto, a apresentação do plantel. Rui Silva está “mais confiante do que nunca” para ver o Trofense regressar ao principal escalão de futebol. Depois da remodelação administrativa, o presidente garante que esta estrutura “é a mais forte” desde que chegou ao clube. “Sabemos que vamos ter muitas dificuldades, porque é uma liga competitiva, mas sinto que estamos mais capazes e mais profissionais para resolver os problemas que vão surgir e ultrapassá-los com menos dificuldades que no passado”, atestou.

O presidente não deixou de destacar o facto de, pela primeira vez, três juniores serem integrados na pré-época. “Temos um gabinete de prospecção e temos trabalhado bem nesse sentido, por isso é que o plantel está praticamente fechado”, sublinhou.

Depois de reduzir o orçamento da temporada em cerca de “40 por cento”, Rui Silva alertou para a necessidade de o clube necessitar do apoio de todos os trofenses. “Todos os clubes da Segunda Liga sentem grandes dificuldades, em termos de custos está muito perto da Primeira Liga, mas as receitas são escassas e não podemos passar ao lado das dificuldades que o país atravessa”, referiu. E por isso Rui Silva frisou que subir de divisão é uma questão se sobrevivência. “Para manter esta estrutura profissional precisamos de sair rapidamente desta Liga de Honra. O objectivo deste ano é a subida de divisão e só assim (o Trofense) tem possibilidades de sobreviver e de se manter no activo”, asseverou.

Chico regressa à Trofa para “ajudar” a equipa

Depois de contribuir para a subida do Trofense à Liga de Honra, em 2008, Chico voltou ao clube para “o ajudar a atingir o objectivo”. “Estou radiante por voltar a um clube onde fui bastante feliz e que me deu bastantes alegrias”, afirmou ao NT/TrofaTv.

O avançado considera que os golos têm que ser secundários na tarefa que vai desempenhar na equipa, mas acredita que a experiência de dois anos e meio na primeira divisão da Roménia fez-lhe “ganhar mais experiência e maturidade” para ajudar o Trofense. “Os golos são secundários, porque temos jogadores com bastantes qualidades, como o Reguila que foi o melhor marcador da Segunda Liga. Eu quero é ajudar ao máximo o clube”, concluiu.