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Edição 534

Passos de Dança encerra ano letivo na Casa das Artes (C/vídeo)

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“Cerca de 90 bailarinos” da Escola Passos de Dança apresentaram peça de ballet “O Corsário”, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, na noite de quarta-feira, 29 de julho.

Num reino distante das arábias, vive-se um dia normal no mercado, quando surge um grupo de corsários à procura de tesouros. Um dos corsários, Conrad, apaixona-se por Medora, a melhor escrava de Isacc, que é vendida ao Marajá, príncipe do reino. Conrad rapta a sua amada do palácio real protegido e leva-a para uma ilha distante. Enraivecido, Marajá chama os piratas para a resgatarem, travando uma luta com os corsários. Com a derrota dos piratas, Conrad e Medora vivem o seu amor. Baseado no poema de Lord Byron, esta história de amor foi o tema da peça de ballet “O Corsário”, apresentado pela Escola Passos de Dança na Casa das Artes, como forma de assinalar o final do ano letivo 2014/2015. Mas antes, o público foi surpreendido com um espetáculo dedicado “ao Cotton Club e do Jazz no final dos anos 30, no fanal da 1.ª Guerra Mundial”.

A professora responsável pela Escola Passos de Dança, Márcia Ferreira, afirmou que os “cerca de 90 bailarinos” trabalharam “muitas horas em prol de realizar este espetáculo”, sendo o balanço “muito positivo, porque os alunos estão muito satisfeitos e isso é que é o mais importante”. “Só quando vejo o vídeo é que tenho uma ideia mais crítica, mas para mim correu bem porque eles saem felizes e isso é o mais importante mesmo que haja pequenas falhas”, referiu, salientando as “muitas horas necessárias” para preparar um espetáculo destes, ensaiado em “dois meses e meio muito intensivos”.

A partir do momento que terminaram as aulas escolares, Márcia Ferreira “intensificou os horários”, sendo que na “última semana, a maioria dos miúdos teve ensaios de manhã e à tarde, todos os dias”, o que é “muito intensivo, mas também gratificante para eles”. Prova disso é que os bailarinos “já começam a ter noção de muita coisa”. “É engraçado ver a evolução deles, porque quando estamos a montar o início do espetáculo e falta inspiração para terminar uma coreografia ou meia dúzias de passos, já vejo os mais pequenos a sugerir, o que é muito interessante”, acrescentou.

Márcia Ferreira agradeceu “aos patrocinadores que apoiaram este espetáculo e que foram essências para que ele se realizasse”, assim como “aos pais e alunas por todo o empenho e dedicação”.

Professora completa 20 anos de carreira

“A minha mãe costumava dizer que eu era professora de ballet e estudava nas horas vagas e não ao contrário”. Este ano, Márcia Ferreira completa 20 anos de carreira e, no final do espetáculo, foi contemplada com um ramo de 20 rosas brancas. A professora, que faz “um balanço muito positivo”, recorda que “desde os sete/oito anos sempre disse que queria ser professora de ballet” e “sempre foi o sonho de vida”, tendo começado a “dar aulas muito cedo”. E apesar de todos os “altos e baixos que todas as carreiras tenham”, Márcia Ferreira “não trocava por nada” esta profissão, por “poder transmitir algo a estas crianças e jovens e a encaminha-los alguns com futuro”. “Outros vieram ver o espetáculo porque não estão comigo por ter a suas vidas ou então aqueles que já não estão connosco porque não podem, mas telefonam a perguntar se quero ajuda para o espetáculo. Isso para mim é o mais gratificante de tudo”, completou.

Como o “ponto mais alto” da sua carreira, Márcia Ferreira aponta Mariana Ribeiro que no próximo ano letivo fará o 3.º ano na Northern Ballet School e “será a sua primeira bailarina profissional”. “Para mim é motivo de muito orgulho, mesmo que seja só uma para já”, salientou.

Há oito anos na Trofa com a Escola Passos de Dança, Márcia mencionou que houve “uma progressão muito grande que foi batalhada”, tendo sido “difícil explicar a estes pais e à comunidade que a dança não é só muito boa física e artisticamente, como psicologicamente e ajuda-os a nível de vida, de espirito de grupo e de trabalho”. “Foi difícil de entenderem que é preciso mais horas de trabalho. Há oito anos, não pensava poder ir para Paris à semi-final da Youth America Grand Prix, em outubro, com três alunas. E não vou com mais, porque infelizmente é uma coisa bastante cara e que para alguns pais é uma coisa difícil de realizar, embora façamos angariações de fundos para poder minimizar isso. Quem me dera poder levar mais, porque tenho algumas que poderiam ir e têm capacidade”, terminou.

 

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