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Ano 2010

Zé Fernando na “Batalha” dos robôs

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Grupo de alunos da Escola Secundária montaram um robô de busca e salvamento. A ideia para a disciplina de Área de Projecto já viajou para a Batalha, onde decorreu o Festival Nacional de Robótica.

O Crazy Frog, conhecido sapo celebrizado por uma publicidade estrangeira, que até fez sucesso numa música, era um dos muitos robôs que passeavam na Exposalão Batalha. Poderia, só pela estética, ser um adversário de peso para o Zé Fernando, o protótipo de um grupo de alunos do 12º ano da Escola Secundária da Trofa, que também resolveu participar no Festival Nacional Robótica. Mas ambas as engenhocas estavam em modalidades diferentes. O conhecido animal na dança robótica e a máquina trofense na busca e salvamento.

As coisas não foram nada fáceis para os estreantes, que depois de um último lugar na primeira manga, lá conseguiram minimizar os obstáculos e subir cinco posições, o que ainda assim consistiu numa posição humilde.

Mas a inexperiência em nada abalou a sede de aventura dos cinco alunos trofenses que, à indecisão sobre um tema a escolher para a disciplina de Área de Projecto, tiveram esta ideia que lhes tem mudado a vida. O nome peculiar é só um acessório para dar ainda mais originalidade ao projecto. Um dos alunos do grupo, Tiago Reis, explicou que a base do trabalho era mesmo “fazer algo fora do comum”, no sentido de ser “reconhecido tanto dentro como fora da escola”. O nome Zé Fernando ajuda a que o robô “ande na boca dos trofenses”, considera. Aí se vê a multidisciplinaridade incorporada no projecto que, para além de códigos binários e combinação de fios, prevê o desenvolvimento de “uma linha de marketing”, explicou Tiago Reis.

Os docentes “mostram-se muito disponíveis para ajudar” e têm acompanhado de perto o desenvolvimento da máquina.

Dos elementos do grupo nem todos pretendem seguir esta área, mas Hugo Torres é, sem dúvida, o mais entusiasta. Para além de estar a trabalhar com algo de que gosta “bastante”, como é a electrónica e a programação, encontrou um grupo de colegas em quem pode confiar. “Sempre gostei bastante de computadores, já tinha alguma curiosidade em aprender programação e montar componentes electrónicos”, explicou.

Já na Batalha, capital da Robótica, os trofenses encontraram várias dificuldades e o que não faltavam era adversários de peso…e de várias idades. Para além da modalidade de busca e salvamento, o Festival Nacional de Robótica contemplou ainda o de futebol e dança, que encheu o ExpoSalão de verdadeiras máquinas inteligentes.

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Em declarações ao NT/TrofaTv, Luís Neves, elemento da organização, fez um balanço positivo desta 10ª edição do evento. O Festival “visa promover a robótica entre os jovens e ser um veículo de atracção pela tecnologia e engenharia em várias vertentes, principalmente às crianças e desenvolver essas competências no âmbito do Ensino Superior”, explicou.

E desengane-se quem pensa que a robótica é uma área de homens. As raparigas também eram presença assídua na Exposalão Batalha e prometiam fazer sucesso: “Registámos o facto de haver um número muito significativo de raparigas na robótica que é algo único a nível europeu e mesmo mundial, o que é muito salutar. Isto demonstra que o medo pela matemática e pelas ciências que se propaga muito pelos nossos jovens não tem muita razão de ser, porque eles são capazes de montar e programar um robô e trazê-lo a uma competição como esta”, frisou Luís Neves.

A incursão do robô da Trofa por concursos não acaba por aqui e os alunos esperam já por outra oportunidade para mostrar o que o Zé Fernando vale.

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