Ano 2006
UM ANO DE GOVERNO – A confiança de volta
 
																								
												
												
											
Fez há dias um ano que o actual governo foi empossado. Estava Portugal mergulhado numa grave crise económica e social.
Se é verdade que ainda vivemos em clima de crise económica, e se também é verdade que temos também uma crise social que lhe está associada, podemos afirmar com segurança que as expectativas estão a melhorar.
O Primeiro-Ministro é um homem decidido e pouco inclinado a deixar-se abater perante as dificuldades. Enfrentou os problemas de frente e não hesitou em decidir nas diversas áreas da governação.
Este governo tem actuado em todas as áreas e não tem receado as polémicas que algumas medidas difíceis sempre causam.
Foi assim que vimos algumas franjas da sociedade a protestar. Desde magistrados, a militares até aos funcionários públicos.
 Todos falam em reformas mas, aquando da promoção dessas reformas, vem, habitualmente, um coro de protestos.
Todos falam em reformas mas, aquando da promoção dessas reformas, vem, habitualmente, um coro de protestos.
É verdade que a bondade dalgumas medidas está ainda por provar. É verdade que algumas suscitam dúvidas e, porventura, muitas delas necessitarão de correcções. Mas a verdade é que se decide. E o nosso país está a necessitar de decisões.
Ninguém poderá recusar ao actual governo do Partido Socialista alguns méritos.
Tem procurado simplificar a vida do cidadão.
Lembremo-nos do documento único para os automóveis.
Lembremo-nos da desformalização dos actos notariais, do Simplex…
Enfim, tudo medidas que se destinam a simplificar a vida dos cidadãos e das empresas.
O programa “empresa na hora” tem sido um enorme sucesso e permitiu já que se constituíssem milhares de empresas em pouco tempo.
O mais importante tem sido o clima de confiança que tem sido criado. Hoje, os empresários voltam a acreditar e, mesmo as empresas internacionais voltam a acreditar em Portugal.
Têm sido anunciados investimentos de muitos milhões de euros, quer de empresas nacionais, quer de empresas multinacionais.
Esses investimentos significarão, a prazo, a criação de riqueza e de postos de trabalho.
É importante recuperar o clima de confiança para que os agentes económico voltem a investir.
É necessário investimento em áreas onde não predominem os salários baixos porque não é esse modelo económico que nos interessa.
Não estou a sugerir que a crise económica desapareceu, como que, por milagre. Não: continuamos com sérias dificuldades e com uma taxa de desemprego elevada.
As pessoas continuam a temer pelos seus empregos e a existência de salários em atraso mantém-se um pouco por todo o país.
As crises económicas ultrapassam-se criando-se condições de expectativas favoráveis e de confiança para os empresários e trabalhadores.
Não tenho dúvidas que esse clima confiança está a ser restabelecido em Portugal e já se fala em investimentos.
Infelizmente, teremos que aguardar algum tempo até que as consequências dessa confiança de traduzam em postos de trabalho seguros e num melhor poder de compra para quem trabalha.
Mas, também não tenho dúvidas que é uma questão de tempo, meses talvez.
Este governo irá, certamente, cometer muitos erros (quem não os comete?), mas não comete o erro da indecisão e do pessimismo. Pelo contrário…
As expectativas são mais favoráveis hoje do que há um ano.
Afonso Paixão

 
								
