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Edição 424

Treinador do Bougadense em entrevista – “Poucos jogadores” e “estrutura do clube” dificultaram percurso do clube

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Treinador falou dos obstáculos da temporada, que culminou com a conquista sofrida da manutenção.

 Apesar de conseguir a manutenção da equipa sénior do Atlético Clube Bougadense na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, o treinador Pedro Pontes não faz um balanço positivo da temporada. Para o técnico, houve “obstáculos” e “contratempos” que condicionaram muito a atuação da equipa, entre os quais “poucos jogadores disponíveis” e a “estrutura do clube”, afirmou em entrevista ao NT. “Se me perguntassem se isto ia acontecer, eu achava que não. Uma marca positiva teria sido ficar a meio da tabela classificativa. Um clube como o Bougadense, com as condições que tem, não deveria estar a atravessar tantas dificuldades”, afirmou.

E se alguns jogadores, ao longo da época, se divorciaram da equipa, por outro lado, Pedro Pontes lamenta que “haja poucas pessoas disponíveis para ajudar”. “É estranho que, à volta do segundo clube mais representativo do concelho da Trofa, não haja muito apoio”, frisou, revelando que se sentiu “solitário” ao estar “treinos consecutivos sem que uma pessoa da direção aparecesse”.

O técnico considera que “o potencial” do emblema “não está a ser bem explorado” e que, com o passar dos anos, “parece estar a piorar”. “Às vezes, o problema não é só financeiro, porque se a estrutura for boa e se as pessoas trabalharem bem, acho que conseguem bons resultados. Devia haver mais pessoas em redor do clube e não só três ou quatro a geri-lo.

Por outro lado, Pedro Pontes viu “muitos jogadores desaparecerem”, ao ponto de no início da temporada ter 30 atletas disponíveis e, no fim, apenas metade. “São erros que, como treinador, cometi e que, mais tarde, não vou cometer. Dar oportunidade a muitos jovens, simultaneamente, não será tão acertado, porque tem que haver um balanço. No início, tínhamos um grupo extremamente jovem e, na reta final, com dois ou três jogadores mais experientes, conseguimos equilibrar e mantermo-nos nesta divisão”, explicou.

Um dos momentos-chave da temporada do Bougadense, pela negativa, foi a “curva descendente”, entre outubro e fevereiro, período em que Pedro Pontes “só tinha 13 ou 14 jogadores disponíveis. Tive que colocar juniores que não estavam prontos para jogar ao nível dos seniores e, se calhar, até os prejudiquei, porque pu-los numa situação difícil. Sofremos goleadas muito complicadas”, contou.

Pela positiva, as três vitórias nos últimos cinco jogos foram preponderantes para a conquista da manutenção. O treinador também quis “realçar” o trabalho e a entrega dos atletas, que “foram persistentes a acreditaram nas próprias capacidades”. “Vencemos dois jogos consecutivos, e um deles a jogar com nove, com equipas que, para mim, são das melhores equipas do campeonato”, destacou.

Apesar de já ter sido abordado, “informalmente”, pela direção para que continue no comando técnico do grupo, Pedro Pontes revelou ao NT que não sabe se vai continuar. “Se tivesse que decidir hoje, era muito complicado. Estuo cá há muito tempo, conheço bem as pessoas, aprendi a gostar do clube, mas nesta altura não sei. Posso até deixar de treinar por um ano, porque esta época foi muito desgastante para mim”, concluiu.

Na última ronda, o Bougadense perdeu com o Pedroso por 3-1, mas beneficiou da derrota do Leça do Balio diante do Foz (8-1), mantendo-se no 16º lugar, com 34 pontos.

Em 34 jornadas, o Bougadense conseguiu dez vitórias, cinco empates e 19 derrotas, 51 golos marcados e 77 sofridos.

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