Edição 529
Trabalhadores da Preh em greve para ter aumentos salariais
Depois de terem estado em greve nos dias 29 e 30 de maio, os trabalhadores da Preh voltaram a sair à rua, a 19 e 20 de junho, para “lutarem por aumentos salariais”. Os trabalhadores voltam a parar com a laboração esta sexta-feira e sábado.
“Pela reposição imediata dos direitos” ou “Escondem vencimentos dos diretores e administradores”. Estas eram algumas frases escritas nos cartazes que os trabalhadores da Preh ostentavam à porta da empresa, situada em Santiago de Bougado, durante a greve de 19 de junho.
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Segundo Daniel Sampaio, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte, os trabalhadores decidiram retomar à greve, porque “a empresa continua obstinadamente a não responder favoravelmente”. “Julga que por ter aplicado um por cento que não tem mais nenhuma resposta a dar aos trabalhadores e estes entendem precisamente o contrário e por isso continuam a luta e provavelmente irão continuá-la, a seguir às férias. O ambiente é de indignação e por isso este é o elemento essencial para que as pessoas possam continuar a luta”, acrescentou.
O dirigente sindical mencionou que os trabalhadores têm “manifestado, nos plenários internos, um grande descontentamento pelo silêncio que a gerência está remetida, continuado a apostar em tornar pública a sua exigência”, que passa pelo reclamo de “um valor salarial de três por cento, dois pontos acima daquele que a empresa aplicou em abril, manifestamente abaixo das reais possibilidades que as contas 2014 evidenciam”.
“(Os trabalhadores) fundamentam esta posição no aumento do volume dos lucros que a empresa teve nos últimos dois anos, que foram de só 50 por cento mais. Além disto, uma parte destes lucros nem se deve a mais faturação, mas a menos despesa com o trabalho, porque os salários, nos últimos quatro anos, baixaram 15 por cento”, adiantou, explicando que, agora, “os trabalhadores trabalham três dias de férias que lhes retiraram de majoração, quatro feriados por ano”, o que “baixa o valor hora dos trabalhadores, porque passaram a trabalhar mais tempo mas não renumerado”.
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