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Ano 2012

Tampa de saneamento “desespera” morador

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“Estou numa situação completamente desesperada”. Este é o sentimento de Emílio Almeida, morador no Largo Padrão, em Santiago de Bougado, por causa de uma tampa de saneamento, que esborda sempre que chove.

Mau cheiro, piso escorregadio e lixo na estrada. Este é o cenário encontrado em frente à casa de Emílio Almeida, no Largo Padrão, em Santiago de Bougado, sempre que chove. Uma situação que está por resolver há dez anos. Tudo começou numa noite de 2002. Estava a “chover abundantemente” quando, perto das 2 horas, Emílio Almeida quis entrar com o carro dentro de casa e foi impedido, porque a tampa de saneamento “estava levantada” e tinha um monte de detritos, com cerca de cinco centímetros. Contactou os Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT), que se negaram a deslocarem-se ao local, por esta ser uma situação da responsabilidade da Proteção Civil.

“Liguei à Proteção Civil, mas ninguém atendeu. Desloquei-me aos BVT, onde até afirmei pagar do meu próprio bolso, mas afirmaram que não podiam ir. Então fui à Guarda Nacional Republicana da Trofa (GNR), onde contei o sucedido. Elementos das autoridades foram comigo aos BVT saberem o porquê de eles não procederem à limpeza da rua. Depois de negarem, acabaram por se deslocar à rua e desviaram a porcaria só para eu poder entrar em casa”, contou. 

O morador chegou a entrar em contacto com Bernardino Vasconcelos, na altura presidente da Câmara Municipal, que lhe prometeu que a situação seria resolvida. Mas esta só se resolveu uma semana depois. A partir daí sempre que chovia a tampa de saneamento saía, para a valeta da estrada, e com ela os detritos. Já enviou muitas cartas para a Trofáguas e, sempre que chove, desloca-se lá. A solução apresentada pela empresa municipal sempre foi a mesma: mandar alguém limpar a sujidade, sem solucionar o problema. O problema é que o cheiro nauseabundo mantém-se. “Sempre que chove estou tramado e vamos andar nisto mais uns anos. Aquela tampa parece uma vala: levanta e torna a fechar. É uma usada que veio de S. Romão do Coronado, mas quando chove ela levanta e daí sai a porcaria. Pode também causar acidentes, porque a tampa não sai, mas levanta. Em janeiro, houve uma carrinha que passou por cima da tampa e bateu por baixo, na embaladeira, até empenou. É uma vergonha, isto é injustificável”, protestou.

Voltou a contactar a empresa municipal por causa do perigo da tampa de saneamento e a solução apresentada foi soldar a tampa, impedindo que saísse do lugar. Uma atitude que na opinião do morador denota uma irresponsabilidade, pois sempre que o saneamento precise de manutenção é preciso partir e voltar a soldar. Gastos desnecessários, quando “ficava mais barato colocar uma nova tampa, mesmo que usada”.

No ano passado, voltou a falar com a área de saneamento da empresa, para que o problema ficasse resolvido antes de o inverno começar. Se fosse necessário “pagava do próprio bolso”, e depois debitavam nas contas.

Nada foi resolvido e as “inundações” continuaram com a vinda da chuva. No dia 10 de dezembro de 2011, depois de uma noite chuvosa, a esposa de Emílio Almeida estava a chegar a casa da feira, quando escorregou e caiu na valeta, que estava “cheia de porcaria do saneamento e com enorme cheiro”. “Partiu logo o pulso. Fui com ela para o hospital para lhe colocarem o gesso e depois dirigime à Trofáguas e perguntei ao responsável quem é que iria pagar as despesas e os danos morais. O engenheiro falou com Luís Rebelo (presidente da empresa), que marcou uma audiência. No dia 14 de janeiro, estive lá cerca de 2.30 horas, onde inclusive lhe disse que deveria colocar uma tampa para terminar com os problemas. Estamos em abril, hoje (terça-feira, dia 10) choveu um bocadinho, veja em que situação isto se encontra: tudo cheio de porcaria, piso escorregadio e com cheiros nauseabundos. Já perdi mais de cinco mil euros, quem é que vai pagar isso?”, declarou.

Tudo o que o morador pede é que os seus direitos sejam cumpridos, ou seja, que haja uma mudança de tampa de saneamento, para que esta situação não se torne a repetir. O NT contactou a empresa Trofáguas que, através de uma nota de imprensa fez saber que: “Trata-se de um problema na drenagem dos coletores de saneamento e águas pluviais, cuja sua ocorrência é impossível de prever”. “Para a minimização dos impactos, o local encontra-se sob vigilância permanente, inserido no plano de manutenção preventiva, o que permitiu, que momentos depois da denúncia da ocorrência à Trofáguas, uma rápida intervenção no local tendo-se cortado a circulação do trânsito para se proceder à manutenção e limpeza, minimizando assim os impactos causados na via pública. 

Todas as caixas de visita do coletor de saneamento encontram-se munidas com tampas, no entanto a utilização de tampas com fecho mais resistente, conforme pretendido pelo utente, não resolverá a situação, incitando apenas o seu agravamento, uma vez que dificultará a deteção da anomalia, e podendo até provocar dano/colapso da infraestrutura ou inundação das habitações servidas por retorno do efluente”, informou o Gabinete de Comunicação.

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