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Edição 463

São as empresas que vão tirar o país da “fossa”

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Desde que foi implantada a democracia (em 25 abril de 1974, já lá vão quase quarenta anos), que Portugal teve três «ajudas externas», para salvar o país da bancarrota. Dá quase uma intervenção por década. Coincidência, ou não, todas as intervenções foram solicitadas por governos socialistas: o primeiro pedido de ajuda foi em 1977, era o governo chefiado por Mário Soares; o segundo pedido de auxílio foi em 1983, era o governo chefiado também por Mário Soares; o terceiro pedido de apoio foi em 2010, era o governo chefiado por José Sócrates.

Embora José Sócrates afirmasse que uma intervenção externa traria “perda de dignidade” ao país, não foi isso que o impediu de solicitar o pedido de resgate em 6 de abril de 2010, tal era a situação catastrófica das finanças portuguesas.

Para sair da crise, o país, que tem vivido uma situação de recessão económica desde 2009, necessita que a economia real comece a dar sinais de recuperação, o mais depressa possível. Uma componente forte da crise é o fator psicológico e para ajudar a combater a crise, o país precisa de notícias positivas; notícias que deveriam abrir todos os telejornais, como por exemplo:

– As exportações aumentaram 5,7 por cento em 2013; número que ultrapassa todas as previsões mais otimistas, nacionais e internacionais. As empresas portuguesas confirmaram em 2013 a sua capacidade exportadora precisamente na hora em que o país mais precisava disso.

– O ano passado, em volume de negócio (68.200 milhões de euros) e no peso das exportações no PIB foi o melhor de sempre, já que as vendas ao estrangeiro representaram 41 por cento do PIB, o que compara com 39 por cento em 2012, 36 por cento em 2011 e 31 por cento em 2010.

– Em 2013, as exportações portuguesas para Espanha, que atingiram o valor de mais de 1.100 milhões euros, aumentaram 12,9 por cento. Entre os principais produtos exportados para Espanha, destacam-se os produtos energéticos (petróleo e derivados), que representam 715 milhões de euros (tendo crescido quase 200 por cento) e manufaturas de consumo (têxteis e confeções, calçado, brinquedos, joalharia, artigos de cabedal, olaria e outros produtos de consumo), que representam quase 17 por cento do total e cresceram quase 13 por cento (perto de 190 milhões de euros).

– No ano passado houve 22.685 empresas a exportar, mais 712 do que em 2012. Em relação há quatro anos, há agora mais 4.900 empresas a exportar.

– A taxa de cobertura das exportações foi de 104,4%, com as importações. O ano de 2013 foi o quarto ano consecutivo em que as exportações foram o principal motor de crescimento da economia.

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– No ano passado, em 2013, houve um excedente da balança de pagamentos de 2,8 mil milhões de euros, sendo a primeira vez que isto acontece desde 1943. Outra excelente notícia para os portugueses!

Tanta notícia positiva, só que é lamentável que muitas vezes o discurso político não seja mais consensual no sentido de reconhecer o mérito enorme que as empresas têm tido na recuperação da economia portuguesa, pois são as empresas que vão tirar o país da “fossa”. São as empresas que estão a tirar o país da “fossa”!

Já se começam a ver alguns sinais de recuperação económica, que merecem ser realçados, embora não façam abrir os telejornais. Infelizmente! Não há outro caminho que não seja a aposta do país nas empresas, nos empresários e seus colaboradores, nas exportações, no investimento privado, e em particular, na captação de investimento estrangeiro. Só assim é que sairemos da crise, para o bem de Portugal e dos portugueses!

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

www.moreiradasilva.pt

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Edição 463

“É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir…”

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atanagildolobo
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 “É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.”

Marquês de Maricá

Ficamos a saber, no decorrer da última assembleia municipal, pelas intervenções de Nuno Félix, Paulo Queirós e dos presidentes de junta da união de freguesias de Alvarelhos e Guidões, da união dos Coronados e do Muro os seguintes factos: primeiro, na atribuição das verbas para as despesas correntes para o cumprimento das delegações de competência da C.M. Trofa, a União das freguesias de Alvarelhos e Guidões passa a receber menos dois mil e poucos euros por mês do que aquilo que foi atribuído no ano passado para o mesmo território. No presente mandato, esta nova freguesia receberá menos 120 000,00 €; segundo, a proposta das verbas atribuídas que foi inicialmente acordada em reunião efetuada entre a CM Trofa e os presidentes de Junta, foi posteriormente unilateralmente modificada pelo executivo camarário, sem que tenha havido sequer uma nova reunião entre todos para esse efeito; terceiro, os valores apresentados não foram fundamentados por estudo sério baseado em pressupostos razoáveis, nomeadamente em critérios sociais e económicos, acessibilidades, educação, e outros fatores relevantes.

Sem dúvida, existe uma discriminação objetiva de uma freguesia. A União das freguesias de Alvarelhos e Guidões é prejudicada em relação ao passado e às outras freguesias. Além disso a CM desenvolve esta posição à revelia do que tinha acordado anteriormente com os presidentes da junta. Deu o dito pelo não dito e faltou à sua palavra demonstrando falta de carácter. O Sr. Vice-presidente tentou, num esforço dilatado e sacrificado, justificar o injustificável, explicar o inexplicável. Meteu os pés pelas mãos, enrodilhou-se, torceu-se…mas o pecado era demasiado óbvio. Bem tentou o Sr. Presidente salvá-lo. Olhem que a junta até é da mesma cor da câmara. Daquelas justificações que, a contrario, revelam bem o entendimento que se tem da democracia e do respeito nutrido pelo sentir das populações. Mas de nada valeu, está consumado. Afinal, cai por terra a primeira promessa do PSD/CDS: o de tratar com igualdade todas as freguesias.

Com certeza, não será a última. Daquilo que ouvimos, nada de bom poderemos esperar. Os discursos são muito “socráticos”. Muitas promessas de se fazer isto e aquilo… As grandes obras do poder central: a variante à 14 e o metro até ao Muro e depois, mais uma rotunda e outra rotunda. Mas, de facto, apenas promessas. Da realidade, ficamos com os € 85 000,00 para feira anual, a certeza de que a confraria do cavalo receberá € 36 000,00 e com a criação da “marca Trofa”, a remodelação do visual, com logotipos jovens, cores novas e, pela primeira vez, fardas para os funcionários. Simultaneamente, as estradas e ruas das nossas freguesias estão num estado lastimável, começam a surgir dificuldades com a educação e alimentação das nossas crianças e jovens, começa a escassear o dinheiro aos velhos para a compra de medicamentos, aumenta o desemprego, cresce a insegurança, o rio Ave continua poluído, os nossos monumentos, nomeadamente o castro de Alvarelhos, continuam ao abandono…No entanto, desenvolve-se a propaganda. Além da tal “marca Trofa”, também existe um ideólogo que, na assembleia municipal, saltando a terreno em promoção do executivo lá vai publicitando, repetindo à exaustão que nunca, “com tão pouco ou quase nada”, se fez tanto, sendo a atual edilidade uma máquina de poupança. Pode o Sr. Relvas ficar sossegado que tem na Trofa homem para lhe seguir os passos. Mas com “tanta poupança” e afinal com tanto gastos na feira anual, bem podia a vereação ter mantido o acordado com os presidentes de junta e suportar as mesmas verbas para as freguesias, sem discriminações. Mais que não fosse, para firmar a promessa eleitoral de tratar com igualdade todas as freguesias. Só que “é tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.”

Guidões, 4 de Março de 2014.

Atanagildo Lobo

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Edição 463

Moção a reivindicar Metro e variantes aprovada por unanimidade (c/video)

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Na sessão ordinária da Assembleia Municipal, que decorreu no dia 27 de fevereiro, no salão dos Bombeiros Voluntários da Trofa, foi aprovada por unanimidade uma moção que reivindica o Metro e as variantes rodoviárias à Trofa.

As conclusões do Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA) para a Programação de Fundos Comunitários (Portugal 2020) devem, segundo Marco Ferreira, membro do PS, que apresentou a moção, “preocupar os trofenses e os seus autarcas”, uma vez que, “nessas intenções do Governo, “as obras mais importantes para o desenvolvimento do nosso concelho ou não são prioritárias ou nem sequer são mencionadas”.

É o caso da variante à EN14, que foi mencionada como “desadequada”, apontando “um conjunto de acessibilidades pontuais ao longo da EN14”, que “não se encontram nos 30 projetos prioritários para o Governo e, pelo que se sabe, dificilmente existirá financiamento para 60 por cento desses 30 projetos prioritários”. “Ou seja, a construção dessas acessibilidades é não prioritária e coloca seriamente em causa a sua concretização e só nos deve preocupar”.

Para Marco Ferreira, o caso “ainda mais dramático prende-se com a expansão da rede do metro do Porto”, pois “dos quase 200 projetos indicados pelo Governo para a realização desse relatório, a expansão da linha do metro é simplesmente ignorada, não constando sequer nos projetos elencados ao longo do relatório”.

Por considerar que “o novo quadro comunitário de apoio pode ser uma das últimas oportunidades para defendermos estes nossos interesses”, o membro do PS apresentou uma moção para votação e discussão da mesma, denominada “Moção Metro e variantes rodoviárias à Trofa”, com destino à presidente da Assembleia da República (AR), Primeiro-Ministro, Ministro de Economia e Obras Públicas e respetivas secretarias das obras públicas, Ministro do Desenvolvimento Regional

No documento, os membros da Assembleia Municipal (AM) mostram “a sua preocupação para com as conclusões do Relatório do Grupo de Trabalho para a definição das prioridades nos investimentos de elevado valor acrescentado”, por considerarem que existem “duas exposições” que estão “absolutamente desfasadas da realidade económica social do nosso concelho e da região Norte de Portugal”, como é o caso da “não referência à expansão da rede do metro do Porto e à posição dececionante do ranking de prioridades das acessibilidades à nacional 14”. “Considerando as metas nacionais para a competitividade e coesão territorial, social e económica e as responsabilidades da região Norte cujos níveis de desenvolvimento justificam metade das verbas atribuídas a Portugal, os autarcas da AM entendem existir condições técnicas e financeiras que sustentam a defesa política destes dois investimentos, desde à muito consciencializados entre os autarcas e as suas instituições representativas, incluindo a Área Metropolitana do Porto, a comunidade intermunicipal e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, avançam.

Com um “valor estimado nos investimentos de 180 milhões de euros” e a “possibilidade de uma comparticipação de 85 por cento dos fundos comunitários”, corresponde “a um esforço financeiro por parte do estado português de apenas 27 milhões de euros”. “Ora se pensarmos que o proposto e muito discutível porto de águas profundas de Lisboa tem um investimento estimado em 600 milhões de euros, percebemos que existem alternativas sem onerar o país que correspondem aos interesses regionais do norte, que devem ser também os interesses nacionais, considerando os objetivos da coesão nacional e da competitividade de um espaço regional absolutamente essencial ao relançamento da economia portuguesa”, justifica.

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Nesse sentido, a moção apela à sensibilização do Governo para “a necessária priorização de dois investimentos essenciais: extensão do metro à Trofa” e a “variante à EN14”.

Depois dos cinco minutos concedidos pela presidente da AM, Isabel Cruz, aos membros dos grupos parlamentares do PSD e CDS, ficou aprovada por unanimidade a aceitação da proposta para votação.

Moção aprovada por unanimidade

Posta a moção à discussão, Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do muro, recordou que nas “últimas eleições legislativas” esteve com “quatro deputados que foram eleitos pelo circulo do Porto do CDS-PP, encabeçado por Ribeiro e Castro”, que declararam que “mal houvesse os primeiros fundos comunitários para a execução da obra (Metro), neste caso de 2014-2020, que seria prioridade”. Também na AR, com a aprovação da “proposta do PCP com a abstenção dos partidos do arco da governação (PSD/CDS) previa que mal houvesse financiamento para o primeiro centímetro do metro que a obra prosseguiria logo”. “Se nestes fundos do QREN não está contemplado nem um euro para a linha do metro, nunca mais a vamos ter na Trofa. Os novos fundos do QREN são todos desviados para Lisboa e estes dinheiros vão continuar a ir para Lisboa, não vem nada para o norte. E nós continuamos impávidos e serenos a olhar e a ver os navios a passar, possivelmente para as águas profundas”, salientou, pedindo ao presidente da Câmara, Sérgio Humberto, que “já tem um certo peso político, que com os seus colegas de partido e com o Governo faça pressão firme, que o povo da Trofa não é estúpido, não é parvo e não anda a dormir”.

Já Hélder pereira, membro do CDS, congratulou-se pelo assunto que foi trazido, “lamentando unicamente que tal não tenha, uma vez que é colocada a votação, sido alvo de uma tentativa de proposta de posição concertada entre todos os grupos parlamentares, para desta forma ter maior peso e ênfase nos ouvidos nos seus destinatários”. “

Pedro Ortiga, membro do PS, “estranha a dúvida e a incerteza em temas de capital importância”, depois de terem sido “condescendentes no tempo de reflexão para com uma moção”. “Não entendemos, embora se isto for vital até podemos ser condescendentes, a necessidade de os lideres estarem a articular quando podemos de viva voz e rapidamente apresentar aquilo que são as propostas e o primeiro subscritor, Marco Ferreira, assim o condescender a essa alteração”, atirou.

Os líderes reuniram-se com o subscritor, tendo sido produzidas “algumas alterações pequenas”, que, reunindo a consenso de todos, foi posta à votação, tendo sido aprovada por unanimidade.

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Antes da votação, Paulo Queirós, membro CDU, questionou o executivo se tinha “alguma informação ou pode nos garantir que esta obra (variante à EN14) será de facto realizada em curto prazo, ou se, como também se ouve em surdina, apenas será feita a variante a partir da Rotunda do Senhor dos Perdões, passando pela nova fábrica da Mabor e ligando à A3, coisa que não nos espantaria”.

Em resposta, Sérgio Humberto evidenciou que “a EN14 é a segunda prioridade para o norte do país, a seguir ao Túnel do Marão, que vai avançar com o processo de adjudicação no futuro muito próximo, o que significa que essas verbas vão ser gastas por este Quadro Comunitário de Apoio”. O edil, contou que “os técnicos da Trofa, da Maia e de Vila Nova de Famalicão estiveram a trabalhar pela primeira vez (no dia 27 de fevereiro), para alterar o perfil da variante”.

Já quanto à vinda do Metro, a Trofa perdeu “a grande oportunidade” quando deixou “cair esse projeto” que já estava a “ser adjudicado”.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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