S. Pedro assinalado em Santiago

As Festas de S. Pedro são já uma tradição em Santiago de Bougado e as marchas emprestam vida e cor às ruas.

Já arrancaram as Festas de S. Pedro da Maganha. Começaram no sábado, com a realização de um jogo de futebol entre casados e solteiros. No domingo o destaque foi para o torneio de malha. Este fim-de-semana, a festa popular começa na manhã de sábado, com o Agrupamento Musical Juventude em Força a percorrer toda a freguesia de Santiago de Bougado.

O ponto alto das festas são as Marchas de S. Pedro, que reúnem centenas de pessoas para assistirem à actuação dos marchantes, que este ano são cerca de 80, divididos por três grupos, de acordo com António Castro, presidente de Associação Recreativa de S. Pedro da Maganha, organizadora da festa. As roupas alegres e os arcos vistosos são “sempre diferentes” e a Associação tem a ajuda da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado e dos próprios marchantes, que custeiam parte das despesas. “Para além de despenderem tempo com os ensaios e de todo o trabalho que implicam as marchas, os participantes ainda ajudam a pagar o traje”, elogiou o responsável da Associação. Sem artistas de renome para entreter o público, para que a Festa “não tenha custos elevados”, a grande aposta da Associação são as marchas, que no próximo sábado, vão encher de cor o espaço junto à Capela de Nossa Senhora do Desterro, em Bairros, a partir das 21 horas. A letra das três canções deste ano foram escritas pelo próprio António Castro e a música foi adaptada por Michel Xavier. Durante os intervalos das Marchas e no final da noite, está programada a actuação do conjunto típico Sons e Cantares do Ave e uma sessão de fogo-de-artifício. O responsável da colectividade espera que “tudo corra bem” e “desde que o recinto esteja cheio” tudo deve correr pelo melhor. No domingo, às 10 horas vai ser celebrada a Missa Solene na Capela de Nossa Senhora do Desterro. Durante a tarde decorrem jogos tradicionais e à noite actua o grupo Os Solitários.

As festas são apenas uma das actividades da colectividade, mas António Castro garante que “têm de ser feitas, senão não faz sentido existir a associação”. Esta é também uma forma de “angariar algum dinheiro para outro objectivo: terminar de pagar o terreno que foi comprado há três anos”. O terreno custou cerca de 65 mil euros e António Castro espera que com a festa “tudo fique liquidado”, para que depois possam pensar na obra de construção que também já tem projecto e está em fase de aprovações.

António Castro aproveitou a entrevista feita pelo NT para agradecer “a todos os que apoiam a associação e tornaram a festa possível”. Em época de crise, “é difícil arranjar verbas” e para tornar a festa uma realidade, a Associação conta com o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal e faz diversas actividades ao longo do ano.

A associação “não deverá parar” durante os meses de Verão e, para além da festa, tem previstas várias actividades até ao final do ano. Assim, no mês de Julho, vão decorrer jogos de malha e no primeiro dia de Agosto, está agendado o jantar-convívio da Associação, na Quinta d’Alegria. Setembro e Outubro vão ser os meses reservados para um concurso de pesca desportiva. O Dia das Bruxas e o S. Martinho também não serão esquecidos, com a organização de uma Noite de Halloween, no último dia de Outubro, e um Magusto, no fim-de-semana imediatamente a seguir ao dia de S. Martinho, em Novembro.

Foto: Arquivo