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Edição 717

Resinorte e Câmara da Trofa querem instalar aterro em Covelas

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A Resinorte estará a negociar com a Câmara Municipal da Trofa, a criação de um novo aterro sanitário, a instalar nos terrenos contíguos ao atual aterro sanitário de Santo Tirso, que ocupará os terrenos da freguesia de Covelas, na Trofa.

O aterro será, segundo fonte próxima do processo, nos terrenos contíguos ao atual aterro de Santo Tirso, na freguesia de Covelas mas, o Presidente da Junta, Feliciano Castro, garante, em declarações ao NT “não tenho conhecimento de nenhum aterro na freguesia, mas vou indagar junto da Câmara Municipal da Trofa”.

Num despacho da Secretaria de Estado do Ambiente assinado em 2019 : “São aprovados os investimentos previstos pela Resinorte- Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, a coberto do oficio O-ADM-2019-118, de 25 de março, relativas aos projetos base do aterro da Trofa e da segunda célula do aterro de Celorico de Basto”, pode ler-se no documento onde consta ainda ao pareceres favoráveis da APA- Agência Portuguesa do Ambiente e da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

O NT sabe que, na semana passada, o presidente da câmara da Trofa, Sérgio Humberto Silva reuniu com alguns moradores da Abelheira, freguesia de Bougado, e adiantou que a negociação para a instalação do Aterro nos terrenos de Covelas estava a avançar e que iria permitir à Câmara da Trofa pagar as dívidas de cerca de 2,5 milhões de euros de recolha de resíduos que o Município deve e que ainda deverão sobrar cerca de 200 mil euros, adiantou ao NT uma das pessoas naturais da Abelheira.

Assim, na prática, a Câmara da Trofa, ao deixar instalar um aterro de resíduos nos terrenos da freguesia de Covelas, paredes meias com a Abelheira, freguesia de Bougado, estará a “trocar” a localização pela dívida que o Município tem, de vários anos de recolha de lixo” na Trofa.

Em nota enviada aos jornalistas, o Partido Comunista Português fez saber que questionou a 11 de maio deste ano, através de um requerimento o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Pedro Matos Fernandes, para saber se “existe algum licenciamento (emitido ou em análise), nos últimos 2 anos, para a construção de algum aterro sanitário no distrito do Porto? Se sim, onde?”.

Mas as deputadas Diana Ferreira, Ana Mesquita e Alma Rivera perguntaram ainda a Pedro Matos Fernandes “Que novas infraestruturas de gestão de resíduos estão previstas para o distrito do Porto e em que fase de licenciamento se encontram”.

Mas a preocupação do PCP não é só com os aterros mas também com a possibilidade de virem a ser licenciadas novas infraestruturas ou reforço das já existentes, como a de Valongo por exemplo, para reforçar “a capacidade de incineração de resíduos, ou de incineração de outros resíduos que não urbanos no distrito do Porto? Se sim, onde?”.

Contactada a Resinorte, através do seu Gabinete de Comunicação, fez saber que não conseguiria responder em tempo útil às questões enviadas, remetendo informação para “logo que possível”, a fim de esclarecer sobre este projeto a desenvolver na Trofa.

Recorde-se que depois de encerrado em outubro de 2016, o aterro sanitário que serve a Trofa, Santo Tirso e outros concelhos do Vale do Ave, estava, em 2017 em fase de selagem, para dar lugar a um espaço verde, de acordo com a informação disponibilizada à altura pela Resinorte.

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A infraestrutura, gerida pela Resinorte, servia concelhos como Santo Tirso, Trofa, Vila Nova de Famalicão e Guimarães, que têm, agora, criadas alternativas e novos procedimentos para o depósito e tratamento de lixo.

No espaço, com 15 hectares, mantém-se a Estação de Recuperação de Energia e o Ecocentro. Em 2017 a Resinorte terá entregue ao Ministério do Ambiente um projeto de requalificação que seria acompanhado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Esta intervenção incluía a verificação dos abatimentos, a recuperação arbórea e ambiental e a preparação do espaço para fins públicos, que pode passar pela fruição da população, sendo programa de reconversão e vigilância para 30 anos.

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