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Ano 2008

Quase…

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teresa-fernandes

  teresa-fernandesNo passado dia 20 de Outubro os membros da Assembleia de Freguesia de S. Romão do Coronado, realizaram uma visita à empresa Savinor a convite da mesma.

Esta era uma visita à muito solicitada por todos os membros da Assembleia de freguesia.

Foi por isso com agrado que recebi o convite.

Fomos recebidos pelo presidente do conselho de administração do Grupo Soja de Portugal, que numa primeira abordagem apresentou a empresa Savinor e a sua evolução, o processo de licenciamento industrial e ambiental e terminou dando especial ênfase ao investimento realizado, para melhoria das condições físicas e tecnológicas na Savinor, no sentido de permitir uma diminuição dos impactes ambientais.

Seguiu-se depois uma visita à fábrica, nomeadamente às unidades de tratamento de subprodutos de carne e de peixe.

Posteriormente a esta visita à fabrica, foi-nos apresentado um estudo encomendado pela Savinor a um entidade independente, sobre a Qualidade do Ar Ambiente na envolvente Savinor, que segundo o qual todos os resultados obtidos estão dentro dos respectivos valores legais em vigor.

Depois de mais de quatro horas e finda a visita, era minha convicção que de facto era notório nesta nova administração um esforço no sentido de resolver problemas que nos afectam há décadas.

Vim para casa com esperança, que a situação finalmente melhorasse, embora reconheça que me foram impingidas ideias e afirmações que de todo não posso aceitar.

Quase que acreditei que, e segundo o estudo que nos apresentaram que o ar que respiramos em S. Romão é puro, inclusive até melhor que o ar que se respira em Lisboa e em Estarreja!

Grande consolo!

Quase que acreditei que muitos dos odores que sentimos eram provenientes de outras empresas que não da Savinor e mesmo da A3!

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Quase que acreditei que os odores nauseabundo que sentimos em muitos fins-de-semana, não são da responsabilidade da Savinor, visto que terminam a laboração ao sábado por volta das 12 horas!

Quase que acreditei, mesmo que por breves instantes, que se calhar não cheirava nada!

Quase que me vi na obrigação moral de pedir desculpa à administração da Savinor!

Quase……….

Mas, passadas poucas horas a realidade mostrou-me que estava enganada.

Nos dois dias que se seguiram à nossa visita o ar tornou-se irrespirável em S. Romão e nas freguesias vizinhas, como que a puxar-nos para a realidade.

Prontamente a administração da Savinor, informou que os cheiros que se fizeram sentir nos dias seguintes à nossa visita, foram resultado de uma avaria nas torres de lavagem e por isso se tratava de “um facto pontual e isolado” !

A realidade é que, há muitos anos que sofremos com cheiros intensos e insuportáveis que se entranham nas roupas e nas casas, retirando toda a nossa qualidade de vida, desvalorizando as nossas casas e manchando o nome da nossa terra.

Se de facto, algumas melhorias foram introduzidas no processo de transformação dos subprodutos animais (e eu pelo que vi, não duvido), estas ainda não se fizeram sentir de forma efectiva nas populações.

Se a Savinor, e tal como declara, pretende cuidar do Ambiente, então ainda há muito trabalho para fazer!

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Nós cidadãos, continuaremos a nossa luta de forma empenhada, até ao dia em que o nosso direito a viver num ambiente saudável seja uma realidade!

 Teresa Fernandes

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