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Ano 2012

Puxar para cima

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O povo português, que tem uma cultura multissecular e uma identidade muito própria e muito forte, tem a escorrer nas suas veias a tristeza do fado e na sua génese a simplicidade e humildade dos corajosos. É um povo habituado a chorar, mas também a lutar por valores de elevação, como a proteção de toda a vida humana. Talvez por isso, Portugal teve a coragem memorável e histórica de ser um dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte.

São tantos os motivos de orgulho, que os portugueses até têm, por vezes, uma postura despretensiosa sobre a História. Hoje, que tanto se sente e fala da globalização, não pode ser surripiado da história, que foram os portugueses os primeiros a vivenciá-la: os descobrimentos iniciados no século XV foram a primeira forma de globalização e tiveram como protagonistas os portugueses, que deram novos mundos ao mundo.

É verdade! E não pode nem deve ser esquecido o facto de sermos um país que tem muitos défices de desenvolvimento, comparativamente com alguns países da Europa, mas temos muitos motivos de orgulho. Somos um povo simpático e acolhedor, como existem poucos no mundo, e com a adaptabilidade necessária para vingar e ter sucesso em qualquer parte: veja-se a quantidade de portugueses com sucesso espalhados por todo o mundo.

Portugal tem um clima ameno como poucos países na Europa e uma diversidade de paisagens para contemplar: o sol, o mar, a serra, os monumentos, as cidades e as aldeias. E a gastronomia ímpar. Belezas para saborear e gozar, que podem ser desfrutadas a custos muito baixos. Um excelente país para ver e viver.

No mundo empresarial, existem organizações, com sede em Portugal, de sucesso e de nível mundial, fundadas e dirigidas por portugueses, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Felizmente, são muitas e diferentes as áreas em que somos líderes mundiais, como por exemplo na produção de rolhas de cortiça, transformadores eléctricos ou feltros para chapéus, sem esquecer uma indústria farmacêutica portuguesa, que lançou no mercado global o primeiro medicamento de raiz “made in” Portugal. Para além dos generosos Vinho do Porto e Vinho da Madeira.

Portugal é um país de criadores e inventores e está muito avançado na investigação e produção de energias limpas: das marés – através das ondas do mar e eólicas – através do vento. São invenções portuguesas: a Via Verde, um sistema muito cómodo de pagamento na passagem nas autoestradas; o sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina; o pré-pagamento por multibanco; muito software para telemóveis, a bilha de gás muito leve; o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis; um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.

Também nas áreas científicas, os portugueses «dão cartas»: os melhores institutos de investigação científica nas áreas da biologia molecular, neurociências e biomedecina são o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Fundação Champalimaud – ambos de Lisboa e privados e o IPATIMUP – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, que é público; centros de investigação de excelência, como o Grupo 3B (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos) e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologoa (INL) da Universidade do Minho, que também é público e líder europeu.

É tempo de falarmos bem de nós, do que Portugal tem de bom. E, são tantos os motivos de orgulho: desde a Ciência, as Artes, a Investigação, a Criação até ao desporto onde somos dos melhores do mundo em diversas modalidades. É preciso puxar para cima, mesmo que tenhamos que cantar um «fadinho» com a lágrima ao canto do olho. É tempo de nos orgulharmos de ser Portugal.

José Maria Moreira da Silva

moreira.da.silva@sapo.pt

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www.moreiradasilva.pt

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