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Edição 661

Olhar o cinema por Vasco Bauerle

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Caros Leitores,

Inicio esta primeira rubrica com um enorme sentido de responsabilidade, pois, acredito ser da maior importância o assunto sobre o qual me debruço, e que, como tal, urge celeridade. A defesa das matrizes da nossa língua, da nossa arte. Com isto, e porque, é a arte do cinema a minha grande paixão, assino o compromisso com o leitor deste jornal, de mensalmente, dar a conhecer o melhor que se faz em Portugal na sétima arte, numa altura em que apesar de reconhecido internacionalmente, o cinema não tem voz em Portugal.

Como primeira proposta cinematográfica, o filme RAMIRO de Manuel Mozos que estreia a 1 de Março, após uma antestreia no Doclisboa’17. O realizador, Manuel Mozos, que conta já com um vasto historial na área do documentário, como a obra RUÍNAS de 2009, à ficção, como a obra XAVIER de 1992, promete surpreender com este seu novo filme, desta vez uma comédia, que conta a história de um Alfarrabista, na casa dos quarenta, numa Lisboa Contemporânea, que se debate entre o sonho de voltar a escrever poesia e a lassidão de um quotidiano, ao qual não consegue escapar. Ingredientes que, segundo o realizador, vão conduzir a narrativa proposta. Uma entrada com o pé direito no próximo mês, à qual não pode faltar.

Uma semana depois, a 8 de Março, estreia o filme IMAGENS PROIBIDAS de Hugo Diogo, realizador de “Marginais”. Baseado na obra de Pedro Paixão, “Saudades de Nova Iorque”, retrata as venturas e desventuras de David, que procurando escapar a um amor perdido, foge de Londres para Lisboa, e, com ele, traz um projeto, recriar o amor entre duas mulheres que não se conhecem, que comunicam através dele e das fotografias Polaroid.

No dia 15 de Março, após a estreia mundial no Festival de Berlin “Berlinale 67” e de passar por outros festivais como o IndieLisboa 2017, chega às salas de cinema o filme COLO da experiente realizadora Teresa Vilaverde. Com uma bagagem que inclui filmes como MUTANTES de 1998 ou PONTES DE SARAJEVO de 2014, neste filme, a realizadora procura abordar “a crise” que “é mais do que económica. É também a crise da família, do pouco tempo que as pessoas têm para viver, para falar umas com as outras.” De certo, um filme que vale a pena ver e rever.

A 22 de Março, estreia o filme APARIÇÃO do realizador Fernando Vendrell, uma adaptação da obra literária com o mesmo nome, de Virgílio Ferreira. O realizador com um percurso mais discreto, conta com um historial de filmes como FINTAR O DESTINO de 1998 ou O GOTEJAR DA LUZ de 2002. Segundo Fernando Vendrell, o protagonista, Alberto Soares “está imbuído” numa “experiência existencialista”, na “questão da morte”, e o seu objetivo prende-se por “tocar e envolver o espetador dentro dessa experiência”.

De 20 de Fevereiro a 4 de Março, a não perder também a oportunidade de assistir a uma amostra de cinema nacional e internacional no Teatro Rivoli Porto, o Fantasporto 2018. Especial nota para a antestreia de três longas metragens portuguesas, UMA VIDA SUBLIME de Luís Diogo, DOUTORES PALHAÇOS de Bernardo Lopes e Hélder Faria e ainda APARIÇÃO de Fernando Vendrell, e a presença de 8 Universidades e Escolas de Cinema.

Vemo-nos na próxima rubrica, e até lá, boas sessões de cinema!

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