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Edição 666

Olhar o Cinema Nacional

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Caros Leitores,

Após um mês rico em estreias de cinema luso, que espero terem tido a oportunidade de visionar, trago-vos novas propostas de cinema nacional e de outras iniciativas que, acredito serem igualmente meritórias de referência, por forma a fomentar a cultura cinematográfica do leitor.
Principiando pelas propostas cinematográficas, a 5 de Abril, estreia o filme “Encontro Silencioso”, a primeira aventura de Miguel Clara Vasconcelos na longa metragem, após um percurso pautado por várias curtas e médias metragens, nomeadamente DOCUMENTO BOXE de 2005 e TRIÂNGULO DOURADO de 2014. Segundo a folha de cartaz do Indie Lisboa 2017, o tema nevrálgico da obra situa-se no universo das praxes académicas, procurando compreender a contemporaneidade, com base na mitologia tradicional, na nossa herança histórica e no nosso presente político. Uma obra de certo válida e interessante, pois surge, possivelmente como resposta, a anos de incertezas e incidentes que assombraram o universo da praxe.
A 12 de Abril estreia “Soldado Milhões”, a segunda longa metragem de Gonçalo Galvão Teles, nome associado à longa metragem GELO de 2016, em parceria com o já experiente Jorge Paixão da Costa, conhecido por trabalhos como JACINTA de 2017 ou O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA de 2007. A história de um herói desconhecido, de um Portugal que não estava preparado para dificuldades que as trincheiras em França acabariam por reservar. As aventuras de um soldado de nome Milhais, que batendo-se valorosamente no campo de batalha, iria “da lei da morte” se libertando. Viria a ganhar a alcunha de soldado milhões. Um filme que procura homenagear de forma digna, os 75.000 homens que, há cerca de um século, se bateram em pleno teatro de batalha, na 1.ª Guerra Mundial.
Por não haver confirmação até ao fecho da edição anterior, e desde já pedindo as mais sinceras desculpas, faço menção ao filme CORRESPONDÊNCIAS de Rita Azevedo Gomes, que estreou dia 8 de Março, após um longo percurso por festivais nacionais e internacionais, tal como o DocLisboa 2016. Baseado em correspondências entre Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena entre 1957 e 1978, é um testemunho da sincera e profunda amizade entre ambos e da situação política do país em plena ditadura Salazarista, que haviam obrigado Jorge de Sena ao exílio.
De 4 a 8 de Abril, no Porto, realiza-se a 11.ª Festa do Cinema Italiano, e, embora a alusão possa parecer desenquadrada, não deixa de ser uma boa forma de fomentar a interculturalidade, a compreensão e o respeito por outras culturas e formas de expressão, nomeadamente, e neste caso, através do cinema.
De 10 de Fevereiro a 19 de Maio, realiza-se em Vila do Conde a 13.ª edição do festival ANIMAR, na Solar Galeria de Arte Cinemática, Teatro Municipal e Escolas, que propõe um programa de exposições, cinema e ateliês com base na temática “cruzamento entre os universos do real e do imaginado”. Assim, a 13.ª edição do ANIMAR traz propostas como ÁGUA MOLE, de Alexandra Ramires (Xá) e Laura Gonçalves, PRONTO, ERA ASSIM, de Joana Nogueira e Patrícia Rodrigues, SURPRESA, de Paulo Patrício, e A PRAIA, de Pedro Neves, que procuram mostrar a relação estabelecida entre o cinema de animação e o documentário nacional, e a forma como ambos se interligam.
No dia 25 de Março, conhecem-se os contemplados do prémio Sophia. A data de criação deste galardão, remonta ao ano de 2011, quando a Academia Portuguesa de Cinema decidiu criar uma forma de reconhecer o trabalho daqueles que, anualmente, dão provas do seu valor e do seu potencial no panorama do cinema nacional. Um evento que se aconselha vivamente a não perder.
Vemo-nos na próxima rubrica, desta feita, no mês de Abril. Precisamente há 44 anos, a senda dos Portugueses, da nação e do cinema iriam sofrer uma mudança não só necessária, como fundamental, à História de Portugal. Até lá, boas sessões de cinema!

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