

Edição 767
O que é ser criança? A resposta está no mural da Cruz Vermelha
O que é ser criança? Foi este o desafio lançado à comunidade pelo projeto CLDS 4G Trofa através da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa.
O que é ser criança? Foi este o desafio lançado à comunidade pelo projeto CLDS 4G Trofa através da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa. A resposta ao apelo resultou num mural de azulejos, que desde 1 de junho decora uma das paredes da sede da instituição, em Santiago de Bougado.
“O objetivo desta iniciativa é marcar o Dia Mundial da Criança, porque achamos que esta é uma data que deve ser sempre lembrada, associando-a aos direitos das crianças, que se assinalaram no mês de abril mas que, no fundo, devem ser assinalados o ano todo. Ao mesmo tempo, quisemos mostrar as diferentes formas de como a comunidade vê a representação da criança, usando a criatividade”, afirmou Carla Lima, coordenadora do CLDS 4G Trofa.
Apesar da proposta ter sido apresentada com pouco tempo de antecedência, a resposta da comunidade superou as expectativas da organização. “Os 400 azulejos que compõem este mural são prova da grande adesão, ainda para mais associado a um dia para o qual já existem muitas atividades planeadas”, acrescentou.
Nesta iniciativa participaram instituições, escolas e cidadãos a título individual.
Edição 767
Memórias e Histórias da Trofa: O embrião da industrialização
A Trofa, ao longo da sua história, sobretudo na época contemporânea, foi recebendo nas freguesias do seu futuro concelho várias indústrias, algumas delas o tempo foi apagando a sua memória, existindo muitas que estão, praticamente, longe do conhecimento da maioria dos populares. O tempo, por vezes, é ingrato na história.

A Trofa, ao longo da sua história, sobretudo na época contemporânea, foi recebendo nas freguesias do seu futuro concelho várias indústrias, algumas delas o tempo foi apagando a sua memória, existindo muitas que estão, praticamente, longe do conhecimento da maioria dos populares. O tempo, por vezes, é ingrato na história.Apesar…
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Edição 767
Escrita com Norte: Ter tempo
Eu e os outros, que ontem tinham 16, 17, 18 anos, hoje passaram os 40 e dou por mim a ser o meu pai de há 30, 40 anos, dizendo, “Hoje encontrei aquele rapaz da minha idade…” e na discussão de muito temas, argumento, “No meu tempo…”.
Velho? Talvez…mas não! Apenas tenho Tempo.

Lembro-me perfeitamente de, em criança, de entre várias coisas, ouvir o meu pai dizer, “Aquele rapaz meu amigo…”, geralmente, “rapazes” da idade dele, ou, “No meu tempo…”.
Sempre que ele nos falava (a mim e ao meu irmão) e aplicava estas frases, as mesmas eram acompanhadas de uma expressão de estranheza nas nossas caras por não compreendermos que, na idade dele, se referisse aos da mesma geração como “rapazes”! Em contraponto, e desta vez de forma correcta, com a expressão “No meu tempo…”, colocava-se no devido lugar de “gente velha”.
Na adolescência, a expressão de estranheza começou a ser acompanhada por outra, a de incompreensão. Se em crianças os nossos pais são super-heróis, na adolescência passam a incompreendidos e nós, adolescentes, tomamos o lugar de “Maiores”. Como qualquer adolescente normal, eu era (achava-me) o “Maior”. E tenho quase a certeza que o Quim (nome fictício do tótó da minha turma), no seu íntimo, também se achava o “Maior”, sonhando à noite, enrolado à almofada, com a Jennifer Lopez.
Os píncaros da “velhice” e “antiguidade” (e minha vergonha) eram as demonstrações de afecto. Se em privado eram toleradas, já em público os beijos e abraços da minha mãe superavam em humilhação a dos funcionários de um banco chinês açoitados em público por não terem atingido os objectivos. Eu passei sempre de ano… porquê tanto afecto humilhante em público?!
Neste tempo, o Tempo não passa ou passa devagar, e, nos momentos de angústia (os “Maiores” também os têm), chegava a andar para trás, por isso o vislumbre de chegar a “velho” e dizer, “Aquele rapaz meu amigo…” ou, “No meu tempo…”, era algo muito distante e arrastado como a evolução do Ser Humano… ou seja, algo que nunca iria acontecer.
O Ser Humano não evoluiu, mas o Tempo passou e tenho a sensação que o tempo em que pensava que ele não passava foi ontem!
Eu e os outros, que ontem tinham 16, 17, 18 anos, hoje passaram os 40 e dou por mim a ser o meu pai de há 30, 40 anos, dizendo, “Hoje encontrei aquele rapaz da minha idade…” e na discussão de muito temas, argumento, “No meu tempo…”.
Velho? Talvez…mas não! Apenas tenho Tempo.
Tenho Tempo pela frente e Tempo suficiente vivido, que me faz sorrir com as demonstrações públicas de afecto da minha mãe e me faz olhar, outra vez, para o meu pai com a capa do Super-Homem, apoiado na sua bengala.
Quanto a mim, de “Maior” de ontem, passei a “Realista” de hoje, com noção das minhas limitações e das coisas que não sei, incomodando-me unicamente no passar do Tempo o crescimento desordenado de alguns pelos das sobrancelhas, que me obrigam a arrancá-los.
E tenho quase a certeza que o Quim, quando as luzes do seu quarto se apagam, continua a agarrar-se às almofadas, imaginando-as como sendo a Jennifer Lopez e a Monica Bellucci, nunca dizendo, “No meu tempo…” mas, “Sempre fui o Maior!”.
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