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Ano 2011

“Nestes últimos dois anos não houve obra” (c/video)

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Comissão Política Concelhia do PSD da Trofa considera que o executivo camarário de maioria socialista caiu “em descrédito” depois de dois anos de mandato “sem qualquer obra”. 

51,3 milhões de euros. Este foi o valor repetido por Sérgio Humberto, presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PSD da Trofa, para a “verdadeira dívida efetiva do concelho da Trofa”. Numa conferência de imprensa, despoletada pela apresentação dos resultados da auditoria da Deloitte, que aponta para um montante de 66 milhões de dívida e responsabilidades assumidas pela Câmara até 31 de junho de 2011, o líder “laranja” afirmou que a edil trofense, Joana Lima, “andou a mentir, constantemente, durante estes últimos dois anos, aos trofenses, dizendo que a dívida ascendia aos 68 milhões de euros”.

Sérgio Humberto considerou que esta declaração de Joana Lima serve “para tentar justificar a inércia deste executivo camarário, pois durante estes dois últimos anos não houve obra”.

António Pontes, vereador social-democrata, sem pelouro, salientou que “é importante ter em conta a distinção de dívida e responsabilidades”, acusando o executivo de “confundir os dois conceitos porque dá jeito”.

O PSD Trofa assume que projetos como a requalificação das escolas, a regeneração urbana e o Parque das Azenhas não podem ser imputados à dívida, porque “apesar de terem sido idealizados pelo anterior executivo, podiam ter sido cancelados, pois o que existia eram estudos prévios e concursos ao quadro comunitário”.

No entanto, relativamente às obras das escolas, que estão orçadas em cerca de sete milhões de euros, admitiu que “o investimento já estava em curso” ainda no mandato do executivo anterior e que “já havia um vínculo”, pelo que “se quisesse parar o projeto, este executivo não conseguia”.

O partido da oposição considerou ainda“errada” a declaração de Guilherme Monteiro, consultor da Deloitte, que afirmou que a Câmara da Trofa vem acumulando um défice de cerca de dois milhões de euros desde a sua criação, lembrando que “a primeira reunião da Comissão Instaladora do concelho foi num café”.

Sobre a constatação da Deloitte queo défice do município em 2011 vai ascender a 2,1 milhões de euros, os sociaisdemocratas consideram “extremamente grave”, pois “as receitas não cobrem o total das despesas e ainda por cima não existe obra”. “Nestes últimos dois anos aumentou-se o endividamento cerca de 4,5 milhões de euros. Onde anda este executivo camarário de maioria socialista a gastar o dinheiro de todos os trofenses?”, questionou Sérgio Humberto.

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A CPC do PSD da Trofa apontou ainda o dedo ao executivo liderado por Joana Lima, pelo facto de “ter coragem de aumentar o quadro de pessoal e sete chefias na Câmara”.

Sérgio Humberto criticou ainda o facto de “o PDM estar camuflado” e ainda não ter sido apresentado, “o Metro ter sido anulado”, “as variantes estarem esquecidas e os paços do concelho a boiar”. 

“Obra do executivo anterior justifica dívida”

“Não tenho dúvidas”. Foi desta forma que o presidente da CPC do PSD da Trofa respondeu à questão sobre se a obra realizada nos anos de existência do concelho justifica a dívida existente. “Está aos olhos de qualquer trofense, que conheça, realmente, a Trofa. (A dívida) não é desejável, mas para melhorar a qualidade de vida da população, obviamente, foi preciso haver investimento”, sustentou. 

Sérgio Humberto enumerou empreitadas como a “do saneamento”, que colocou a Trofa “com uma taxa de 90 por cento”, “a renovação do parque escolar”, “os cerca de 300 quilómetros de pavimentações na rede viária”, “a Casa da Cultura”, “a feira e mercado”, “as casas mortuárias na maioria das freguesias”, “sedes de junta dignas”, “a academia municipal Aquaplace” e “uma estação de comboios muito digna”. “Houve desenvolvimento e dívida, mas a obra está à vista de toda a gente”, salientou.

Não aos cortes nos subsídios para Juntas e associações

O PSD defende que a proposta da Deloitte de cortar em 41 por cento os protocolos de delegação de competências para as juntas de freguesia não é ajustada, já que “nestes últimos dois anos, as únicas obras do concelho foram protagonizadas pelas juntas”. “E ao tirar-lhes competências e assumi-las, a Câmara poderá ter custos mais elevados”, acredita Sérgio Humberto. Por isso, defende que “não deverá haver cortes nestes protocolos”, assim como nos subsídios para as associações, que “desempenham um papel fundamental e louvável no desenvolvimento sustentável da população em vários domínios”. “Corte-se antes nos almoços, nos jantares e nas estadias em hotéis de cinco estrelas, pagos pela Câmara. Corte-se na Volta a Portugal e noutros dados mais supérfluos”, referiu.

Sérgio Humberto sugeriu ainda que “se a Trofáguas perder o saneamento para as Águas do Noroeste, a empresa deve ser extinta, no dia seguinte” ou então “deverá haver uma fusão entre esta empresa municipal e a  TrofaPark”. Assim, realiza-se “a tal contenção de custos, quer com o pessoal, quer nos gastos do dia a dia”. Outra das sugestões dos sociais-democratas foi o corte “no número de chefias e de avenças”. “Não se pode pedir aos funcionários que apresentem soluções para fazer cortes, quando o exemplo tem que partir da presidente e dos vereadores com pelouro e isso não está a acontecer”, asseverou. “A falsificação de promessas e este folclore político que tem acontecido, as constantes faltas à verdade levaram este executivo camarário ao descrédito. Se chegar à conclusão de não se sentir competente nem capaz e sem rumo para gerir os destinos da Trofa, pois podem ter a certeza que o PSD tem todas as condições: competência, seriedade e amor ao concelho para conduzi-lo ao desenvolvimento que ele merece”.

O modo como a apresentação do estudo da Deloitte foi feita também mereceu o repúdio dos sociais-democratas: “Primeiro, deveria ter sido apresentado e discutido em reunião de Câmara, depois discutido em Assembleia Municipal e só depois apresentado a toda a população e não só às instituições”.

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