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Memórias e Histórias da Trofa – Centro Republicano Heliodoro Salgado II

Conforme descrito na crónica passada, haveria certamente mais para pesquisar sobre este assunto até então esquecido na história da Trofa.

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Conforme descrito na crónica passada, haveria certamente mais para pesquisar sobre este assunto até então esquecido na história da Trofa.
O trabalho de historiador é um pouco como descobridor de tesouros, pegando nas pontas soltas do tempo e encontrando novos caminhos e novos pedaços da história e identidade da sua comunidade.
Um evento que teve bastante eco na imprensa nacional que estava próxima ao Partido Republicano, porque era mais um dos passos para a propagação do republicanismo em que, segundo os autores das várias crónicas da imprensa, era algo que era previsível de acontecer atendendo ao elevado número de republicanos na Trofa.
Uma referência para que um dos elementos da comissão do próprio núcleo ser o seu irmão Augusto Salgado, ele próprio figura do 31 de Janeiro, como o seu irmão Heliodoro Salgado, que teve de se exilar no Brasil, fazendo, inclusivamente, parte do núcleo de refugiados lusos em Espanha. Analisando esta situação, é de fácil perceção que a família Salgado esteve sempre próxima dos trofenses com contactos com a comunidade local, contrariando a versão mais comum da história que alega que tinham saído deste burgo numa fase bastante prematura.
Além do discurso do Ministro do Trabalho, que foi referido anteriormente, figura que muito deu à República e que inclusivamente foi “Primeiro Ministro”, discursaram outras figuras do regime republicano, nomeadamente deputados e também professores que se destacavam pelo seu papel na imprensa escrita, defendendo a República com grande entusiasmo. Alusão para Camilo de Oliveira.
Um momento que não teve somente a presença dos trofenses, mas também de vários elementos das comunidades vizinhas, em que se elogiou a entrega dos trofenses à causa republicana. Nomeadamente no discurso de Dr. Júlio Gomes dos Santos, que era antigo administrador do concelho de Santo Tirso e que, nas horas de aperto das mudanças políticas republicanas, contou com o apoio de trofenses para o proteger das rivalidades de elementos de fações contrárias que naquele momento estavam num crescendo.
O próprio ministro Dr. José Domingues dos Santos irá referir a luta dos trofenses contra a ditadura de Sidónio Pais destacando a sua irreverência e capacidade de luta.
Por último, perante o que tem sido argumentado, é percetível que as lutas políticas, desde uma fase prematura, estiveram presentes na identidade dos trofenses, que rapidamente aderiram à causa republicana e não se deixaram levar por sentimentos por antigos regimes.
Mesmo nos momentos críticos, mantiveram-se fiéis ao regime republicano, demonstrando serem defensores dos ideais: igualdade, liberdade e fraternidade.
Assim, termina-se o escrutínio a um dos importantes eventos da história local, resgatando do tempo memórias, histórias, figuras e, por fim, momentos.

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