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Memórias e História da Trofa: A Quinta de S. Romão

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Conforme descrito anteriormente em várias crónicas, a freguesia de S. Romão do Coronado teve bastante importância para a alta burguesia da cidade do Porto que rumava até aquela localidade para passarem as suas férias.

A sua população na década de vinte e trinta ultrapassava os mil habitantes, havendo um razoável crescimento demográfico e nos meses de verão a sua população crescia exponencialmente com o elevado número de turistas.
Além do referido hotel que brevemente será motivo de crónica a sua história, havia outros pontos de interesse na freguesia, nomeadamente a Quinta de S. Romão que era um dos marcos da freguesia.

Mudando várias vezes de donos, iria ser local de reunião para a mais “fina flor” da sociedade que escolhia a freguesia para passar férias.

Inclusivamente poderá ter sido dos primeiros lugares a receber luz elétrica para reforçar o conforto daqueles que escolhiam o Coronado, enquanto em muitos lugares da freguesia era uma miragem.

Local de enorme atividade social, com múltiplas festas, aliás possivelmente S. Romão do Coronado teria uma vida social mais intensa que S. Martinho de Bougado atendendo aos vários equipamentos e distrações existentes: hotel, pensões, aos seus derbys futebolísticos, à atividade industrial que de forma bastante tímida ia surgindo e vincado o seu caminho.

Importante ressalvar que não eram somente turistas vindo do Porto e outras localidades do país a rumarem ao Coronado, existem relatos de turistas estrangeiros a escolherem a estância de veraneio para passarem as suas temporadas, D. Ranon Suarez um importante negociante de Vigo em 1930 esteve na freguesia e a sua chegada foi momento de enorme entusiasmo pela comunidade.

Hoje temos uma pálida imagem do que foi aquele equipamento, a Quinta de S. Romão no passado, atualmente é uma assombração do que foi no passado, local de festa e convívio.

No presente naquele local existe a realização pontual de alguns eventos, contudo a sua serventia é praticamente e somente depósito para entulho e mato. Urge requalificar aquele espaço e trazer alguma da dignidade do passado.

Não seria preciso muito, uma limpeza mais asseada, remover aquele mato e sucata e teríamos ali um importante pulmão, ser capaz de atrair várias comunidades atendendo estar a menos de 5 minutos da ligação ferroviária ao Porto e Braga, entre outras localidades.

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Devolver importância a um espaço que S. Romão tanto deve que tanto contribuiu para o engrandecimento e desenvolvimento desta freguesia.

José Pedro Reis

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