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Luísa Sobral no Teatro Municipal de Vila do Conde Foto-Reportagem

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Numa bonita noite primaveril, com o Teatro Municipal de Vila do Conde a encher-se de um público à espera de um excelente serão, Luísa Sobral excedeu as expectativas, num magnífico concerto.

Simples, leve e fresca, Luísa e a sua magnífica troupe de excelentes músicos, encantou a sala, num concerto que apresenta o seu segundo trabalho discográfico, “There’s a Flower In My bedroom”.

Luísa tem o dom de trazer pequenas maravilhas musicais, cheias de elementos que vão ao Jazz e ao blues, que andam entre o alegre e o triste, entre as estórias ficcionadas e as experiências vividas.

O seu talento natural faz com que improvise trompetes vocais e arrisque a versões pouco ortodoxas de músicas que nada têm a ver consigo, como “Call Me Maybe” de Carly Rae Jaspen, com uma coreografia dos seus restantes músicos muito interessante e divertida.

Houve tempo para passar pelos temas de “The Cherry On My Cake”, o seu álbum de estreia.Como não poderia deixar de ser, tocou o incontornável “Xico”, que pôs toda a sala a cantar em uníssono.

Aplaudida de pé por duas vezes, esta cantora tem tudo para dar certo e faz juz ao reconhecimento nacional e internacional que já tem.

No final do concerto, houve ainda tempo para uma pequena entrevista com Luísa Sobral:

No atual panorama da música Portuguesa, onde é que se encaixa a Luísa Sobral, a música da Luísa Sobral?
Não penso muito nisso. Costumo dizer que os géneros musicais foram criados para arrumar melhor os discos nas lojas. Não acho que seja necessário. Por outro lado não sei catalogar o que faço nem onde me encaixo no panorama musical.

Acha que o facto de ter estudado no  Berklee College of Music fez a diferença na sua carreira, ou seja, as músicas seriam diferentes do que são agora?
Para mim fez. Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas de muitos países diferentes, de tocar com muitas pessoas de backgrounds musicais muito diferentes, e foi muito enriquecedor para mim. Isso eu tenho a certeza que seria diferente, se tivesse estudado música em Portugal. De resto não sei se seria diferente, no entanto fez-me bem ter estudado fora, ter vivido fora, e ter conhecido pessoas diferentes e estar longe daquilo que para mim era seguro, faz aquilo que sou hoje. Se teria chegado aqui por outros lados, não tenho a certeza, provavelmente seria um bocadinho diferente.

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Em relação ao reconhecimento, interessa-lhe o reconhecimento enquanto artista e enquanto artista Portuguesa?
Claro, claro. Quando fazemos um trabalho, queremos ser reconhecidos por esse trabalho. Claro que também me interessa ir para fora, mas Portugal é o meu país, e eu gosto muito de tocar aqui. Gosto muito de ir viajando e de ir conhecendo sítios diferentes do meu país. Como vivi fora, este dois anos foram uma redescoberta de de sítios onde eu já tinha estado, mas que foi á muito tempo, porque saí daqui com 15 anos e não tinha feito muitas viagens no nosso Portugal. Por isso claro que sim, que quero ser reconhecida aqui, em Portugal. E tem estado a acontecer

O que é que inspira a Luísa, a escrever canções?
Escrever, para mim, é uma necessidade. Pego na guitarra e tenho logo a necessidade de escrever qualquer coisa minha, desde que toco guitarra, desde os 12 anos. Muito mais que tocar coisas dos outros, era a escrever coisa minhas que me sentia bem. Inspira-me o som dos acordes, o som em geral é o que me inspira.

Texto: Ângelo Ferreira

Fotos: Miguel Pereira

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