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Edição 484

Junta de Bougado atribui subsídios às associações (C/Video)

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“Cerca de 65 mil euros” foram distribuídos pelas 30 associações de âmbito social, recreativo, desportivo, religioso e juvenil da freguesia de Bougado.

Os representantes das coletividades reuniram-se no polo de Santiago da Junta de Freguesia, no dia 24 de julho, para assinarem o protocolo com o executivo e receberem 50 por cento do valor. A atribuição dos restantes 50 por cento do valor do protocolo está prevista que seja entregue no final deste ano.

Segundo Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, o “principal objetivo” é “colaborar com as associações”, tendo estas sido “convidadas a apresentar o seu plano de atividades previsto para este ano” e, em “função da análise” do mesmo, o executivo atribuiu “uma verba para colaborar nas despesas das próprias associações”. Além disso, “ao longo dos meses”, o executivo da Junta tem vindo “a atribuir em situações pontuais, como romarias e outros eventos”, que vão sendo organizados.

O presidente explicou que os valores atribuídos são “muito diferentes” e estão relacionados com “as atividades que prestam” para com a Junta de Freguesia. “Um rancho, por exemplo, faz três atuações. Recebem todos o mesmo valor, porque todos eles têm o mesmo tipo de solicitações”, explicou.

O executivo da Junta tem a consciência que o valor atribuído “não é muito”, mas “tentam colaborar”, distribuindo “dentro da possibilidade um bocadinho a cada um”. “Em S. Martinho não se dava subsídios. Em Santiago dava-se e o executivo anterior era bastante generoso. Não conseguimos manter os valores do executivo de Santiago, mas pegando no zero de S. Martinho fomos muito generosos”, adiantou.

Contudo, Luís Paulo mencionou que a existir “queixas” das associações são as de Santiago que viram os valores dos subsídios “reduzidos em 50 por cento”. “Há casos de reduções de mais de 70 por cento”, completou.

Como exemplo temos o caso dos Vicentinos da freguesia. A Conferência de Santiago de Bougado recebia 1500 euros mensais e vai passar a receber 500 euros mensais, enquanto que a de S. Martinho de Bougado vai receber, pela primeira vez, um apoio financeiro no mesmo valor. Para Júlio Paiva, presidente da Conferência de S. Vicente de Paulo de Santiago de Bougado, a redução “está a ser contornada” através de um “esforço suplementar e ajuda de amigos e pessoas que se identificam com a causa”. “Estamos a fazer face a todos os pedidos, temos contornado a falta desse dinheiro, não há problema nenhum. Mantemos os mesmos apoios e damos muito mais apoios a pessoas que nos pedem, pedindo a outras empresas e instituições particulares que nos ajudem. O pároco também teve o cuidado de nos apoiar mensalmente com 250 euros e o resto é com particulares e membros da conferência que apoiam no que é preciso”, acrescentou.

O elemento da Conferência S. Vicente de Paulo de S. Martinho de Bougado, Jaime Gomes, referiu que este primeiro protocolo é “o reconhecimento do trabalho” que têm feito “ao longo de muitos anos e que quase tem passado despercebido na Trofa”. “Para quem não estava a contar com nada”, Jaime Gomes adiantou que a Conferência estava “satisfeita e agradecia a ajuda da Junta”, que “com o tempo” vai “perceber que está a fazer uma coisa para a Trofa e para ajudar muitas pessoas”. “É uma ajuda muito grande, ninguém imagina a falta que este dinheiro nos faz. Achamos que 500 euros é muito, porém para as despesas que temos não é nada, mas é uma boa ajuda”, concluiu.

Associações não assinam protocolo

Já o Atlético Clube Bougadense não compareceu à sessão, nem assinou ainda o protocolo com a Junta de Freguesia de Bougado. Segundo o presidente, Hilário Duque, o clube “não assinou”, porque o protocolo “tem que ser aprovado em reunião de direção e, posteriormente, na Assembleia Geral de sócios”, que vai ter lugar no dia 8 de agosto. “Só após a aprovação nestes dois órgãos do clube é que o presidente da direção está legitimado para proceder à respetiva assinatura. Há ainda algumas questões formais que estão a ser discutidas com o executivo da freguesia para que a assinatura seja feita com a maior brevidade possível”, contou.

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Também a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, não assinou devido ao “documento ter chegado muito próximo da data de assinatura definida, não sendo possível tratar em reunião de direção o conteúdo do mesmo”. “Entendi que este assunto deve ser previamente analisado e do conhecimento de toda a direção”, reforçou a presidente Daniela Esteves.

O presidente do Clube Slotcar da Trofa, João Pedro Costa, não marcou presença neste sessão, pois estava “visivelmente insatisfeito com o processo de atribuição de subsídios levado a cabo pela Junta de Freguesia de Bougado”, por achar que se tratou de um “processo ad hoc, onde o preconceito e a falta de conhecimento dos projetos individuais serviu de base”. “Preenchemos um formulário fornecido pela Junta de Freguesia de forma muito concreta, onde procuramos sensibilizar para uma determinada ação do nosso plano de atividades e a proposta para a parceria foi ignorada, o que consideramos inaceitável e de desrespeito a quem se exige competência e postura de serviço à comunidade. Oferecerem-nos uma verba de 300 euros em troca da realização de um evento nacional, o que não tinha sido nada do que propusemos fazer, manifesta deselegância e falta de trabalho de casa”, argumentou, frisando que para a coletividade “o dinheiro não é o mais importante, mas sim as ideias, o diálogo e a interação”.

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