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Fanfarra dos Escuteiros: há 50 anos a encabeçar a procissão da Senhora das Dores

A fanfarra dos Escuteiros da Trofa, que, tem até aos dias de hoje pautado a sua existência, pela qualidade, pelo entusiasmo e pela dedicação aos escutismo, do qual muito se orgulha, bem como na sua maior representatividade, que é afinal, a abertura solene da majestosa procissão da Senhora das Dores.

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O Escutismo é um jogo, uma viagem, uma descoberta, um modo de estar na vida, um sistema de preparação para a cidadania, um momento de vivência com a natureza. É o aprender para saber, aprender a fazer, aprender a viver em conjunto, no fundo, aprender a Ser.
E como tudo na vida, há um início e um fim. Quando começamos, esperamos sempre que a longevidade se eternize, mas se assim não for, que seja o mais dilatado possível.
Corria o ano 1972 e o Chefe Rogério transitava do agrupamento Nr. 124 de Lousado para o agrupamento Nr. 94 da Trofa.
Vinha com um sonho em mente: criar uma fanfarra nos escuteiros da Trofa.
A oportunidade surgiu num encontro de um jantar convívio no Monte de São Gens.
No final do repasto, alguns dos presentes usaram da palavra, quase todos solicitando ao falecido Chefe Carlos Campos, que envidasse esforços no sentido de criar um agrupamento de Escuteiros em Santiago de Bougado. Em resposta, Carlos Campos, não se opondo em absoluto, recorda que tal aventura custaria dinheiro.
De imediato, o Dr. Padrão puxou da carteira e ofereceu vinte contos de reis.
O Prof. Dr. Sebastião Cruz, também presente, ofereceu logo dois clarins e o já falecido Chefe António da Vinha ofereceu um bombo.
Dias depois, numa reunião com a direção, verificaram que não havia dinheiro para comprar os restantes instrumentos.
Perante este cenário, o Chefe Rogério procurou o Padre Joaquim Ribeiro que, depois de o ouvir, ofereceu um clarim e os restantes chefes do agrupamento ofereceram outro. Mas ainda não era o suficiente para pôr a fanfarra a funcionar.
Não desanimou e, juntamente com o grupo de rapazes, foram cantar as janeiras e com a receita obtida compraram mais um clarim.
Informou a direção desse facto e disse-lhes que, no ano seguinte, formaria um grupo maior com o objetivo claro de comprar caixas e timbalões, porque sem esses instrumentos nada se podia fazer.
Assim foi feito: no ano seguinte, com o grupo maior e com ajuda do Chefe do Agrupamento, responsável por guardar dinheiro obtido, conseguiram comprar as caixas os timbalões e ainda sobrou dinheiro.
Hoje, e bem, são já várias as associações que seguiram o exemplo de cantar as janeiras, tornando-se um boa fonte de receita associativa.
E assim nasceu, cresceu e se tornou adulta, a fanfarra dos Escuteiros da Trofa, que, tem até aos dias de hoje pautado a sua existência, pela qualidade, pelo entusiasmo e pela dedicação aos escutismo, do qual muito se orgulha, bem como na sua maior representatividade, que é afinal, a abertura solene da majestosa procissão da Senhora das Dores.

Amândio Pereira

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