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Ano 2007

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O transacto sábado, dia 27 de Janeiro, proporcionou-nos o grato prazer de receber na Trofa o deputado Abel Baptista, do grupo parlamentar do CDS/PP, eleito pelo círculo eleitoral do distrito de Viana do Castelo.

A feliz oportunidade, conjugada com a visita aos locais directamente relacionados com as questões levantadas, permitiu-nos partilhar, com o membro da Comissão Parlamentar (Especializada Permanente) de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, toda uma série de preocupações que afligem, no presente momento, a população trofense.

A primeira problemática abordada, relaciona-se com o Metro na Trofa, o qual é ainda, Helder Reispara nós, não mais que uma miragem. Todavia, se há coisas que apenas podemos ter por ilusão, outras há que são bem reais. E quem assim pretender, poderá já experenciar o fascínio da extinção e do vazio, onde antes existia movimento. Na verdade, sucede que abdicamos da linha estreita, que nos ligava à Estação da Trindade, no Porto, e a Guimarães, para nos encontrarmos hoje numa situação deplorável, em que não resta mais do que mato, onde anteriormente havia carris. E não é expectável que a ligação do Metro à Trofa tenha qualquer prioridade sobre outras obras, como seja a da anunciada obra de ligação do Metro a Gondomar. Ou não fosse o Presidente do Conselho de Administração da “Metro do Porto”, concomitantemente, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar (é a chamada magistratura de influência). Ora, no tempo que se demora a discutir estas questões nas reuniões do Conselho de Administração, seja com os titulares dos lugares respectivos, seja com os seus substitutos enviados, a população da Trofa perde bem-estar e conforto nas suas deslocações, tornando-as complexas (através da necessidade de numa simples viagem ser necessária a mudança de meio de transporte) e demoradas. Tudo isto, para uma viagem que do centro da Trofa ao centro do Porto dista pouco mais de 20 quilómetros.

A eventual coordenação da Área de Localização Empresarial da Trofa com a Plataforma Logística, prevista para o Vale do Coronado, consistiu noutra das matérias abordadas com o deputado Abel Baptista. Não só a coordenação entre esses dois importantes e indispensáveis pólos de desenvolvimento, mas também a localização dos mesmos. Se é verdade que a localização da Área de Localização Empresarial da Trofa é discutível, mas aceitável, não é menos verdade que a Plataforma Logística está prevista para uma zona que se afirma na área metropolitana do Porto como um dos últimos bastiões da agricultura e pecuária. Aliás, ao facto de grande parte dos terrenos para os quais está prevista a referida infraestrutura estarem em zona de Reserva Agrícola Nacional (cujo regime jurídico é definido pelo Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 274/92, de 12 de Dezembro), não é alheia a circunstância de se estar na convergência de dois leitos de água, que beneficiam os respectivos agricultores nas suas culturas e criações de animais, e de a terra ser fértil, por haver alta concentração de sedimentos. Não seria despiciendo considerar que a Plataforma Logística se deslocasse para norte, para terrenos não qualificados em RAN, ou mesmo, assim o permitam as circunstâncias, que fosse devidamente integrada com a ALET ou até com a tão propalada Zona Industrial da Trofa.

As acessibilidades, nomeadamente as variantes às EN14 e EN104, constituíram ainda outra questão levada ao conhecimento do deputado Abel Baptista. Ficou clara a urgência da construção de uma ponte sobre o Rio Ave, ligando a Trofa a Ribeirão, que permita descongestionar o caótico trânsito da Trofa, agravado com as constantes obras nas Estradas Nacionais e nas ruas da cidade que lhes dão acesso. Não é curial para com o cidadão trofense fazê-lo perder horas nas suas deslocações normais do dia-a-dia, prejudicando o seu bem estar psíquico e familiar, e onerando-o com prejuízos à sua actividade profissional. Descongestionar o centro da Trofa permitiria o desenvolvimento e rejuvenescimento do comércio tradicional e de diversas áreas de serviços que presentemente se abeiram de um precipício em termos de sustentabilidade económica. E assim é, na medida em que essa iniciativa faria regressar todos aqueles munícipes que hoje se vêem forçados a deslocar para os centros urbanos vizinhos, pelo facto de a Trofa, com o seu inqualificável trânsito, não lhes proporcionar a calma e urbanidade necessárias à resolução dos seus problemas diários.

É expectável que esta iniciativa traga novidades no futuro. Basta-nos já o imobilismo do poder local, tão avesso em enfrentar o poder central na defesa dos interesses de toda a comunidade. O presente momento, de enormes expectativas, leva-nos a procurar a solução dos nossos problemas mais longe, junto daqueles que escutam e agem em prol dos eleitores. Todos, e não apenas alguns.

Helder Reis

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