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Edição 542

Editorial: A “renião” pública do Metro para o Muro

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A informação e convite à participação foram feitos pela Junta de Freguesia do Muro, na sua página de facebook e remetido à comunicação social: “Informamos que segunda-feira dia 12 de Outubro pelas 21:00 H o Presidente da Câmara, Dr. Sérgio Humberto, estará presente no Salão Nobre da Junta de Freguesia do Muro para a apresentação do novo troço entre o ISMAI e a Freguesia do Muro”.

Obviamente que uma apresentação pública, aberta à população, para ser apresentado o novo troço da linha do metro até ao Muro, que é um desejo de todos os trofenses, é uma boa notícia! E vocês sabem como nós gostamos de dar boas notícias. Afinal, já andamos nesta coisa do metro que nunca mais chega há 13 anos.

Segunda-feira, 20 minutos (e mais alguns) depois das nove da noite, o senhor presidente da Câmara acompanhado pelo vereador Renato Pinto Ribeiro e pelo senhor presidente da Junta do Muro dão início à sessão pública de apresentação.

Renato Pinto Ribeiro entra mudo e sai calado, pelo meio da “renião” pública pareceu-nos que ainda trincou os lábios 2 ou 3 vezes (não conseguimos contabilizar tudo).

Já Carlos Martins, o “presidente da Junta”, tomou a rédea e convidou logo ali, frente aos 30 murenses que estavam na sala, a comunicação social, por sinal apenas os jornalistas do Jornal do Ave, da TrofaTv e deste jornal, a não gravarem a intervenção pública do Sr. presidente da Câmara da Trofa, “num determinado ponto”.

Ficamos de imediato com a sensação de que a reunião ia ser produtiva, e lá fomos avisando o senhor presidente da Junta que a reunião era pública e “que, quando chegasse ao tal ponto”, os jornalistas decidiriam se gravavam ou não.

Carlos Martins, sorridente (pudera, poderá vir a ter o metro na freguesia) passa a “bola” a Sérgio Humberto, que num verdadeiro ataque de ponta de lança avisa logo a comunicação social que afinal o “tal ponto” era a reunião toda e então de forma “simpática” pede-nos para sairmos da sala, informando que “há coisas que são do foro público, mas isto não implica que seja da comunicação social”, que “a ‘renião’ é pública, aberta e transparente”, mas não é aberta à comunicação social. E lá insistiu ele: “Há coisas que são do foro público, mas isso não implica que seja a comunicação social a fazê-lo, como em muitas reuniões” e conseguiu dar mesmo o exemplo e comparar a “renião” pública do Muro com o Conselho de Ministros.

Como?!!!

Questionam vocês. A ‘renião’ é “pública, aberta e transparente”, mas não é para a comunicação social? E há disso?
Na cabeça de alguns, entre outras coisas, parece que também há disso. Mas só de alguns, felizmente que poucos.
Como devem imaginar a comunicação social, e uma vez que a “renião” era pública, não saiu da sala e por algum respeito ao senhor presidente da Junta e à quase totalidade dos presentes, acedeu ao pedido para que não fossem registadas imagens vídeo da mesma.
Sabemos que um dia destes um fundamentalista (e que não será islâmico) nos vai entrar na redação, de arma em punho, e disparar para tudo o que mexe. Estamos à espera dele e já todos bebemos o tal iogurte com os seus 100 milhões de l.casei imunitass, que ajuda as defesas na proteção do nosso organismo.

Para que fique claro, na reunião pública do Muro, os senhores presidentes da Junta e da Câmara atentaram contra a liberdade e ao preceituado na Lei n.º 1/99 de 13 de Janeiro, e contra o artigo 161.º da Constituição da República Portuguesa.
A tal Lei, a 1/99 de 13 de janeiro, que sugerimos que seja cumprida por todos, diz entre outras coisas que:
-Os jornalistas têm o direito de acesso a locais abertos ao público desde que para fins de cobertura informativa.
-Os jornalistas não podem ser impedidos de entrar ou permanecer nos locais referidos no artigo anterior quando a sua presença for exigida pelo exercício da respectiva actividade profissional, sem outras limitações além das decorrentes da lei.
– Para a efetivação do exercício do direito previsto no número anterior, os órgãos de comunicação social têm direito a utilizar os meios técnicos e humanos necessários ao desempenho da sua atividade.

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Estão esclarecidos? Todos? Mesmo?

Não podemos terminar sem pedir desculpa aos murenses que, por algum motivo, se sentiram incomodados com o episódio, protagonizado pela mais alta individualidade do Concelho da Trofa.
Agradecemos ao “Senhor Pinto” por ter “acendido a luz a mentes apagadas”, e aproveitamos para dizer que nunca, jamais, alguém virá a nossa casa mandar, esperando que o senhor presidente da Junta, Carlos Martins, enquanto estiver em funções, não deixe que outros mandem na casa que é dele, enquanto mais alto representante de todos os habitantes da Freguesia do Muro.

Ah! E em jeito de balanço final da “renião” pública ficou a saber-se que o metro vai chegar ao Muro… ficou foi por saber quando, mas é certo que talvez venha… e em carris… quem sabe um dia!

Mas para que não fiquem os leitores na dúvida e possam tirar as vossas conclusões, convidamo-vos a ver as imagens vídeo na Trofa Tv.

Hermano Martins
Diretor de informação
Carteira Profissional TE 774

Cátia Veloso
Sub-diretora de informação
Carteira Profissional 9699

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