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Edição 467

Destroikar para Reanimar

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A crise financeira mundial, que desabou sobre as nossas vidas há meia dúzia de anos, deflagrou no pior cenário económico desde a grande depressão da década de 30 do século passado e mostrou a necessidade de se repensar novas estratégias e novas formas de gestão. As empresas que foram apanhadas neste turbilhão tiveram de se reestruturar e correr contra o tempo, mas adotaram como lema principal da sua estratégia a redução de custos e a diversificação com o objetivo de aumentar receitas e margens. Com pouco, fazer muito e bem, para vencer em tempos de crise!

As crises trazem consigo angústias, incertezas e medos, mas também trazem novas oportunidades e desafios, que por sua vez trazem o progresso. O progresso vem da criatividade e esta nasce, muitas vezes, da angústia, como diz o ditado popular «a necessidade aguça o engenho». Nestes tempos agitados em que vivemos, alguns estão à espera da bonança e nada fazem por causa da crise, enquanto outros procuram novas oportunidades para aumentar o seu pecúlio financeiro. «Enquanto uns choram, outros enriquecem com a venda de lenços»; é a diferença entre os vencedores e os vencidos.

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O nosso país atravessa um momento decisivo. Para que o sucesso nos bata à porta, é preciso mudar de hábitos e crenças e fazer renascer novas mentalidades e novos modos de agir e de pensar. É preciso ir atrás dos sonhos; é preciso destroikar para reanimar a nossa economia. Felizmente, a nossa economia já está a reanimar graças às empresas e à perseverança e capacidade de resiliência dos portugueses. Tem sido esta característica «sui generis» dos portugueses que tem alavancado a economia portuguesa, com a criação de novas empresas, que por sua vez tem originado o emprego de pessoas e contribuído para o relançamento do consumo interno. É a reanimação da economia!

Após um período muito negro, os portugueses voltam a acreditar no futuro, pois a economia portuguesa tem dado sinais positivos, e também por isso, há razões para algum otimismo. As perspetivas para este ano são animadoras; a «troika» vai-se embora e haverá uma recuperação económica bastante importante. A recuperação económica virá não só das exportações, mas também do mercado interno, o que demonstra uma certa estabilidade, mas também uma certa recuperação e dinamismo do mercado interno.

As notícias positivas, como o aumento das exportações, no ano passado, que ultrapassaram todas as previsões mais otimistas, nacionais e internacionais, a par de ter havido um excedente da balança de pagamentos de perto de 3 mil milhões de euros, sendo a primeira vez que isto acontece há mais de 70 anos, ajudarão a sair da crise.

Estas boas notícias poderão fazer com que a componente forte da crise económica, que é o fator psicológico, seja atenuado e comecem a ser criadas condições para atrair novamente portugueses que se sentiram obrigados a emigrar devido à crise instalada em Portugal. E assim, se comece a gostar mais de Portugal. E gostar mais de Portugal não é ser de esquerda ou de direita, nem de abril nem de setembro, nem de maio nem de novembro. É ser português!

José Maria Moreira da Silva
moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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