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Edição 458

Deputada do PCP visitou Secundária da Trofa

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De forma a inteirar-se das realidades locais, a deputada do PCP, Paula Batista, visitou as instalações da Escola Secundária da Trofa, na segunda-feira, dia 27 de janeiro.

Acompanhada por elementos da Comissão Política Concelhia do Partido Comunista Português (PCP), Paula Batista, deputada do PCP na Assembleia da República, visitou a Escola Secundária da Trofa, com o intuito de conhecer a realidade deste estabelecimento de ensino, através de uma reunião com o diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, Paulino Macedo.

A deputada garantiu que esta é “mais uma escola que pode testemunhar aquilo que é a realidade da educação em Portugal”, devido às “obras por acabar, onde houve intervenção da Parque Escolar”, que deixou “alguns problemas na construção pela parte da estrutura”. “As condições mínimas, neste momento, não estão garantidas. Uma escola com dois relógios é um caos, porque tem uma campainha de um lado a tocar num momento e outra no outro lado, a tocar depois. Isto exige da parte da gestão um esforço acrescido, porque há condicionamentos de espaço, uma vez que não estão concluídas as obras”, referiu.

Recorde-se que, em novembro de 2010, tiveram início as obras de requalificação dos pavilhões da Secundária da Trofa, que se previa ter a duração de 18 meses. A obra foi dividida em três fases: a intervenção no bloco administrativo e pavilhão A, intervenção nos pavilhões B e C e, por último, intervenção no pavilhão gimnodesportivo. Em finais de novembro de 2011, a Parque Escolar, empresa responsável pelas obras, suspendeu a remodelação, apanhando de surpresa a direção e a associação de pais, tendo ficado apenas concluída a primeira fase. Janeiro de 2012 era a data avançada para o recomeço das obras, mas estas continuam paradas e no dia 7 de dezembro de 2013, a Parque Escolar assinou um contrato com a Elevatrans-Pré Fabricados SA, que prevê o “prolongamento do período de aluguer dos monoblocos instalados na Escola Secundária da Trofa e a respetiva desmontagem e transporte”. O “prazo de execução” é de “821 dias”, que corresponde a “dois anos, dois meses e 30 dias”, a contar “a partir do dia 1 de junho de 2012”.

Quanto a esta decisão, Paula Batista mencionou que o PCP “já colocou uma pergunta ao Ministério da Educação”, em “início de dezembro de 2013”, questionando “para que é que teriam sido alugados os contentores”, no sentido de perceber “qual seria o desfecho das obras na escola”. “Já passou um mês, o Ministério ainda não respondeu e continuamos sem perceber em concreto se os contentores vêm para ficar ou se é uma questão de um ano ou dois até concluírem as obras e esta comunidade escolar voltar à normalidade, com as instalações recuperadas e requalificadas”, declarou.

“Outros problemas” que foram abordados durante a reunião estão relacionados com “os cortes do Orçamento de Estado para a Educação, no que diz respeito aos psicólogos e funcionários”, que são “os casos mais graves”, assim como “o aumento dos alunos por turma, que também se reflete nos professores e, provavelmente, daqui a alguns anos, na qualidade de ensino”. No caso do quadro de pessoal auxiliar, a deputada acredita que “há sítios” onde o “próprio funcionamento das escolas é colocado em causa, porque não há funcionários em número suficiente”.

Sobre a visita da deputada, Paulo Queirós, elemento da Comissão Concelhia da Trofa do PCP, afirmou que se integrava no que é “habitual no trabalho dos deputados do PCP inteirar-se das realidades locais para poder melhor intervir na Assembleia da República”. Além disso, a reunião serviu para “perceber qual foi a evolução da situação da escola”, tendo sido “informados pela direção da escola de que as condições ainda estavam praticamente na mesma” e que teriam “informações” de que as obras “provavelmente começarão em meados deste ano”. Relativamente ao pavilhão gimnodesportivo, Paulo Queirós foi informado que “está garantido o arranjo do edifício e não a construção de um novo”. “Apesar de algumas indicações que a própria deputada nos trouxe de que há alguns indícios que as obras noutras escolas estariam a recomeçar e poderá ser uma expectativa de que elas realmente aqui recomecem, os sinais que a sociedade nos tem transmitido e o Orçamento de Estado da maneira como está faz com que também tenhamos poucas expectativas”, demonstrou, salientando que vai “tentar ser otimista”.

Durante a reunião, foi debatida “toda a realidade” da escola, desde os “funcionários às turmas profissionais”, para que “a deputada possa juntar às informações que tem trazido das outras escolas para poder fazer uma intervenção mais direta sobre aquilo que pretendem para a escola da Trofa”. “Cerca de 1/3 da comunidade escolar” representa “alunos subsidiados”, apesar de as condições terem “uma malha mais apertada”. Caso as condições fossem as de “há três a quatro anos”, “provavelmente 50 por cento dos alunos teriam que ser subsidiados para poder continuar os seus estudos”, contou Paulo Queirós.

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