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Edição 506

CRÓNICA VERDE – 12 meses, 12 novos hábitos

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Hoje trago-vos uma lista. Temos um ano novinho em folha e é habitual – por esta altura – tomar decisões e estabelecer objetivos, não é? Às vezes esquecemo-nos de algumas com o fluir dos meses… Mas, como sou otimista, acredito que se vos deixar aqui 12, apenas 12, simples sugestões para diminuírem o vosso impacto na natureza, vocês as vão juntar às vossas resoluções para este ano. E como são tão simples e fáceis de implementar não se vão esquecer delas… Aceitam o desafio? É apenas uma mudança por mês e as pequenas coisas também fazem a diferença! E se já fizerem alguma ou algumas delas, podem sempre procurar outras medidas que contribuam para um ambiente mais saudável e que possam incorporar na vossa vida.
1 – comprar cereais, grãos, condimentos, … a granel (para reduzir a quantidade de embalagens. É algo comum nas mercearias mais antigas mas também já se encontram, nas grandes superfícies, áreas com produtos a granel);
2 – usar sacos de compras reutilizáveis (há tantos sacos bonitos e fáceis de transportar que não há razão para continuarmos a trazer dezenas de sacos de plástico do supermercado);
3 – reciclar as rolhas das garrafas de vinho (já há nalguns supermercados, os “rolhinhas”, onde podemos deixar as rolhas de cortiça para serem recicladas);
4 – não deixar telemóveis a carregar durante a noite (além de gastar energia desnecessariamente, diminui o tempo de vida das baterias);
5 – comprar legumes e frutas da época e nacionais, e se possível biológicos (os legumes e frutas da época necessitam de menos recursos e são menos sujeitos a pragas. Se forem produzidos localmente também há menos gastos e poluição no seu transporte. E se forem biológicos melhor. Entre outras coisas há menos químicos nocivos a serem absorvidos pela terra);
6 – comer gelados de cone ao invés de copo (assim come-se tudo e não há embalagens para “deitar fora”…);
7 – não deitar óleos vegetais usados pelo ralo do lava-louças mas reciclá-los (basta uma pequena quantidade de óleo para poluir uma grande quantidade de água. Podem ir juntando os óleos vegetais usados numa garrafa, por exemplo, e quando estiver cheia podem depositá-la num dos “oleões” que existem espalhados pela cidade da Trofa, nos supermercados e até nalguns restaurantes);
8 – pedir para não colocarem uma palhinha na bebida (uma coisa tão pequena provoca muitos estragos! Uma das coisas que pode acontecer às palhinhas “perdidas”, assim como a muitos outros plásticos, é chegarem aos oceanos e serem confundidas com alimento pelos animais marinhos, que acabem por morrer com o estômago cheio de plástico);
9 – deixar de beber água engarrafada (já estão a ver, não é? Mais plástico. E há garrafas reutilizáveis tão giras. E a água da companhia também é tratada e analisada. E, mesmo que não seja o caso, há filtros para purificar a água que sai da torneira);
10 – comprar papel higiénico reciclado (este é apenas um dos exemplos de como podemos escolher um produto do dia a dia que é fruto da reciclagem de papel e não do abate de árvores);
11 – optar por incensos ou óleos naturais em vez de ambientadores (os perfumes sintéticos dos ambientadores estão cheios de químicos que poluem o ambiente, por isso podem estar a respirar um ar “cheirosinho” mas muito prejudicial…);
12 – fazer parte de uma associação ambiental (podem fazer parte da mudança e ajudar a sensibilizar para as questões ambientais. Há muitas associações óptimas, mas até têm, mesmo aqui ao lado, um pequeno mas ativo grupo de pessoas lutadoras. Juntem-se a nós!).
Bom ano!
Ema Magalhães | APVC
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valedocoronado@gmail.com

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Edição 506

Dia Mundial do Ambiente e a Biodiversidade do Rio Ave

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A Organização das Nações Unidas celebra hoje o 48º Dia Mundial do Ambiente, subordinado ao tema da Biodiversidade. Ao longo deste ano, vários são os episódios mundiais e nacionais que agravaram a preservação da biodiversidade.

Na Austrália, já com início no final do ano de 2019, os incêndios de enormes dimensões que deflagraram por todo o país, destruíram uma área de diferentes habitats superior a todo o território continental português. O sétimo país do mundo com a maior área florestal e com uma riquissima variedade de fauna e flora viu várias espécies, que estavam protegidas, a ficarem novamente em risco de extinção e colocaram em perigo o equilibrio de um ecossistema. Em Portugal, entre dezembro e janeiro, com a tempestade Elsa e a depressão Fabien, sentimos o impacto que as inundações tem no nosso dia-a-dia, na destruição de habitações, linhas de comboio, vias rodoviárias e na rede elétrica, num valor total estimado de 18,2 milhões de euros.

No Brasil, devido às alterações climáticas e desflorestação, a elevada precipitação sentida no mês de Janeiro, colocou 47 cidades em estado de emergência devido à destruição provocada pelos desmorenamentos e cheias.

Em fevereiro deste ano, milhares de pessoas tiveram de ser deslocadas das suas casas no centro de Moçambique devido às grandes inundações.

Em março, o Estado do Tennessee foi destruído com a passagem de dois tornados, que para além de causar 22 mortes provocou danos materiais incalculáveis para muitas famílias americanas.

No passado mês de maio, o ciclone Amphan, atingiu o leste da Índia com ventos de 190 quilómetros por hora, deixando um cenário de completa desvastação em todas as cidades e aldeias que atingiu, provocando a deslocação de milhões de pessoas para abrigos temporários em plena pandemia da Covid-19, aumentando assim a possibilidade de contágio naquele que é o 2º país do mundo com mais habitantes (1,380 mil milhões).

A par destes episódios que agravam a crise ambiental que atravessamos, o aparecimento da Covid-19 demonstra claramente que ao destruirmos a nossa biodiversidade e habitats, destruímos o ecossistema que sustenta a vida humana, tornando cada vez mais fundamental proteger localmente a nossa biodiversidade.

Considerado um dos rios mais poluídos da Europa, na década de 80, devido à indústria têxtil, o rio Ave tem sido alvo de ações de limpeza ao longo dos seus quase 100 quilómetros, mas ainda se encontra longe da sua total recuperação.

Com 650 diferentes espécies, inúmeros bosques e florestas identificadas ao longo das suas margens, urge proteger e conservar a biodiversidade presente no rio Ave. A par desta proteção e conservação, devemos ser capazes de, enquanto cidadãos, promover o restauro das margens do rio Ave e dos seus afluentes, nomeadamente com a plantação de espécies vegetais ribeirinhas que se estendem ao longo do curso de água.

Ao nível ambiental, a redução da poluição do ecossistema flúvial, quer seja ao nível dos resíduos, quer ao nivel da diminuição de descargas, deve ser considerada prioritária de forma a que em época de cheias a hidrodinâmica fluvial permita um melhor escoamento das águas, ao mesmo tempo que diminui o impacto na destruição da biodiversidade e património local como as Azenhas do rio Ave, que fazem parte da nossa memória coletiva e incalculável.

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O troço terminal do rio Ave é um espaço único, onde várias espécies migratórias encontram nas nossas margens o habitat perfeito e equilibrado para se alimentar, repousar e, em alguns casos, reproduzir.

A particulariedade do nosso rio Ave, das suas margens, património e biodiversidade pode ser uma oportunidade única para investirmos na atração cultural, turística e ambiental de forma a promover e dinamizar o nosso concelho. A possibilidade de transformar as azenhas, que existem ao longo das margens do rio em espaços lúdicos, de lazer e de microgeração de energia apresentam-se como soluções de desenvolvimento sócio-económico, ao mesmo tempo que permitem uma diminuição da nossa pegada ecológica.

O elemento da água é essencial à vida, sendo um compromisso de todas as gerações e um dever da geração mais jovem, em particular, que deve lutar pela valorização e preservação da biodiversidade do rio Ave. O momento atual, no contexto da pandemia, deve ser encarado também como uma oportunidade única para mudarmos hábitos sociais e económicos e recomeçar com base nestes novos paradigmas ambientais.

Bruno Silva Soares

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Edição 506

Terrorismo, Hipocrisia e liberdade de expressão

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Joao mendes
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Apesar de estarmos ainda em Janeiro, os atentados da passada semana em Paris são já um dos grandes acontecimentos que marcarão o ano que agora começa e o alcance das suas consequências é ainda difícil de prever. A ameaça terrorista é uma nuvem negra que paira sobre a Europa e que nos deve fazer reflectir sobre o tipo de sociedade que queremos e estamos a construir. Logo à cabeça, é fundamental que os estados europeus se alinhem de forma a repensar a sua política de emigração, não no sentido de se fecharem selectivamente a determinadas geografias, mas de forma a blindar a democracia constitucional contra a ascensão de fundamentalismos.
Nos últimos meses, tiveram lugar manifestações contra a democracia e a favor da implementação da lei islâmica (sharia) em cidades como Paris e Londres e isto deve servir como um importante alerta para potenciais intenções de criação de partidos políticos com agendas totalitárias baseadas em interpretações radicais do Corão. Mas estes primatas são tão representativos do Islão quanto o padre pedófilo é representativo do Catolicismo. Ou seja nada. Da mesma forma que os terroristas que no dia a seguir aos atentados contra a redacção do Charlie Hebdo vandalizaram a mesquita de Lisboa não representam os portugueses. O problema é que estes actos isolados de meia-dúzia de selvagens podem conduzir a uma escalada de violência que só conduzirá a mais violência e a mais restrições de liberdade. Uma história que nunca acaba bem.
Por outro lado, é interessante verificar que algumas das vozes que se erguem agora contra a barbárie perpetrada por estes terroristas sejam os mesmos que no passado atentaram contra a liberdade de jornalistas, cronistas e cartoonistas. No passado Domingo, enquanto mais de um milhão de franceses marchava em Paris pela liberdade de expressão, algumas centenas de dirigentes políticos aproveitaram a deixa para ganhar alguns votos e encenar a sua participação numa manifestação na qual na realidade não participaram. Apareceram para a fotografia mas não hesitarão um segundo quando um qualquer Charlie se voltar a intrometer no seu caminho.
Por cá também temos a nossa quota-parte de moralistas de fachada. Quem não se recorda da tentativa de José Sócrates de silenciar Mário Crespo? E do pontapé que o social-democrata Zeca Mendonça desferiu num fotojornalista no ano passado? E daquele episódio em que o então deputado Ricardo Rodrigues (PS) roubou os gravadores dos jornalistas da Sábado, ainda se lembram? E da censura do programa Humor de Perdição (1987) pelo governo de Cavaco Silva? Quantos Charlies foram já alvo do fascismo recalcado da nossa prepotente elite dirigente?
Já agora, onde estava todo este circo político-mediático quando a Wikileaks revelou milhares de documentos que comprometeram dirigentes nacionais e internacionais com provas factuais? Quantos caçadores de votos apontam o seu dedo acusador ao accionista chinês que controla e manipula a sua comunicação social? Onde estavam todos esses hipócritas quando Angela Merkel decidiu chantagear publicamente o povo grego caso este decidisse votar no Syriza, quando Cavaco e Passos deram luz verde para a entrada do regime ditatorial da Guiné Equatorial na CPLP ou quando José Eduardo dos Santos persegue jornalistas e activistas políticos? Em lado nenhum. São plásticos e hipócritas. Lobos com pele de Charlie para quem a liberdade de expressão é uma questão de circunstância.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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