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Edição 481

Crónica ACeS Santo Tirso/Trofa: Proteja-se contra os acidentes

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O que é um acidente? É um acontecimento fortuito, uma infelicidade que invade o nosso dia-a-dia e que pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora e a qualquer pessoa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um acidente é “um acontecimento independente da vontade humana, provocado por uma força exterior, agindo rapidamente e que se manifesta por um dano corporal ou mental.”

Os acidentes ocupam o primeiro lugar nas causas de morte e incapacidade temporária e permanente em crianças e jovens. As suas capacidades físicas e cognitivas, grau de dependência, tipo de atividades e comportamentos de risco alteram-se ao longo do seu crescimento e nem sempre se correlacionam com a sua capacidade de reconhecer, evitar ou enfrentar o perigo. Por este motivo, as crianças e jovens são particularmente sujeitas a ocorrência de acidentes.

Os acidentes mais frequentes em idade pediátrica são os rodoviários. Somos, a este respeito, o pior país da União Europeia com taxas de mortalidade equivalentes ao dobro da média europeia; seguindo-se os afogamentos, as quedas, as queimaduras, as intoxicações e as situações de asfixia como as situações de maior incidência.

Os elevados custos pessoais, familiares, sociais e económicos constituem um grave problema de saúde pública. Por isso, tem sido realizado um esforço para evitar ocorrência de situações propícias de acidentes, quer através do desenvolvimento de equipamentos mais seguros, quer pela aprovação de leis que minimizam os riscos de acidentes.

Esta preocupação e esforço ativo da sociedade não devem ser desvalorizados, pois já deram provas. Segundo dados do relatório de segurança infantil de 2009 (APSI, 2012), as mortes de crianças e jovens até aos 19 anos diminuíram cinco vezes em oito anos.

A proteção das crianças e jovens requer que todos os agentes estejam empenhados, especialmente a participação ativa dos pais, pois são eles que controlam os espaços domésticos, criam hábitos e definem as regras de segurança. A sua intervenção ativa é fundamental ao nível da vigilância das crianças em muitas situações (ex. praia, piscina), mas também na implementação de medidas de segurança no ambiente doméstico (ex. cancelas nas escadas, protetores de tomadas) e na educação para a segurança rodoviária (transporte seguro no automóvel, uso de sistemas de retenção, educação/instrução das crianças e jovens em quanto piões e condutores).

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Os profissionais de saúde podem intervir junto dos pais, crianças, jovens e restante comunidade com vista à transmissão de informação e promoção de mudança de atitudes e comportamentos para a prevenção dos acidentes e assim, tornar o dia-a-dia das nossas crianças e jovens mais seguro.

A segurança por definição é a ausência de risco inaceitável, que pode ter como consequência a morte ou incapacidades definitivas. Um espaço seguro é aquele onde os perigos estão identificados e são conhecidos e o risco de acidentes com consequências graves e/ou definitivas está controlado, isto é, reduzido ao mínimo. Saber identificar o risco implica estar informado e saber como eliminá-lo ou minimizá-lo.

É importante saber que, além do grave problema dos acidentes rodoviários, os afogamentos são a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens em Portugal. Ocorrem principalmente em ambientes familiares como a banheira, piscina, lago de jardim, poço, tanque, rio, praia ou mesmo baldes ou alguidares. A morte por afogamento é rápida e silenciosa, pelo que bastam uns minutos, para haver um desfecho trágico. No caso dos afogamentos de crianças pequenas (menores de 4 anos) uma profundidade de apenas 2,5 cm de água pode ser suficiente para ocorrer um afogamento. Assim, é mais que evidente que as crianças, principalmente as mais pequenas, não podem ficar sem vigilância e presença física de um adulto quando existe água. Quando se trata de piscina ou mar, para as crianças com menos de 4 anos (ou as que não souberem nadar) o uso do colete é obrigatório, de modo, a remediar as situações de queda acidental na água.

Não se esqueçam que a grande maioria das crianças adora água e inevitavelmente irão tentar fugir da sua vigilância para ir brincar junto da mesma. É importante ter acesso restrito às piscinas, tanques, não deixar alguidares ou baldas com fundos de água… São verdadeiras armadilhas para os mais pequenos.

Os acidentes domésticos têm principal relevo nos primeiros anos de vida (principalmente entre 1-4 anos) e são exemplo disso as quedas (da cama, do fraldário ou do sofá), no caso das mais pequenas; das escadas quando já gatinham ou dão os primeiros passos e das varadas quando já trepam. Como podem verificar, o desenvolvimento e as capacidades psicomotoras têm grande influência sobre os riscos aos quais estão expostas as nossas crianças.

As queimaduras (lareiras, fogão, solares), as intoxicações (medicamentos, cosméticos, produtos limpeza, pesticidas), a asfixia (almofadas, brinquedos), os choques elétricos (tomadas mal protegidas) são igualmente acidentes comuns em contexto doméstico.

Perante a relevância do fenómeno, propomo-nos criar através desta crónica mensal, um espaço de reflexão sobre a importância de crescer em segurança e de adotar comportamentos que potenciem o crescimento saudável das nossas crianças e jovens.
Como estamos no Verão, tempo de praia, mar e sol, na próxima crónica vamos abordar os cuidados com o sol e os comportamentos de prevenção a adotar.

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Enfermeira Sandra Costa e Enfermeira Elsa Silva

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Expotrofa. Uma marca com história de que os trofenses se orgulham.

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Gualter-Costa
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Quem por estes dias visita a Trofa, não abdicará de uma visita ao principal certame do concelho, cuja marca já se tornou uma referência amplamente conhecida e respeitada a nível local, regional e até nacional. São décadas de experiência, know-how e bem fazer acumulados, que nos dias quentes e longos de julho exibem com mestria ao público o melhor que a Trofa tem e sabe fazer. Um investimento com repercussões e retorno quase imediatos na economia local. Um evento no qual todos os Trofenses sentem orgulho, pelo que não se deve poupar a esforços para o manter, valorizar e ampliar todos os anos. A imagem do concelho, das suas associações, dos seus artesãos, das suas empresas, fica reforçada e refrescada anualmente com este evento.

(mais…)

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Edição 481

Opinião: O PS a naufragar vai dar à «Costa»?

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A liberdade como valor absoluto da sociedade portuguesa é uma conquista de abril, que esteve em causa no verão quente de 1975, um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário em Curso), marcado por manifestações, ocupações, nacionalizações e até confrontos militares. Um período negro da nossa história recente em que os portugueses sentiram os desmandos de uma esquerda «esclerosada», que colocou em risco a sobrevivência da liberdade e da democracia.

É bom lembrar, neste momento triste que o PS atravessa, que Portugal muito lhe deve, por se manter um país livre e democrático. O Partido Socialista esteve na primeira linha do combate à tentação totalitária no «verão quente» de 1975 e depois na consolidação das instituições democráticas e nos momentos mais marcantes da democracia portuguesa. O PS esteve sempre na primeira linha da trincheira, embora não tenha estado sozinho neste combate, pois outras forças políticas democráticas também marcaram presença ativa.

Os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade, que constam da “Declaração de Princípios” do Partido Socialista, e que esteve na sustentação ideológica da sua fundação, estão a ser tristemente «enxovalhados» na praça pública, com a guerra aberta originada pela luta interna e fratricida pela liderança do partido. Não podia ter pior prenda, na celebração do seu 41º aniversário, uma bonita idade para ter juízo, pois são já muitos os episódios tristes, que estão a marcar as suas eleições internas.

Neste momento, em que Portugal se viu livre de mais uma intervenção externa, os portugueses não precisavam desta guerra «intestinal», que varre o Partido Socialista. Portugal e os portugueses precisavam, e precisam de um PS empenhado no crescimento económico do país, na criação de postos de trabalho e também no combate à pobreza. São muitas as batalhas em que os socialistas deveriam marcar presença ativa, em vez de se desgastarem em lutas internas. É a fome do poder!

O PS a naufragar vai dar à «Costa»? É pouco provável, mas seja qual for o resultado das suas eleições internas, não se pode contar com ele para a reconstrução do país. Infelizmente! A dimensão da luta interna no Partido Socialista é muito grande, muito maior do que era previsível, pois os estilhaços que esta guerra originou já trespassaram as paredes do «Largo do Rato» e vão ter repercussões nos resultados das legislativas do próximo ano.

Em teoria, a disputa interna do PS até poderia fortalecê-lo, não fosse a forma como está a decorrer o processo eleitoral, mas pelo contrário está a enfraquecê-lo. Isso vai refletir-se gravemente, pois era expectante que o Partido Socialista conseguisse captar o voto útil nas próximas eleições, mas tal não vai acontecer, como já não aconteceu num passado recente.

O naufrágio socialista se der à «Costa», vai ficar todo estilhaçado, sem poder navegar tão cedo no mar revolto da governação, pois está todo destroçado, com os «seguristas» a não quererem o regresso do «socratismo» e os «costistas a não quererem um futuro com Seguro. Assim vai o PS, de guerra em guerra até à derrota eleitoral. Com a instabilidade, e com o espetáculo que está a decorrer no Partido Socialista, muitos eleitores vão optar pela abstenção ou por votar nos pequenos partidos ou até reforçar a votação na esquerda mais ortodoxa e radical.

José Maria Moreira da Silva
moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 09 de março de 2023

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