Edição 476
Crianças foram médicas por um dia (c/video)
Para assinalar o Dia da Criança e “desmistificar a relação” dos jovens com “os serviços de saúde”, a Clitrofa promoveu o Hospital da Criança, no dia 2 de junho.
De bata branca, máscara e luvas, os meninos do pré-escolar e alunos do 1º ciclo do Colégio da Trofa estavam prontos para proceder à cirurgia, para recuperar um osso do braço fraturado. Noutro consultório da Clitrofa, uma dentista, também de palmo e meio, verificava a existência de cáries e explicava ao paciente a forma mais eficaz de escovar os dentes. Mas muitas outras profissões foram experimentadas pelos pequenos, numa atividade concertada entra a Clitrofa e o Colégio da Trofa, que também serviu para celebrar o Dia Mundial da Criança.
Durante um dia, houve nutricionistas, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, analistas, dentistas e cirurgiões de palmo e meio. O objetivo era criar laços “entre a comunidade jovem e os serviços de saúde”. “Todos temos uma experiência menos conseguida com hospitais, médicos e batas brancas, por isso quisemos criar esta iniciativa para que os meninos estejam perto de todas as profissões ligadas às tecnologias da saúde, fazendo deles profissionais por alguns momentos”, explicou o diretor clínico da Clitrofa, Fernando Duarte.
Tratou-se de uma estratégia de, também, ultrapassar o medo que as crianças têm dos hospitais e fazê-las “criar o hábito de se relacionar com a doença de modo preventivo e menos curativo”.
Em representação do Colégio da Trofa, Américo Gomes enalteceu a iniciativa que “cobre de sabedoria em termos práticos”. “No nosso tempo não fazíamos porque tínhamos medo de estar perto dos instrumentos que faziam parte da cirurgia. Hoje, os meninos tiveram oportunidade de, não só manusearem esses instrumentos, como estar numa sala onde se fazem as cirurgias. A Clitrofa está de parabéns pela iniciativa e só quer dizer que a nossa parceria está bem de saúde”, referiu.
Américo Gomes acrescentou ainda que é importante fazer com que os mais novos “deixem de ter medo de estar à beira de uma ambulância ou de uma pessoa que esteja magoada” e “tenham mais facilidade em socorrer e ajudar os outros”.
No futuro, a Clitrofa quer repetir a iniciativa para “todas as escolas do concelho”, revelou Fernando Duarte.
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