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Edição 511

Couto considera que “Circular da Trofa” vai isolar Santo Tirso (c/video)

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Joaquim Couto considera que o projeto da Circular da Trofa, que visa ser uma alternativa à Estrada Nacional (EN) 14, é “uma solução de Pirro” e um “arranjinho” do Governo com intenção “eleitoralista”. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso considerou que a solução apresentada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em visita a Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, a 31 de janeiro, “é um arruamento” que “satisfaz a Maia, mas não serve, minimamente, os concelhos a norte, como Santo Tirso, Famalicão e Trofa”.
O novo projeto, avaliado em 36 milhões de euros, vem substituir a variante projetada há cerca de duas décadas e orçada em 190 milhões de euros. “É mais uma medida daquelas de régua e esquadro, em que o que interessa é reduzir o valor em dinheiro e não a solução”, criticou o autarca, que assegurou “não” ter sido “consultado” sobre esta solução.
Joaquim Couto acredita que a Circular da Trofa pode levar ao “isolamento” de Santo Tirso, uma vez que não contempla nenhuma ligação à A3, ao contrário do que previa o projeto da variante, no qual estava definido um nó a poucos metros de distância da entrada para a A3. “Já que se fala tanto em apoio às exportações, aqui está a contradição evidente daquilo que o Governo diz e daquilo que faz. Este território do Médio Ave tem 250 mil habitantes e milhares de empresas, muitas das quais contribuem para as exportações nacionais”, acrescentou.
Sobre a ligação da Trofa com Famalicão prevista no novo projeto e que se faz através da rotunda junto à EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, onde entroncará com a Estrada Nacional 104 – que liga o concelho trofense a Santo Tirso -, o autarca afirmou que “vai prejudicar” o município tirsense, uma vez que “o tráfego vai ter dificuldades” a chegar “à autoestrada”. “A ligação que existe atualmente manter-se-á e na nossa opinião não resolve o problema nem da Trofa nem de Santo Tirso”.
Considerando que o anúncio da Circular foi “uma medida nitidamente eleitoralista”, o edil tirsense sublinhou que “não vai ser possível fazer o projeto até às eleições”, muito menos começar a obra. “Foi apenas uma apresentação do senhor primeiro-ministro sem nenhum resultado prático durante o ano 2015”, completou, sem esconder o desejo de que “o próximo Governo retomará a proposta inicial” da variante.
Joaquim Couto anunciou ainda que vai “contactar” as Estradas de Portugal para “fazer uma denúncia pública” e reunir com os autarcas da Trofa e de Vila Nova de Famalicão para unir esforços e tentar que, pelo menos, “seja criada uma ligação à autoestrada”.

Presidente da Câmara da Trofa: “Nunca recebi um contacto sobre este assunto”

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O presidente da Câmara Municipal da Trofa afirmou, em reunião do executivo, realizada na quinta-feira, que “nunca” foi contacto pelo congénere de Santo Tirso sobre “a questão da variante”. Em jeito de resposta ao autarca, Sérgio Humberto afirmou que a circular visa “resolver o problema da Estrada Nacional 14, que não passa no concelho de Santo Tirso”.
O autarca afirmou que “uma nova travessia sobre o rio Ave, mais próximo do centro da cidade da Trofa, é mais benéfica para a população da nossa região” do que o nó em Ervosa. “Só não vê quem não quer ou quem é burro”, atirou. Reforçando a posição do presidente da Câmara Municipal de Famalicão, que “abdicou numa escala significativa do traçado previsto de 190 milhões”, o autarca da Trofa não deixou de sublinhar que “cerca de dez dos 20 quilómetros” de Circular “serão construídos na Trofa, inclusive a ponte sobre o rio”.
“Apesar de acharmos fundamental potenciar no futuro uma área de localização empresarial, também entendemos que as empresas podem conviver de forma harmoniosa no nosso tecido urbano desde que não perturbe o fluxo normal do quotidiano das populações”, atestou.

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