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Edição 481

Contrabaixista trofense é única portuguesa na Royal Ballet Sinfonia

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Vera Pereira foi, recentemente, promovida a chefe de naipe de contrabaixo da orquestra londrina Royal Ballet Sinfonia. Talento não tem passado despercebido por onde esta trofense tem passado.

Com 24 anos, a trofense Vera Pereira já atingiu um lugar bem difícil de alcançar. A morar em Londres, Inglaterra, para onde se mudou para concluir o mestrado na Royal Academy of Music, Vera soube, em meados de junho, que ia ser chefe de naipe de contrabaixo na orquestra Royal Ballet Sinfonia. De modo sintético, a função é ser líder do grupo com este instrumento.

A audição de Vera Pereira aconteceu em setembro de 2012 e no ano seguinte começou a trabalhar com a orquestra, sendo a única portuguesa no grupo. Com esta espécie de “promoção”, Vera Pereira torna-se efetiva numa orquestra que trabalha com as mais importantes companhias de ballet do mundo, tem gravações de compilações musicais como “Quebra Nozes”, “Coppélia” e “A Escolha de Hobson” – da Birmingham Royal Ballet – e também já fez músicas para filmes, que foram premiadas.

Em entrevista ao NT, Vera Pereira confessou que “nunca” pensou “conseguir um lugar tão avançado” com 24 anos. “Ansiosa por começar”, a contrabaixista anunciou que o primeiro concerto como chefe de naipe realiza-se a 24 de setembro, na cidade de Manchester. “Só espero que corra tão bem ou melhor como correu quando estava em período de experiência. Quero dar o meu melhor e fazer com que as pessoas apreciem a música que estamos a tocar”, sublinhou.

A ligação de Vera Pereira com a música começou quando tinha seis anos, mas foi com 12 que iniciou uma grande progressão, quando ingressou na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave e começou a estudar contrabaixo. “Quando eu fui para a Artave, experimentei vários instrumentos e os professores acharam que seria o melhor para mim. Basicamente, eu não escolhi o contrabaixo, o contrabaixo escolheu-me a mim e estou muito feliz por isso”, contou, em entrevista ao NT.

O talento cedo começou a ser notado e notabilizado. Em 2007, ganhou o 1.º prémio no concurso de Cordas do Alto Minho e concluiu a licenciatura na Academia Nacional de Orquestra em Lisboa com notas máximas e através da qual recebeu o prémio de melhor aluna de 2010, atribuído pelo Ministério de Educação. O mesmo aconteceu com o mestrado, concluído em 2012, já em Londres. “Resolvi ficar e tentar encontrar trabalho. Desde aí que tenho dado aulas e feito audições, tocando em várias orquestras”, contou.

No currículo tem passagens pela Orquestra da Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra metropolitana, English National Opera, BBC Concert Orchestra e como chefe de naipe na Royal Ballet Sinfonia e Orquestra de jovens da União Europeia.
Ao NT, Vera Pereira confessou que “sempre quis tocar em orquestra”, porque é o que lhe dá “mais satisfação”.

Dá aulas a pessoas dos oito aos 45 anos e sonha com o dia em que poderá fazer um masterclasse (workshop) em Portugal. Mas enquanto não se concretiza, Vera Pereira arrisca-se a brilhar nos melhores palcos do mundo.

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“Aprendi que com dedicação, trabalho árduo e persistência todos os sonhos podem ser alcançados. Claro que sem o apoio da minha família não teria chegado onde cheguei. Vá para onde for e esteja onde estiver, levo sempre a Trofa no coração, com a esperança de um dia voltar”.

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