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Edição 693

Com mais 50 bonsais em casa, Domingos quer criar clube para aficionados

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Ter bonsai pode causar dependência. Que o diga Domingos Cruz que, apesar de viver num apartamento, conta mais de 50 árvores, desde que há cinco anos comprou a primeira. “Na altura, fui pesquisar como se tratava de um bonsai e encontrar imensos vídeos. Comecei a interessar-me cada vez mais”, contou ao NT, no dia em que inaugurou a primeira exposição, no edifício da antiga estação de comboios da Trofa.

Residente em Ribeirão, Domingos Cruz encara a cerca de meia hora que dispensa diariamente no tratamento dos bonsais, como uma “terapia”. “Chego a casa do trabalho e fico no meu paraíso”, revela, sem deixar de sublinhar que “desde sempre” alimenta um “gosto especial pela Natureza”. E os bonsais, como diz, são uma forma de “ter a Natureza em casa”.

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Quanto aos cuidados que tem para manter as árvores saudáveis, Domingos Cruz confessou que é necessário “disciplina ao nível da rega”, pois “dois ou três dias de esquecimento podem ser fatais”. Mas ao contrário do que diz o senso comum, este processo não é assim tão complexo. “A água tem de cobrir o total do substrato e quando começar a cair na base do vaso quer dizer que as raízes foram alcançadas e é o sinal de que se pode parar de regar”, explicou. Além disso, há que fazer a poda das raizes, quando estas crescem, e a transplantação das árvores “de dois em dois anos”, porque necessita de novo substrato, uma vez que a “terra perde nutrientes”. E outra das regras de ouro é o local onde colocar o vaso: sempre no exterior. “Mesmo que nas lojas descrevam o bonsai como sendo de interior, não é. As árvores crescem todas no exterior, não é?”, sugeriu o colecionador, que através do Facebook (facebook.com/mingosaii) vai divulgando o trabalho que desenvolve.

Bonsais existem para todos os gostos e feitios. São várias as espécies, que podem dar diferentes flores e frutos, só que em tamanho pequeno. O mais difícil, admite, “é desfazermo-nos” deles. “Acabam, praticamente, por ser como se fossem nossos filhos”.

A espécie juniperus, diz Domingos Cruz, é uma das mais interessantes para colecionar, porque, além de ter folha permanente, possibilita a “obtenção de resultados a curto prazo”.

O colecionador sublinhou ainda “as raízes” como elemento que, por ficarem expostas, confere beleza aos bonsais. Aproveitando a deixa, o amigo, Hélder, revelou que o que Domingos Cruz faz no processo de poda e desfolhagem é “verdadeiramente artístico”.

Para a exposição, Domingos Cruz escolheu cerca de 20 árvores da coleção pessoal. Esta foi também uma forma de divulgar o gosto e desbravar caminho para a realização do próximo projeto: “Criar um clube de aficionados pelos bonsais. Queremos democratizar este gosto. As pessoas pagam um valor simbólico e terão oportunidade, além de conviverem com outras pessoas, de partilharem técnicas e conhecimentos”.

O outro projeto é visitar o Japão, país onde nasceu a arte de cultivar árvores em vasos.

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