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Edição 525

Clube Desportivo Trofense, e agora…?!

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JoãoPedro
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O mais emblemático clube do concelho da Trofa, nascido em 1930, e que conta com 85 anos de história, nossa paixão, dos nossos pais e avós, está a passar por uma crise sem precedentes! Desde a época de 2014/2015, num plano especial de revitalização (PER), onde lhe foi perdoado 60% das suas dívidas mas que, mesmo assim, ficou um passivo de cerca de 2,7 milhões de euros, o que o coloca numa situação de iminente insolvência, caso se registe mais algum incumprimento, deixam-no assim à mercê de “fechar portas”, a qualquer momento! A recente despromoção aos campeonatos amadores elevam as inquietações.
Dez anos de más gestões estratégicas, vivendo acima das possibilidades da terra que o sustenta, a Trofa, com a concretização de obras no estádio que nunca foram integralmente pagas e um sonho de jogar na primeira liga, que virou pesadelo, desonram a memória dos fundadores e de todos os que trabalharam para que fosse sempre um orgulho para todos os trofenses.
Nas minhas memórias, muitos jogos nos campeonatos regionais no velho pelado, a apresentação da primeira camioneta para transportar atletas, a subida aos campeonatos nacionais na época 83/84, a minha passagem como desportista (assim como da maioria dos rapazes do concelho), as “trofadas” de 93 e o diferendo com o “Varzim” que o levou à descida de divisão, o título da liga de honra de 2007/2008 e a ascensão à divisão máxima do futebol português. Tudo parece história e passado, que deixam o futuro de cerca de três centenas de atletas das suas camadas jovens, os menos culpados, e que estão à deriva quanto ao seu futuro desportivo, com uma herança que nenhum jovem merece.
Questiono de como foi possível terem sido “injetados” milhares de euros da Trofa e dos trofenses, ao longo dos últimos anos, sem que o controle estratégico fosse assegurado pelos executivos da Câmara Municipal da Trofa, que se reflete como péssima utilização de dinheiros públicos.
Além do mais, e porque não fujo da abordagem dos temas pela raiz, não querendo ser tomado por alguém que está para aqui a “dizer umas coisas”, em concreto refiro-me à verba de 135.000€ do contrato programa de “Apoio ao Associativismo Desportivo”, concedido pela Câmara Municipal da Trofa e celebrado em julho de 2014, mesmo quando o clube em risco de insolvência iminente, como aliás é do conhecimento de todos, e como tal, com reduzidíssima sustentabilidade e pouca garantia! O mesmo protocolo estava dividido em duas verbas:
a) 75.000€ para atividades regulares das camadas jovens. Ora, se dividirmos a verba por 300 jovens existentes nas camadas jovens, dá cerca de 250€ por atleta ao qual se junta mais outro tanto provenientes dos pais dos atletas, porque os atletas também pagam e, os trofenses sabem disso! Aliás, quanto mais pequeno é o atleta, mais paga!
b) 60.000€ para instalações de Paradela, umas e outras “obritas”, mas sobretudo o “aumento dos balneários e criação e apetrechamento de sala de estudos”. Quem lá vai sabe que a obra não está feita e a maquete que foi sendo exibida não passa de um sonho vendido às pessoas!
A Câmara Municipal da Trofa tem a obrigação fiscalizadora que lhe é consagrada por lei, mas que no protocolo celebrado, e ao qual me refiro, foram definidas obrigações conjuntas:
a) “Manter o sistema de controlo e acompanhamento de execução do contrato-programa mediante reuniões mensais.”
b) “Manter o acompanhamento das melhorias das instalações.”
c) “Fazer o acompanhamento do desenvolvimento das modalidades desportivas para as CAMADAS JOVENS, mediante visitas semanais às atividades pelos responsáveis do desporto da autarquia.”
O que falhou?! É que o impacto nas populações é brutal, quando se fala de um investimento de 135.000€ por parte da Câmara Municipal, para o desenvolvimento estratégico do concelho da Trofa. Tal verba torna-se inadmissível, porque é obtida diretamente da altíssima carga de impostos, taxas e serviços que atualmente um residente, ou empresa da Trofa suportam e, onde tudo “está no máximo”, água que consumimos, IMI pelas habitações (0,5% sobre a avaliação dos imóveis), derrama nas empresas (1,5% sobre os lucros das sociedades), a que se somam outras mais! Em termos comparativos, a verba de 135.000€ é mais do que o orçamento anual da Junta de Freguesia do Muro que se cifra nos 80.000€ ou de Covelas nos 100.000€, facto pelo qual a referida verba ainda me deixa mais perplexo e impunha acrescido rigor, não só na estrutura à qual ela estava a ser entregue, mas também no rasto que essa verba leva.
Centrando-me novamente no que me interessa e porque este assunto diz respeito a todos os trofenses, com uma discussão clara e aberta, já que as reuniões secretas de soluções milagrosas e de investidores “das arábias” revelou-se uma treta, pouco abonatória ao interesse e independência que se exige ao Clube Desportivo Trofense, associação de interesse e utilidade pública.


Qual o futuro? Quem “pega”? Quem assegura o futuro dos jovens da formação? De que se espera para que renasça do zero, como outros o fizeram, em Portugal e noutros países? Afinal o exemplo está dado, é só copiar, porque não “C.D. Trofenses 1930”? Criar uma nova associação está ao alcance da vontade de uns tantos novos (re) fundadores, da elaboração de novos estatutos e míseros 300,00€ para despesas (processo Associação na Hora).
Espero que não haja a mesma “vontade política” que tem destruído a Trofa, mandatos atrás de mandatos conduzidos por opções inválidas e que penalizam todos os que amam esta terra.
Chega de frases feitas e plastificadas, como o recente “Orgulho trofense”, mas que mais não representa que uma Trofa de vaidades, de fotografias e de facebooks, como se todos fossemos estúpidos ou cordeiros alinhados dum qualquer partido político e não tivéssemos olhos para ver os concelhos vizinhos.
Espero que os protagonistas estejam à altura dos mais altos interesses da Trofa, honrando os nossos antepassados e assegurando o bem-estar da comunidade. Estou e sempre estarei com o “Clube Desportivo Trofense”, fundado em 1930, clube da formação de homens e que carrega a bandeira da nossa terra, a Trofa.

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Escola Secundária promoveu feira da oferta formativa (c/video)

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Os computadores fazem parte da vida de Hugo Pinheiro, tanto no lazer como no trabalho. Ciente que as novas tecnologias dominam o mercado, o aluno da Escola Secundária da Trofa escolheu seguir o curso de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. “Nós aprendemos a programar, a fazer várias aplicações e a lidar tanto com software como hardware”, explicou.
O curso profissional de Hugo é um dos que a Escola Secundária da Trofa tem na oferta formativa e que esteve em demonstração para a comunidade escolar.
Joana Sousa e Catarina Sampaio enveredaram pelo curso de Técnico de Secretariado, baseando a sua opinião no facto de “nas empresas ser sempre necessário secretárias” e portanto é uma área com saída”, defenderam.
O Curso de Técnico Auxiliar de Saúde é outro do rumo profissional que os alunos podem escolher. Para Tânia Dias, as pessoas “com paciência e com vontade de ajudar” têm o perfil adequado para este curso.
Já João Carvalho esteve na mostra da oferta formativa a explicar aos alunos as potencialidades do Curso Técnico de Gestão e Apoio Desportivo, que se adequa “não só a desportistas mas também a pessoas que queiram construir um negócio na área”.
A feira da oferta formativa foi a forma que a Escola encontrou para dar a conhecer aos alunos os cursos profissionais. De acordo com Mário Pinto, adjunto da Direção da Escola Secundária da Trofa, a iniciativa visava “sensibilizar os alunos para os vários cursos que a escola apresenta”. “As condições escolares, quer em termos de infraestruutras, quer em termos de recursos humanos, são excecionais”, adiantou. O responsável adiantou ainda que “há uma aposta do Ministério da Educação nos cursos profissionais, cujo horizonte é fazer com que as escolas tenham 60 por cento dos alunos a frequentar essa via formativa”.
Para os alunos, os cursos profissionais são uma “mais-valia” na hora de entrar para o mercado de trabalho. A componente prática e a possibilidade de fazer estágio para adquirir experiência no mercado de trabalho são algumas das vantagens do ensino profissional, que cada vez mais ganha espaço na atividade letiva das escolas.
A iniciativa era dirigida aos alunos que terminam, este ano letivo, o terceiro ciclo de ensino.

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Edição 525

Fotografia de trofense publicada na National Geographic

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“Independentemente do número de vezes que Vítor Ferreira visita o Porto, a cidade consegue sempre surpreendê-lo. Afastando-se mais da paisagem fluvial do Douro, o fotógrafo captou este instantâneo mágico de luz, cor e harmonia”. Esta foi a descrição  publicada pela National Geographic Portugal, referente à fotografia que o trofense Vítor Ferreira captou da Igreja e Colégio de São Lourenço, popularmente conhecida pela Igreja dos Grilos, situada na cidade do Porto.
Depois da imagem captada, a partir de “uma espécie de miradouro”, o trofense publicou-a na página do grupo de discussão da National Geographic no Facebook, tendo sido a escolhida pela equipa de redação para ser inserida na secção “A sua foto” da revista, na edição de maio. Para Vítor Ferreira, ver uma fotografia sua selecionada para publicação na revista “é um motivo de orgulho pessoal”, uma vez que, quando começou, “nunca” pensou que “iria ter uma foto numa revista de prestigio nacional”. “Fiquei bastante surpreendido e feliz. Na fotografia, quero principalmente distrair-me e separar-me da rotina diária de que tanto nos fartamos por vezes. Ver o meu trabalho reconhecido dá-me mais incentivo para continuar a fazer fotografia”, contou.
Para tirar esta fotografia, o trofense inspirou-se “ao observar o próprio local” e ao “tentar encontrar um enquadramento original que funcionasse de forma a mostrar a beleza do próprio local”. “Por vezes não tento passar uma mensagem em concreto com as fotos que faço e esta foi uma delas. A mensagem pode ficar a critério do visualizador, retirando as suas próprias interpretações. Esta foto retrata, essencialmente, a beleza do Porto e a sua parte histórica, ou pelo menos foi esse o meu objetivo”, mencionou.
Vítor Ferreira, que “costuma publicar fotografias no grupo de facebook da National Geographic”, confessa que “sempre gostou de multimédia”, mas que “há cerca de quatro anos” começou “a dedicar-se principalmente à fotografia”, tendo comprado “a primeira DSLR ou câmara reflex há três anos”. “Na fotografia faço essencialmente paisagem urbanística ou de natureza, sendo a fotografia de autor ou ‘fine art’”, completou.
Apesar de ser, “por enquanto, um hobby”, o trofense não escondeu a vontade de “um dia ser profissional e apenas na vertente paisagística”. “Seria muito bom”, confessou. Para já, mantém o hobby que, na sua opinião, tem “aspetos positivos”, como “não existir pressões, nem precisar de satisfazer clientes”. “Fazemos aquilo que gostamos e quando nos apetece. É uma espécie de ritual que nos faz bem e liberta a nossa criatividade”, relatou.

Fotografia surgiu para “ocupar o tempo”

A “paixão” que Vítor Ferreira tem pela fotografia “foi evoluindo”, inspirando-se, “essencialmente, nos locais onde escolhe fotografar”, pois “proporcionam ideias do que quer fazer”. Além disso, a inspiração vem do “trabalho de outros fotógrafos”, sendo, para si, “incrível o talento que existe por esse mundo fora e essencialmente a nível nacional”. Talvez por isso, “um dos seus objetivos” seja “inspirar outras pessoas”. “Se as minhas fotos tiverem algum impacto em alguém, nem que seja para pegar na câmara e começar a fotografar, seria um objetivo cumprido”, asseverou.
O trofense recordou que começou a fazer fotografia como forma de “ocupar parte do seu tempo livre” e pela “curiosidade em aprender” a arte, tendo a paixão pela fotografia paisagística despoletado quando comprou a primeira DSLR e decidiu dedicar-se apenas a essa vertente.
Locais preferidos para fotografar “não” tem, uma vez que, como são “todos diferentes, as suas características tornam-nos especiais”. Inicialmente, Vítor dedicava-se “apenas às paisagens naturais, como florestas, praias e parques naturais”, tendo mais tarde descoberto que “também gostava de fotografar paisagem urbana”, tendo visitado “várias vezes o Porto para explorar essa magnífica cidade”. “Todos os locais proporcionam novos desafios e é impossível haver comparações. No entanto, o Porto é umas das minhas cidades favoritas de tão única que é”, concluiu.
O trabalho fotográfico de Vítor pode ser acompanhado através da sua página no Facebook: www.facebook.com/VitorFerreira.Photo.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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