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Edição 688

Cinco sugestões para melhorar as condições dos utilizadores do Parque das Azenhas

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Como contei aqui na minha última crónica, fui pai recentemente. E ser pai altera-nos profundamente as rotinas, que passam a ser planeadas e geridas em função do bebé. Um dos hábitos que adquiri, abruptamente interrompido esta semana com o regresso do Inverno, que lá nos levou aquele cheirinho a Verão, foi o de fazer longos passeios com o meu filho, acompanhado pela minha mulher ou por outros familiares e amigos.
Ora, a Trofa de hoje é bem diferente da Trofa onde cresci. E onde antes existia um parque assombrado, um caminho-de-ferro (posteriormente convertido em mausoléu de ruínas ferroviárias) e um denso matagal junto ao rio, existe hoje um renovado Parque Nossa Senhora das Dores/Dr. Lima Carneiro, uma Alameda da Estação e um Parque das Azenhas.
Nos dias de calor que se sentiu nas últimas semanas, a opção natural foi o Parque das Azenhas (PDA). Pela localização, pela extensão, pela paisagem e pela existência de alguma sombra, condição fundamental para passear tranquilamente com um recém-nascido, mas também por ser já quase um hábito familiar, onde, não raras vezes, passeio com a minha família.
Contudo, passear por ali com um bebé não é a mesma coisa que passear com um grupo de adultos. E quem já teve bebés, ou lidou com eles muito pequenos, perceberá facilmente onde quero chegar. Vai daí, no final da minha última visita, vim para casa a pensar naquele passeio, nas condicionantes que se nos foram colocadas, e no que poderia ser feito para melhorar as condições dos utilizadores do PDA, em particular os que por ali circulam com bebés. E cheguei a um conjunto de cinco sugestões de melhoria, que enderecei ao autarca Sérgio Humberto e ao vereador Sérgio Araújo, e que partilho agora com os caríssimos leitores.
Em primeiro lugar, os WC públicos. Quem frequenta o espaço e já teve que as utilizar, ter-se-á, muito provavelmente, deparado com uma situação nada higiénica, isto para não falar da dimensão exígua dos mesmos. Mas visto da perspectiva de um pai, há algo mais que ali falta, e que é comum encontrar em parques de outras cidades: um trocador. Para pais que passeiam com os seus bebés, um trocador é essencial. Basta imaginar, a título de exemplo, um utilizador que acedeu ao Parque pela entrada junto ao Aquaplace, onde deixou o seu carro, e, deparando-se com um “presente” do seu filho, que começou imediatamente a chorar, necessitou de trocar a fralda. Agora imaginem trocar os vossos filhos naqueles WC imundos, onde nem espaço existe para o efeito. Qual é a alternativa? Trocar o bebé no chão? Em cima de um banco?
Em segundo lugar, entendo que faria sentido marcar uma faixa para uso exclusivo de bicicletas, que não possa ser ocupada pelos restantes utilizadores e que servirá para os ultrapassar. É que, apesar da maior parte dos ciclistas que por ali circula ser civilizado, alguns que não são. E uma coisa é um choque acidental comigo ou com o caro leitor. Outra, completamente diferente, é um choque com um carrinho de bebé. Penso que escusado será explicar as potenciais consequências.
Em terceiro lugar, atenção redobrada às queimadas que se fazem nas casas junto ao PDA. Para além de ilegais, as queimadas colocam em risco a segurança de todos os utilizadores. Recentemente, quando por ali passeava com família e amigos, uma lata que estava numa fogueira de uma queimada ali ao lado explodiu, subiu ao céu e veio cair a poucos metros do local onde nos encontrávamos. Tivemos sorte.
Em quarto lugar, reforçar as laterais do piso com mais árvores, uma vez que existem ainda muitas zonas, com considerável extensão, onde não existe qualquer sombra, algo crítico nos dias de maior calor, em particular para as crianças, mas também para os mais velhos.
Em quinto e último lugar, entendo que é necessário aumentar o número de bancos e de bebedouros. A quantidade actual, a meu ver, não está preparada para um eventual aumento de procura do espaço, em particular no Verão.
Nenhuma destas alterações constitui um gasto particularmente elevado, principalmente se considerarmos outros gastos supérfluos que por cá são feitos, bem como a narrativa das contas públicas saudáveis. Contudo, aceito que algumas destas melhorias possam esbarrar noutras condicionantes ou burocracias. Mas fica o registo, devidamente endereçado a quem de direito.

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