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Câmara da Trofa envia família para casa sem água e luz

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A Câmara da Trofa retirou ontem da pensão a família que ficou desalojada no sábado, quando a habitação foi atingida pela demolição de uma antiga fábrica, e aconselhou o casal, decercade50anos–o homem doente crónico –, a “levar colchões” para a casa municipal, que só a partir de amanhã terá água e luz. Porém, ao final da tarde a Autarquia recuou na decisão, e voltou a oferecer a pensão.


A situação foi denunciada ao JN por Paulo Araújo, que anteontem acompanhou a mãe, Augusta Tavares, na visita ao apartamento, em S. Romão do Coronado, que a Autarquia atribuiu ao agregado, cuja casa onde habitava ficou com a cozinha e entrada destruídas quando uma parede demolida caiu sobre a habitação.
“As doutoras da Câmara foram mostrar a casa [nova], e disseram à minha mãe: “hoje [anteontem], vão poder dormir na pensão, mas amanhã [ontem] já não vão poder ficar lá. Vão ter que trazer pelo menos os colchões para poderem dormir aqui, porque vão ter de dei- xar a pensão”, relatou Paulo Araújo, sublinhando que o apartamento “ainda não tem água, luz nem gás”.


“A casa não tem nada. Isto não cabe na cabeça de ninguém. Parece que estão a pôr cães numa casota”, indigna- se o filho de Augusta Tava- res, que ontem à tarde reme- teu um email à Câmara. “O sr. Sérgio Araújo [vereador], da Proteção Civil, assumiu que ia ajudar até serem alojados [mãe, padrasto e irmão] numa casa da Câmara, e que podiam ficar na pensão até terem condições para mudar para a casa, e vêm dizer que têm de deixar a pensão e o restaurante e que têm de ficar a dormir na casa, mesmo vocês sabendo que não tem luz, gás, água e mobílias”, escreveu Paulo Araújo.

RECUSAM VOLTAR


Na resposta, enviada durante a tarde, a Câmara nada es- clareceu sobre o que levou o serviço de Ação Social a sus- pender o alojamento e refeições do casal e do irmão mais novo de Paulo Araújo.

Ao fim da tarde, a família foi informada de que voltaria a ter direito à pensão. Augusta e o marido, que foram obrigados a deixar o alojamento de manhã, recusaram voltar.
O JN questionou a Autarquia, mas não obteve resposta.

Casa destruída
Segundo Paulo Araújo, o casal e o filho de 20 anos vão permanecer até ao final de semana na casa onde habitavam, e que está parcialmente destruída, já que esta tem energia elétrica.

Eletrodomésticos


A família perdeu a maior parte dos eletrodomésticos e móveis de cozinha. “O vereador disse que iam dar-lhes um cheque, para eles arranjarem um frigorífico e um fogão”, contou o filho de Augusta.

Estava sinalizada
A “família já estava sinalizada pelos serviços sociais”, disse à Lusa o vereador Sérgio Araújo. O casal aufere cerca de 300 euros por mês, e, segundo a nora, Goreti Sousa, “já pediu uma casa à Câmara há dois ou três anos”.

Notícia do Jornal de Notícias

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