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Ano 2012

Arquiteto trofense venceu prémio internacional

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Pablo Rebelo(à esquerda) é trofense e, juntamente com um colega, venceu um prémio internacional de arquitetura, na Croácia. O talento trofense é reconhecido um pouco por toda a Europa.

Pablo Rebelo é um dos exemplos mais recentes. O jovem arquiteto, que nasceu em Caracas, Venezuela, e cresceu na Trofa, venceu o 1º prémio do Concurso Internacional Badel Clock, em Zagreb, na Croácia. Juntamente com Pedro Pita, com quem fundou o estúdio “Pablo Pita”, este trofense conquistou o prémio, em cerca de 730 participantes, de 99 países, num concurso que recebeu 242 propostas. Mesmo sem visitar o local, esta dupla aventurou-se e partiu para o desafio: reestruturar um quarteirão inteiro de Zagreb. O trabalho começou por “compreender o local, diagnosticando as suas debilidades e definindo as
suas potencialidades”. “O facto de não visitarmos o local obriganos a um exercício de investigação,
baseado em textos, imagens e plantas”, explicou Pablo

Rebelo. Este concurso era uma “plataforma de estudo interessante” para que Pablo e Pita desenvolvessem um projeto “com um con-
Arquiteto trofense venceu prémio internacional ceito forte”. “O objetivo da Câmara de Zagreb era lançar um concurso de ideias para procurar potenciais investidores”, contou. O projeto desta dupla de arquitetos passou por um conceito-chave: o núcleo. “A existência no seu interior de uma estrutura como o edifício da antiga destilaria define a proposta. Este é o foco e estabelece uma oportunidade de desenvolvimento de uma nova estrutura que potencie novas rotinas a partir de um novo valor urbano. Desta forma propomos um novo parque no interior do quarteirão com um importante centro cultural a partir da reestruturação da antiga destilaria. Como complemento, o perímetro do quarteirão oferece edifícios de habitação, escritórios e um hotel para um retorno rápido do investimento”, descreveu.
 A participação no concurso foi realizada sempre em sintonia com os outros projetos em curso no estúdio, mas obrigou a “um investimento de tempo bastante grande”, admitiu o jovem trofense.
No entanto, o concurso era aliciante: “A organização da Ordem dos Arquitetos Croata garantia a seriedade e qualidade necessária neste tipo de concursos. Foi bastante divulgado no meio, e este formato internacional tem sempre bons prémios e grande visibilidade”.

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Ao vencer o 1º prémio de um concurso internacional, esta dupla espera que a divulgação traga frutos para o futuro. O estúdio que montaram é recente e tem sido um laboratório de projetos “na área da habitação”. “É um trabalho criativo, onde é igualmente fundamental rigor e perseverança. Felizmente, temos tido reconhecimento pelo nosso trabalho e os projetos têm surgido, naturalmente”, referiu Pablo Rebelo.
A palavra crise parece não incomodar estes jovens empreendedores que, cientes da atual “dinâmica de investimento baixa”, não se sentam à sombra da bananeira e continuam “focados em desenvolver um trabalho com qualidade, mantendo esta estrutura que permite controlar os projetos”. A estrutura de que Pablo fala é a participação nos
concursos. “Baseamos o nosso trabalho em projetos de habitações – temos várias em curso de momento – investindo paralelamente em concursos que permitem evoluir os nossos processos e trabalhar noutras escalas. Estes formatos são igualmente importantes para nos darmos a conhecer, expondo as nossas ideias e metodologias”.
O prémio conquistado internacionalmente “é bastante importante” em “diversos sentidos”, mas “a conjuntura laboral mantém- se”, o que exige desta dupla “uma dedicação contínua”. Pablo e Pita estrearam-se a vencer nos concursos, em 2010, ano em que receberam o Prémio AICO, num congresso internacional realizado no Porto.
O “bichinho” pelas artes “sempre existiu” dentro de Pablo Rebelo e a arquitetura, em concreto, “surgiu naturalmente”.
Este jovem de 28 anos estudou na Escola Básica do Paranho, em S. Martinho de Bougado, e prosseguiu os seus estudos até ao 9º ano, na Escola C+S da Trofa, atual EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, na mesma freguesia. Licenciou-se na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

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