

Edição 751
Arquiteto trofense no consórcio com a melhor proposta para a nova ponte sobre o Douro
O atelier de arquitetura NOARQ, do trofense José Carlos Nunes de Oliveira, integra o consórcio que apresentou a melhor proposta para a construção da nova ponte que vai ligar o Porto e Vila Nova Gaia.
“Sabíamos que iríamos concorrer lado a lado com muitos arquitetos e engenheiros notáveis, os melhores, alguns jubilados. Arriscamos muito, foi um enorme investimento. Um risco para o qual não tinha rede, caso caísse. Por fim, contra todas as probabilidades, ganhámos”. As palavras de José Carlos Nunes de Oliveira refletem a importância da última conquista do atelier de arquitetura NOARQ, depois de “algum tempo” para “aceitar” o desafio do gabinete de engenharia Arenas Y Asociados de Santander, decidiu envolver-se no projeto de conceção da nova ponte que nascer sobre o Rio Douro para ligar o Porto a Gaia, a escassos 400 metros da emblemática Ponte da Arrábida.
O consórcio, que também inclui a empresa Edgar Cardoso, Engenharia e Laboratório de Estruturas, apresentou a melhor proposta das três apresentadas para vencer o concurso público internacional para o projeto de execução da ponte do metro, que ficará concluída em dezembro de 2025.
Em declarações ao NT, José Carlos Nunes de Oliveira sublinhou que “uma ponte é uma marca no território”, pois “trata-se do corolário das melhores capacidades técnicas da civilização em cada momento da sua história”. “Não se faz uma ponte todos os dias, especialmente em cidade. No Porto, é intimidatório”.
Esta, desde logo pela situação geográfica, assume, segundo o arquiteto trofense, “uma carga simbólica extraordinária para a afirmação da cidade e capacidade técnica nacional”. Mas há mais características que a tornam sui generis e que José Carlos Nunes de Oliveira detalha: “A interdição de colocação de apoios no leito do rio (impunha um vão livre de mais de 400 metros); a integração de uma nova ponte num conjunto excecional de pontes património; a relação do objeto com as encostas naturais de Gaia; a relação com os cais ribeirinhos (do Lugan, em Gaia, e do Bicalho, no Porto); o impacto depontos de contacto da ponte com a malha urbana densa, intrincada e carregada de história, como é a encosta do vale de Massarelos, entre outros motivos de preocupação ambientais e simbólicos”.
Por tudo isto, o projeto apresentava-se “um desafio sedutor e ao mesmo tempo inibidor”, que, agora, tem ADN trofense na génese.
Além de servir a segunda linha de metro entre o Porto e Gaia, a nova ponte vai contemplar a circulação de peões e bicicletas. A proposta apresentada é a mais barata, 50,5 milhões de euros, e tem um prazo de execução de 970 dias.
Edição 751
Ciclo de palestras sobre “terapêuticas de prevenção ao cancro da mama”

No âmbito do “Outubro Rosa”, a clínica Obsidiana promove, em parceria com a recém-criada Associação Mundo Amarelo (AMA), um ciclo de palestras, que terá lugar no salão nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, a 30 de outubro.
Tendo como objetivo “promover ações terapêuticas de prevenção ao cancro da mama”, a iniciativa tem início marcado para as 15h00, com as intervenções dos promotores, seguindo-se cinco palestras com oradores especialistas em medicina interna (Fernanda Pacheco), em cessação tabágica (Liliana Fontenete), em hipnose (Liliana Botelho), em medicina tradicional chinesa (Rui Pinto) e em mentoria em desenvolvimento pessoal (Rita Goulart).
Edição 751
Escrita com Norte: Pensamento em excesso de velocidade

Se num passado, e não muito distante, um acontecimento numa qualquer Sede de Concelho poderia demorar horas a chegar às restantes freguesias, agora, as restantes freguesias já sabem do acontecimento sem ele ter acontecido na Sede de Concelho, encenando-se um facto não-facto.
(O que em tempos idos era mentira, agora é “pós-verdade”)
Mas uma das coisas boas do avanço da tecnologia é a velocidade da informação. Hoje envio uma mensagem para o outro lado do mundo, com um simples click, e ela chega quase instantaneamente. Já não tão bom, e outro sinal dos tempos modernos, é o acelerar do pensamento, como se este se tivesse “picado” com a informação, fazendo-me lembrar o Antunes, que na adolescência e encartado há meia dúzia de meses, encarava como afronta qualquer um que o ultrapassasse, iniciando uma corrida vertiginosa a 150 Km/h, num carro que dava 130, numa estrada com limite de velocidade de 90. Dizia-se ele com “unhas” e eu pensava-o como “parolo”.
Esta parolice que eu reparava no Antunes, transformou-se em perplexidade pela destreza, flexibilidade e clareza mental com que muita gente, para todo e qualquer assunto caído numa qualquer plataforma digital, que permita comentários, palpita à velocidade da luz, como o cão de Pavlov, que ao som da campainha, e o Antunes, quando ultrapassado, começavam a babar-se. Esta necessidade de existir, que nos empurra para as caixas de comentários, que as pessoas parecem não querer pôr travão, está transformada na nova inquisição, atirando à “fogueira”, por vezes o mensageiro da notícia, outras vezes o emissor se tem uma opinião contrária ao receptor e vice-versa…
(Sempre achei curiosos os peixes que sobem o rio, contra a corrente, seguindo o seu caminho!)
Além da instantaneidade com que se lança uma opinião e se toma partido por um lado da barricada (onde no outro lado se julga tudo errado), outra característica essencial para se mostrar uma existência e intelectualidade virtuosas, é a indignação. Sim, se não concordam contigo, indigna-te e, se possível, furiosamente. Se não arrancas aplausos de quem assiste no “coliseu dos comentários”, em que estão transformadas as redes sociais, adiciona à indignação o insulto.
Curioso como o “não pensar”, se transformou em opinião clara, sem necessidade de argumentação histórica e factual!
O pensamento, tal como o trânsito, devia ser regido por certas regras, em que um pensamento não atropela outro, quando vai a passar na passadeira, nem ultrapassa nas linhas contínuas, privilegiando, quando qualquer assunto lhe cai no ecrã do computador, o “pare, escute e olhe”, ao qual eu acrescento “e consulte/estude”.
Proponho desacelerar o pensamento para 50 Km/h dentro das localidades e, também, na auto-estrada em que circula a informação, para dizermos coisas com algum sentido!
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