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Edição 410

AFRODISIACOS NATURAIS

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Ana-Ferreira

Ana-FerreiraNota ao leitor(a): Esta é a rubrica inaugural de Nutrição. De agora em diante, terá oportunidade de, quinzenalmente, ler sobre alguns temas relevantes nesta área. Espero trazer-lhe informação de interesse e uma leitura aprazível. Desde já me coloco à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida, agradecendo também sugestões sobre temas que gostaria de ver explorados neste que é o “cantinho de Nutrição”: ana_isabel_sts@hotmail.com

A palavra “afrodisíacos” tem origem no grego aphrodisiakós e associação à Deusa Grega do amor e da beleza, Afrodite. Grandes culturas da antiguidade celebravam os alimentos afrodisíacos, sendo que os primeiros registos da busca humana por substâncias que podem melhorar as experiências sexuais datam da civilização Hindu, 3000 a 4000 anos atrás.

Na comunidade científica as substâncias afrodisíacas são divididas em naturais e não naturais (as sintéticas, usadas, muitas vezes, como solução de problemas de impotência sexual). Neste artigo focar-nos-emos nos Afrodisíacos Naturais, mais propriamente nos que advêm dos alimentos.

Então, o que nos traz a alimentação? Que alimentos procurar? Quais os realmente afrodisíacos?

A evidência científica mostra que, devido a substâncias químicas que os alimentos possuem na sua constituição, o chocolate, o álcool, o gengibre, a pimenta preta e a malagueta podem ser consideradas substâncias afrodisíacas. No entanto, ainda não existe um consenso científico e, sem dúvida alguma, são necessários mais estudos nesta área.

O chocolate contém uma grande variedade de compostos químicos que são farmacologicamente ativos (especialmente serotonina e flavonóides) que parecem estar associados a um maior desejo sexual por parte das mulheres. A associação entre o consumo de álcool e a sexualidade vem sendo explorada desde há muito tempo; recorde-se que Shakespeare alertava já para a tentação da garrafa: “Ele aumenta o desejo, mas tira o desempenho!”. De facto, há alguma evidência científica que apoia estas reivindicações históricas. O álcool é um depressor do sistema nervoso central mas, por outro lado, provoca desinibição e, portanto, pode potenciar o desejo sexual. Relativamente ao gengibre (com uma enorme reputação na China, Japão e Sudoeste Asiático), à pimenta preta e à malagueta os estudos são maioritariamente realizados em animais e, portanto, as conclusões são diminutas.

Na atualidade, muitas bebidas e alimentos são usados popularmente como afrodisíacos. Alguns são muito comuns e outros extremamente difíceis de encontrar. São considerados afrodisíacos pelas substâncias estimulantes que contêm, pelo seu aroma, cor ou aspeto (como é o caso do figo que lembra a anatomia feminina) e mesmo devido a lendas que os precedem. Por exemplo, a crença de que os alimentos que vêm do mar são afrodisíacos, nomeadamente as ostras (que são uma fonte excelente de zinco, um ingrediente que promove o fluxo sanguíneo para todas as regiões do corpo), está associada a Afrodite, que nasceu da espuma do mar. Algumas culturas orientais consideram o chá como um bom afrodisíaco (o chá de hortelã, Tribulus e noz-moscada, por exemplo). Pimentas do Chile têm sido usadas ​​como afrodisíacos nas Américas e na Ásia durante séculos devido à sua capacidade em aumentar a temperatura do corpo e trazer um blush para as bochechas. Contudo, embora qualquer substância possa ser reivindicada como afrodisíaca é necessária evidência científica para provar essas afirmações.

Uma famosa terapeuta sexual americana, Dra. Ruth Westheimer, afirmou que “o órgão sexual mais importante está entre as orelhas” revelando que o poder da mente é muito forte quando se trata de interesse sexual! Por outro lado, sempre houve uma correlação entre a comida e o romantismo, porque são dois dos maiores prazeres conhecidos pela humanidade. Neste dia dos namorados, prepare uma refeição afrodisíaca, romântica e, acima de tudo, nutricionalmente equilibrada. Porque não iniciar com um creme de hortelã-pimenta, seguido por umas espetadas de camarão com molho de gengibre e batatas a murro assadas com noz-moscada, com um bom vinho a acompanhar? Para sobremesa, morangos com molho de chocolate branco… e bom proveito!

 Nota ao leitor(a): Esta é a rubrica inaugural de Nutrição. De agora em diante, terá oportunidade de, quinzenalmente, ler sobre alguns temas relevantes nesta área. Espero trazer-lhe informação de interesse e uma leitura aprazível. Desde já me coloco à sua disposição para esclarecer qualquer dúvida, agradecendo também sugestões sobre temas que gostaria de ver explorados neste que é o “cantinho de Nutrição”: ana_isabel_sts@hotmail.com

Ana Isabel Ferreira, estagiária de Nutrição

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