Ano 2008
A REVOLTA DOS PROFESSORES


Um sinal a não ignorar
Independentemente das razões que lhes possam ou não assistir, a manifestação de protesto promovida pelos professores, de vários níveis de ensino, representa um claro aviso, com grande alcance político, que não permitirá que o governo finja que não viu.
Confesso que não estou à vontade para dizer que os professores têm ou deixam de ter razão. Já me manifestei, em página deste jornal, a favor da avaliação dos professores.
Todos nós fomos ou somos periodicamente avaliados e não vejo razão para que os professores não sejam também. Afinal, os professores são, a par dos magistrados, os profissionais que mais avaliam os outros.
Mas, se defendo que devem ser avaliados, não posso, em consciência, afirmar que modelo proposto é correcto ou incorrecto. Não conheço suficientemente o modelo de avaliação nem tenho qualquer actividade ligada ao ensino que me permitam a sensibilidade que têm os profissionais de educação, de qualquer actividade.
Nem tão-pouco me pronuncio sobre eventuais privilégios porque, a tê-los, não serão os únicos.
Considero que um bom professor desenvolve uma actividade nobre e difícil.
Em causa parecem estar o modelo e o momento da aplicação. Foram afirmações que ouvi com alguma frequência nas últimas semanas.
Há quem entenda tratar-se duma reacção corporativa.
Não lhe chamaria isso que, aliás, considero perigoso. Juntar cem mil pessoas numa manifestação ultrapassa largamente o carácter corporativo de qualquer instituição.
Importa, na minha opinião, analisar as consequências políticas para o governo socialista, que considero um bom governo.
Estou convencido das boas intenções do governo e do ministério que serão para melhorar o ensino. Mas também estou convencido que não existirão condições de avançar tendo uma parte muito significativa dos professores contra o modelo e o momento.
Avançar, com os professores contra, é um risco muito grande e pode condenar o sistema de avaliações a um fracasso que será sempre indesejável.
Também não me parece acertado demitir a ministra que me penso ser competente e interessada.
Se a ministra cair, outro ministro lhe sucederá na lista de figuras a triturar. Desde que "caiu" o anterior ministro da Saúde começaram os maiores problemas da ministra da Educação. Se esta cair, quem se seguirá? Talvez o ministro da Administração Interna. Ou o da Justiça. Ou outro…
Tem sido assim desde que acabou o estado de graça do governo actual.
Não sou analista político, nem pretendo ter tal presunção, mas penso que a única saída é adiar a aplicação deste método e estabelecer pontes de entendimento com os sindicatos sem que isso possa significar vergar-se a radicalismos que pode existir nesta fase a acontecer em consequência do eventual extremar de posições.
Acredito e desejo que o governo saiba ultrapassar esta situação que, reconheça-se, é difícil.
O governo tem-nos habituado a ultrapassar situações difíceis e estou convencido que será capaz de ultrapassar mais uma contrariedade.
Afonso Paixão
Ano 2008
Cinco mulheres atropeladas, duas em estado grave


Dois feridos graves e três ligeiros é o balanço de um acidente de viação, esta segunda-feira, junto à empresa Ricon, em Ribeirão. O condutor do veículo terá ligado ao sogro a pedir auxílio, abandonando depois o local do sinistro, visivelmente transtornado. As mulheres já não correm risco de vida.
José Marcelino nem queria acreditar no que viu quando regressou de uma tarde de pescaria. “Quando me aproximei do meu carro, que tinha ficado estacionado no sentido Ribeirão/EN14, vi que estava virado em sentido contrário e só quando cheguei perto da viatura me apercebi do que tinha acontecido. Tinha o carro com a parte lateral esquerda completamente desfeita”, adiantou ao NT, José Marcelino ainda mal refeito do susto.
O proprietário do Opel Vectra ainda estava incrédulo com os contornos deste acidente. “Ouvi sirenes enquanto estava a pescar mas como tinha o meu carro bem estacionado nunca pensei que a minha viatura estivesse envolvida”, adiantou.
O palco do acidente foi a Avenida da Indústria, perto da empresa têxtil Ricon, envolvendo três viaturas ligeiras e, segundo o NT conseguiu apurar, resultou de “uma colisão lateral entre dois ligeiros seguida de despiste e atropelamento de cinco peões”, adiantou fonte da Brigada de Trânsito de Braga, que esteve no local.
O acidente terá acontecido às 12.50 horas quando as vítimas, com idades entre os 30 e os 45 anos, regressavam ao trabalho após a hora de almoço. Segundo o NT conseguiu apurar, duas das mulheres são residentes na Trofa e as outras três serão de Ribeirão.
As vítimas foram transportadas para o Hospital S. Marcos em Braga e para o Centro Hospitalar do Médio Ave, unidade de Famalicão.
A mulher de 34 anos de idade, residente na cidade da Trofa, está estável e internada em Braga e segundo um familiar contactado pelo NT, “sofreu fracturas nas duas pernas, num braço e na bacia, apresentando ainda costelas partidas com perfuração dos pulmões, mas não corre riscos de vida”, adiantou. A vítima esteve consciente e contou aos familiares como tudo aconteceu: “Estava a chover, o veículo seguia em direcção à EN 14, estava a ultrapassar um outro que se encontrava parado, acabando por embater no veículo, abalroando ainda uma segunda viatura, e acabou por colher as cinco funcionárias da Ricon”.
Outra das vítimas, que se encontra internada no Hospital de S. Marcos, apresenta lesões na coluna.
O condutor do veículo, que ficou “transtornado com o acidente”, abandonou o local “com medo que lhe batessem”, segundo confirmou a esposa, garantindo que ele ia entregar-se às autoridades.
Ano 2008
Campeonato nacional é objectivo a alcançar


Juniores do Trofense lideram campeonato
Todas as equipas dos diferentes escalões do Clube Desportivo Trofense aceitaram o desafio de atingir os nacionais e os resultados começam a aparecer. Actualmente todas ocupam os primeiros três lugares do campeonato, e em posição privilegiada surgem os juniores, que lideram a 1ª divisão distrital.
O frio que se sente no Complexo de Paradela nesta altura do ano não é obstáculo para os jovens que integram os escalões do Clube Desportivo Trofense. O sonho de um dia chegar ao patamar mais alto do futebol faz com que os poucos graus centígrados sejam esquecidos e a bola torna-se no único acessório de valor para os pequenos craques em altura de treinos e jogos.
Com a nova direcção liderada por Rui Silva, o departamento de futebol do Trofense modificou estratégias e delineou novas metas, numa clara aposta na formação para conferir ao clube expressividade na captação de jovens talentos. Todas as equipas dos diferentes escalões aceitaram o desafio de atingir os nacionais e os resultados começam a aparecer. Actualmente todas ocupam os primeiros três lugares do campeonato, e em posição privilegiada surgem os juniores, que lideram a 1ª divisão distrital, com quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado, Paços de Ferreira. Todos alimentam o sonho de qualquer jovem no seu lugar: serem chamados para integrar o plantel sénior da equipa.
Jorge Gonçalves é o treinador da equipa há três anos. Já tinha integrado o departamento de formação noutra altura e depois de um período em que experimentou outros clubes decidiu “aceitar o convite do coordenador Jorge Maia” para abraçar um projecto de quatro anos, que está “a correr conforme o planeado”, afirmou em entrevista exclusiva ao NT/TrofaTv.
Os dois primeiros anos serviram para “criar condições para tornar a equipa competitiva”, no sentido de atingir a subida aos nacionais. “Esse é o patamar onde os jogadores poderão evoluir melhor”, referiu.
O projecto não abrangeu apenas o escalão júnior e os resultados de um trabalho “árduo” começam a notar-se: “Neste momento, nas camadas jovens, os juniores estão em primeiro lugar, os juvenis estão em terceiro lugar a um ponto do segundo, os iniciados estão em segundo lugar e os infantis ocupam o terceiro lugar”.
Actualmente a ocupar, confortavelmente a liderança, os jogadores desfrutam do sucesso “confiantes no seu valor”. No entanto, há necessidade de “equilibrar as mentalidades para que eles não se deslumbrem”, adiantou Jorge Gonçalves que reforçou o facto dos feitos de hoje “serem fruto de um trabalho de três anos”.
O técnico considera que os resultados positivos são fruto da sintonia entre o departamento de formação e a direcção do clube e sabe que Tulipa, treinador da equipa sénior, está atento ao trabalho desenvolvido pelos juniores. “Existe uma grande comunicação entre o departamento e a equipa técnica profissional. Sei que (Tulipa) já veio ver um ou dois jogos da equipa e alguns juniores têm ido treinar com os seniores com alguma regularidade. Integraram, aliás, o jogo da Liga Intercalar e fizeram uma boa figura, com um excelente desempenho”, acrescentou.
O treinador acredita nas capacidades dos jovens para poderem fazer parte do plantel sénior, mas não esquece que “existem muitos outros factores, como estar no sítio certo no momento certo, a posição do jogador ou se o treinador estiver mais necessitado e também há o aspecto da coragem para o fazer”.
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