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Ano 2007

A Politica no Feminino

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Quando aceitei o convite para colaborar com o Noticias da Trofa, logo percebi que deveria aproveitar este espaço, valer-me do meu estatuto de mulher e falar sobre temas, ligados às mulheres, sem nunca esquecer a politica, mas numa visão feminina.

Neste sentido o primeiro tema não faria mais sentido do que a Politica no Feminino.

Apesar de Portugal possuir um quadro jurídico-constitucional considerado dos mais avançados, assente em pressupostos de igualdade entre homens e mulheres a realidade não reflecte esta intenção.

Em estudos realizados em Portugal, constatou-se que as mulheres são dos grupos que mais consideram que a sua opinião não conta na política.

E cabe-nos a nós mulheres inverter este cenário.

O aumento do número de mulheres na classe politica, contribui para que este sector seja mais representativo da sociedade civil e que seja aproveitado um precioso potencial humano cada vez mais qualificado.

Na nossa sociedade sempre houve mulheres de grande mérito, coragem e determinação e os exemplos perdem-se na história.

No panorama político destacam-se Maria de Lourdes Pintasilgo, Leonor Beleza, Odete Santos, Maria de Belém Roseira, só para citar alguns nomes de uma extensa lista de mulheres de grande coragem, que contribuem para uma classe mais representativa, equitativa e justa, onde a visão feminina é valida, respeitada e necessária.

Apesar de ser hoje reconhecida a importância das mulheres na política, o facto é que ainda somos muitas vezes consideradas apenas uma cara bonita que traz uma certa graça ao discurso sério e duro de pura politica.

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A realidade é que nós mulheres temos de trabalhar muito mais do que os homens em geral para nos ser reconhecido mérito na classe politica.

A actividade política é só por si uma actividade dura, que carece de grande disciplina mental, grande persistência e sendo exercida por uma mulher o trabalho e a dedicação dobra para provarmos que os lugares que ocupamos são por mérito e valor próprio.

Aliada à vida familiar, profissional e pessoal o exercício da actividade politica requer grande disciplina, organização e paixão.

É sem duvida uma tarefa difícil, que desmotiva as mulheres e as afasta da política.

Contudo, é necessário que as mulheres se interessem cada vez mais pela política, não só para sua satisfação pessoal e profissional mas sobretudo porque a sua participação é um dever.  

O Partido Socialista, ao introduzir a obrigatoriedade das quotas nas suas listas, possibilitou a entrada de pelo menos uma mulher por cada dois homens, abrindo o leque de mulheres na actividade politica. E não se pense que estas mulheres só entraram para preencher lugares, entraram porque têm mérito, senão vejamos, somos as que melhores notas têm nas universidades, somos as mais representativas nas escolas e universidades, a participação na vida empresarial, em cargos de chefia, na administração são mais do que significativas, somos ainda, esposas, donas de casa, mães, etc.

Não serão estes argumentos mais que validos que justificam de maneira inquestionável o nosso valor?

Temos o dever de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais representativa, mais abrangente, mais humana, mais pratica, mais pragmática, mais sensível, em resumo mais feminina.

Por tudo isto, é imperativo formular um apelo às mulheres, para que não se inibam, não se demitam da vossa responsabilidade de agir e intervir na sociedade, da qual somos parte integrante e crucial.

Só participando poderemos melhora-la.

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Teresa Fernandes

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