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Ano 2009

A Poesia volta às ruas de Santo Tirso

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 A já reconhecida iniciativa cultural “A Poesia está na Rua” promovida pela Câmara Municipal de Santo Tirso, desde 2004, volta às ruas de Santo Tirso para mais uma edição que arranca no próximo dia 14 de Fevereiro (dia dos namorados) e se prolonga até ao dia 21 de Março (encerrando com as “24 horas de poesia”).  

“Pano Pramangas”, é o título simbólico de um vasto programa de actividades (36 dias) que acaba de ser apresentado publicamente. Tendo a poesia como “teia” e a têxtil como “pano” de fundo, este ano a poesia vai às fábricas, feiras, escolas, mercados; juntará operários e poetas, artistas e artesãos, músicos e “afinadores” de criatividade. 

Depois de “A Poesia Está na Rua” (2004 – homenageado o poeta António Ramos Rosa), de “A Poesia e o Surrealismo” (2005, com homenagem ao poeta Artur do Cruzeiro Seixas), de “A Poesia faz bem à Saúde” (2006, com homenagem ao poeta Manuel António Pina), de “A Fé na Poesia” (2007, com homenagem ao poeta José Tolentino de Mendonça) e de “Ofício de Poeta” (2008, com homenagem ao poeta António Osório), surge agora em 2009 o “Pano Pramangas” com a homenagem ao poeta A. M. Pires Cabral. 

Santo Tirso. Berço da indústria têxtil no Vale do Ave 

A indústria têxtil marcou indelevelmente a actividade económica e o tecido social na região do Vale do Ave entre os séculos XIX e XX, particularmente do Médio Ave, onde se localiza o Concelho de Santo Tirso. Símbolo do progresso tecnológico no século XIX e da revolução que o acompanhou, a indústria têxtil algodoeira foi encarada como motor de crescimento económico e prosperidade no século XX, resultando no aparecimento de inúmeras fábricas e forjando uma cultura operária presente em várias manifestações artísticas: do teatro à música, passando pela arte e poesia.

A cidade de Santo Tirso, as suas vilas e lugares viram nascer oficinas e fábricas. Em 1845 aparecia a primeira unidade têxtil do Vale do Ave, a Fábrica do Rio Vizela (S.Tomé de Negrelos e Vila das Aves), berço de várias gerações de operários e, força motriz da indústria têxtil algodoeira na região Norte, durante muitas décadas. Em Santo Tirso, o legado do Conde de S. Bento deu origem à construção (1898) da Fábrica de Fiação e Tecidos e Santo Tirso (Fábrica do Teles), posteriormente outras apareceriam, como a Empresa Industrial de Negrelos, a Arcotêxteis, a Fiatece, Abel Alves de Figueiredo ou a Flor do Campo. Em finais do século XX, os efeitos da globalização no mercado têxtil provocaram o desaparecimento de muitas unidades fabris. Todavia, uma cultura singular foi forjada em mais de cento e cinquenta anos de actividade têxtil no concelho de Santo Tirso, que foi transmitida entre gerações, moldando um território e tecendo novas formas de sociabilidade, presentes nas tradições populares e na cultura local. 

“pano pramangas” dá o mote à sexta edição do programa “a poesia está na rua”;

a têxtil (e o complexo tecido de relações sociais, profissionais e económicas) inspira os dias numa alargada malha de cores, odores, sabores, tons (são tantos os eventos e tantos os lugares);

sempre que “a poesia está na rua” cidadãos, operários, familiares e amigos são apanhados na teia da fantasia, das palavras;

a fábrica do teles, o edifício da cadeia e o mercado municipal, são pontos de encontro no calendário do programa;

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pontos de passagem obrigatória serão as escolas do concelho com “área de serviço – abastecimento gratuito de poesia e afins”;

ponto corrido e ponto cruz, são todos os pontos assinalados no programa com um grande EC, ou seja, ESTÁ CONVIDADO/A (para tudo e a todas as horas);

marcar o ponto, picar o ponto, saltar o ponto, …,  é tarefa para os “afinadores do tempo”, aqueles ou aquelas que saboreiam o tempo em demoradas fruições;

ponto e vírgula é sempre um ponto com uma vírgula e tecido é sempre “pano pramangas”,  ao longo de 36 dias; 

tecer, cozer, cortar, alinhavar, provar,…, são linhas para mãos ágeis e delicadas; 

dizer, dançar, contar, representar, …, são malhas para olhares curiosos, atentos e sensíveis; 

sonhar, saborear, apreciar, valorizar, …, são teias múltiplas para o público do programa “a poesia

está na rua”;   

“pano pramangas” apresenta “metros & metros” de possibilidades em aberto para os que se deixam prender nas inesgotáveis capacidades de “cerzir” um mundo melhor  

 

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