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Edição 558

A minha bicicleta assapa na tua moto4

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Nestes últimos três-quatro anos, os voluntários da associação ambientalista APVC receberam muitas reclamações e oratórias de queixume. Mas, desde sábado, a coisa disparou. Com reincidência: o uso e abuso de motos, moto4 e jipes, no Coronado e também nas zonas do Muro (São Pantaleão) e de Covelas (Sardoeira). Repetidamente, nas santas tardes de sábado e manhãs dominicais, algumas estradas públicas e terrenos florestais privados são palco de ousadas faltas de civismo, traduzindo-se na invasão de terrenos privados, vandalismo de muros, destruição de ecossistemas, chega-para-lá aos betetistas e caminhantes, sem esquecer o tremendo barulho e incumprimento das elementares regras de trânsito.
Vila (Arcas), Vilar de Lila, Ameal (ao campo de futebol de São Mamede), ora, é maioritariamente destas zonas do Coronado que provêm os ditos “actores” que, ingenuamente, nem têm noção dos estragos e transtornos que provocam. É certo que daqui e dos concelhos vizinhos também encontramos uns quantos indivíduos que facilmente podem ser enquadrados entre o típico guna e o beto-feito-putativo-radical, estes, sim!, em minoria mas genuinamente vândalos, talhados para azucrinar a paciência do vizinho e derreter os euros dos papás em gasolina, escapes e pneus, enfim, fazendo jus à nefasta economia dos combustíveis fósseis.
Um destes indivíduos, no Coronado, tem ainda maior destaque no período de Primavera-Verão: quase diariamente, por volta das 19 horas, é vê-lo a iniciar jornada típica de assapanço na zona de Vila (Arcas), passando por Ameal, Friando, Paiço, seguindo para o Pereiró e Mendões ou, em alternativa, Outeiro e Vila. As mini-câmaras de vídeo existentes em locais estratégicos já o conhecem. Toda a gente reconhece o som do motor! E é grande Amigo do Presidente da Junta de Freguesia.
No passado sábado, um evento que reuniu vários entusiastas de moto/moto4 e que registou apoio oficial da Junta. Mais ainda: registou o fechar de olhos de diversas entidades públicas. Vários moradores tentaram, em vão, contactar GNR, Protecção Civil, Polícia Municipal, Câmara Municipal, Junta, Direcção Regional de Ambiente, mas, curiosamente, as chamadas seguiam para “voice mail”. 2016 ainda a arrancar e já foi tudo a banhos, “hello”?!
A propósito, cá, na Rua Pedro Homem de Melo ou mais lá para Bougado, na Rua Joaquim C. Azevedo ou nos Parques Nossa Senhora das Dores e Lima Carneiro e/ou das Azenhas, não tem passado gente nova a “lavrar terra”, assim, de escape escancarado, pois não?
A avaliar pelo que ouvimos, quem tem que gramar com tudo isto está farto, fartinho! Há quem esteja mesmo disposto a resolver as coisas com “espigões-caça-pneus”, “arames-abraça-tolos” ou, segundo dizem, algo mais eficaz: chumbo – e do grosso. Calma, Senhores! Haja paz. A APVC não quer que o Coronado, pelas piores razões, seja manchete do Correio da Manhã ou da CMTV.
Se alguns cultivam o prazer dos motos/moto4/jipes e querem passear, fazer piruetas e até poses-na-lama para o facebook, pois, muito bem, façam, mas sem invadir propriedade privada, em local devidamente legalizado, sob elementares regras de trânsito, com segurança para tudo e todos, sem debitar decibéis como se não houvesse amanhã, patati-patata.
No quotidiano desta pequena localidade, há lugar para todos, com civismo!
De pouco vale ao Coronado ter tantas potencialidades no âmbito do Património Ambiental e Cultural e gente com rasgos de alegado empreendedorismo. De repente, aparece um puto, sem lei nem ordem, a “bufar” no seu brinquedinho e, catrapum, lá se vai a Natureza, os fregueses, os turistas e até o chavão plagiado “Terra ConVida”. Pum.
Responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável, urge!
Olha, Zé Ferreira – e caro co-fundador da APVC e, diga-se, associado com quotas em dia até 2017 –, a gente sabe que, apesar dos constrangimentos lá do Lobby do Catulo e das amizades menos recomendáveis, até tentas pôr a tua/nossa freguesia a bulir. Assim, em modo “eco-friendly”, lançamos um repto: tranquilamente, dialogar para criar soluções. E, para começar, propomos visita ao que resta da emblemática Encosta de Regos, esse baluarte da “lavra”. Conhecer para respeitar. Diz aos tais rapazes para aparecerem – de bicicleta, ok?
vítor assunção e sá | APVC
+ facebook.com/valedocoronado | + valedocoronado.blogspot.pt

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