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Edição 576

“Valonguinhos” reencontram-se meio século depois

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As botas tinham pregos, as meias estavam constantemente rotas, os banhos eram frios e os jogadores tinham de, “à bomba”, encher o depósito da água. E quando as bolas caíam nos terrenos contíguos? Era rezar para que os proprietários não as “confiscassem” ad eternum. Estes eram tempos em que o campo era pelado e “o Benedito saltava muros para fugir da mãe que não o queria a treinar”. Estes foram alguns dos episódios recordados, meio século depois, pelos que fizeram uma das equipas de juniores mais famosas do Clube Desportivo Trofense. Aquela que tinha Cândido como “o melhor marcador na própria baliza” e Laurentino Matos como “o homem golo”.
As épocas de 1964/65 e de 1965/66 foram gloriosas para o grupo, cujos jogos “tinham mais assistência” que os da equipa sénior. Os “valonguinhos”, como eram conhecidos, foram ao Boavista e não trouxeram de lá “um saco cheio”, ao contrário de equipas anteriores, que eram sempre goleadas. E foram ao campo de treinos das Antas e fascinaram-se com as condições ímpares, a começar pelo campo relvado.
Cinquenta anos depois, os antigos jogadores reuniram-se no Estádio Clube Desportivo Trofense para um convívio recheado de memórias. Na sala dos troféus, António “Cerejo”, um dos organizadores, fez questão de relembrar todos os jogadores, diretores e presidentes que não estavam presentes, assim como os “obreiros” das obras do estádio: Américo Campos, António Cabral, Napoleão Sousa Marques e Narciso Oliveira.
O sócio n.º um, Crespim Costa, também esteve presente, assim como Eurico Ferreira, antigo dirigente do clube na altura.
“Homenagear o clube que deu a possibilidade de envergar a camisola” foi outro dos objetivos de António “Cerejo”, que se disse “em paz” depois de recordar todos os que estiveram ligados à coletividade naqueles anos.
Depois de visitarem os balneários e recordarem mais algumas histórias, os antigos jogadores reuniram-se num almoço na Petisqueira de Finzes, que ficou marcado por um momento de fado protagonizado por José Santos e Laurentino Matos.
No fim, ficou no ar a sugestão de que este encontro se repita, todos os anos, no primeiro sábado de junho.

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