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UHF na Casa da Música Foto-Reportagem

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“Eu escolhi a estrada certa
 Rumo ao norte, rumo ao sul
 O que vale, vale a pena
 Sou do rock, sou do blues”. 

“Eu Escolhi a Estrada Certa” in “La Pop End Rock”, UHF 2003

Esta estrofe é a tradução do espiríto e alma que trouxe os UHF até ao Norte, mais concretamente ao Porto e à Casa da Música para o concerto de encerramento da digressão UHF 35 Anos – A Minha Geração no dia 18 de Dezembro.

O concerto da Casa da Música seguiu-se a uma recente passagem pelo CCB em Lisboa. As diferenças no alinhamento entre os dois concertos estavam assumidas à partida, fruto das escolhas dos fãs das duas cidades no Facebook oficial do grupo. Contudo, Vernáculo (para um homem comum) foi a canção que venceu as duas votações.

Na noite dos UHF na Casa da Música a sala Suggia apresentava uma lotação muito interessante e heterogénea, com uma grande parte do público que terá assistido a todos os grandes momentos dos UHF, e um outro grupo (mais jovem) que terá apenas testemunhado momentos da história mais recente da banda.

Durante mais de 2h e 30m de concerto houve tempo para escutar e cantar com os UHF muitos dos temas que marcam estes 35 anos de carreira. O conjunto de temas eleitos partiu de uma pré-selecção de mais de meia centena de músicas, com algumas a serem tocadas ao vivo pela primeira vez em muitos anos. A abertura do espectáculo deu-se com A Saudade é Uma Ressaca, seguindo-se cerca de trinta temas, entre os quais, Um Tipo Sincero, Jorge Morreu, Persona Non Grata, Ébrios, O Vento Mudou, A Morte Saiu à Rua, Completamente Infiel. Houve ainda uma estreia ao vivo com a apresentação da versão dos UHF da canção Amores de Estudante, tema sempre presente nos reportórios das tunas académicas. O autor da música, o ilustre portuense de 98 anos, Professor Doutor Aureliano Fonseca esteve presente a convite banda.

António Manuel Ribeiro, cara e alma dos UHF, manteve um diálogo constante e intenso com o público, em intervenções sentidas entre as músicas, criando-se muitas das vezes um ambiente intimista tipíco das sessões de poesia com música. A sua intervenção foi também marcadamente social, apelando a que cada um dos presentes, e cada português, percorra o seu caminho, e contribua para o desenvolvimento deste Portugal que é de todos nós. A intervenção social esteve presente, ainda, em versões de músicas de Zeca Afonso.

O fecho do concerto deu-se em apóteose com o muito pedido Rua do Carmo, e ainda Cavalos de Corrida, Matas-me com o Teu Olhar e Menina.

Os UHF surgiram em Almada no ano de 1978 pela mão de António Manuel Ribeiro. A formação original contava ainda com com Carlos Peres, Renato Gomes e Américo Manuel. Em Novembro desse ano a banda fez o seu primeiro concerto e no ano seguinte lançaram o primeiro EP com os temas Jorge Morreu, Aquela Maria e Caçada. No ano de 1980 surge o single Cavalos de Corrida e um ano depois o mítico Rua do Carmo. Durante os anos de 1979 e 1980 os UHF são banda de abertura de concertos de grandes bandas internacionais em Portugal. Ao longo dos 35 anos de carreira, a banda lançou mais de 15 trabalhos, entre álbuns de originais, EPs e compilações (À Flor da Pele; Persona Non Grata; La Pop End Rock; Ao Norte – só para referir alguns títulos) e tem estado sempre presente e activa na história do rock português. O mais recente trabalho da banda, A Minha Geração, foi lançado já em 2013, e deu nome à tourné encerrada esta semana no Porto, na Casa da Música.

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Texto: Joana Teixeira

Fotos: Miguel Pereira

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