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Trofense faz furor com dioramas

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Pedro Gonçalves começou a construir dioramas na pandemia. Constrói todo o tipo de cenários, mas os ralis são os mais solicitados. O JA visitou o atelier improvisado do artista, em S. Martinho de Bougado, e viu uma peça que terá a China como destino.

Tem formação em design gráfico e atualmente é desenhador têxtil, mas nas horas livres ocupa-se a criar cenários reais à escala tridimensional. Foi na pandemia, quando esteve em lay-off, que o trofense Pedro Gonçalves começou a criar dioramas.

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“À medida que fui publicando na internet e mostrando a alguns colegas, ganhei alguma notoriedade e as pessoas gostavam do que eu fazia”, contou ao JA, numa entrevista dada no atelier improvisado, situado na garagem de casa, em S. Martinho de Bougado.
No início não se prendia a nenhum tema, mas acabou por se focar no tema dos ralis, que lhe permite explorar uma arte “mais desorganizada” e menos geométrica e porque tem “muita procura”, por todo o mundo. O maior diorama exposto no atelier, e que retratava uma imagem do Rali de Monte Carlo, tinha já destino: China.

“Já fiz trabalhos para vários países, como França, Irlanda e Estados Unidos da América, e eu fico extremamente contente por sentir que as pessoas querem ter um pouco da minha arte nas suas casas. Nem é tanto por aquilo que possa ganhar, porque nem é por aí além, mas já fico satisfeito com o facto de a minha arte estar espalhada por todo o mundo”, testemunhou.
O hobby tem lugar depois do trabalho ou ao fim de semana e quando as obrigações parentais – tem três filhos – o permitem.

No processo criativo, tenta reutilizar o maior número de materiais possíveis e daí resulta o pavimento, o fumo ou o pó e os elementos naturais.
“Quando os casacos dos meus filhos vão para o lixo, eu aproveito o algodão e daí faço o pó ou o fumo. No início, quando não tinha possibilidade de comprar, tudo era feito por mim. Utilizo areia e o molde de base é feito com pasta de papel, criada através de uma técnica criada por mim. Fui ao monte buscar musgo, que, quando aplicado no diorama, se transforma em arbustos”.

Para conseguir resultados ainda mais reais e valiosos do ponto de vista artístico, Pedro Gonçalves investiu numa impressora 3D, através da qual já personaliza figuras humanas e outros elementos, como carros e estruturas.
“Quero evitar, ao máximo, ter de comprar, porque, além de os dioramas serem um hobby, eu não quero cobrar muito dinheiro pelos trabalhos, por isso, decidi começar a criar as figuras”.

Vídeo com mais de um milhão e meio de visualizações

Com a ajuda do filho, Pedro Gonçalves consegue um alcance nas redes sociais que poucos se podem gabar, com vídeos que chegaram a ultrapassar o milhão e meio de visualizações. Os curiosos podem ver mais, no Facebook, Youtube ou TikTok, através do perfil “Dioramas Gonçalves”.

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